terça-feira, 21 de maio de 2013

A sarna mal curada

                                      

A tentativa em receber os brasileiros formados em Cuba e Bolívia, sem revalidação de diploma,  aconteceu há dois anos. Com os protestos contrários, o assunto morreu. Agora, volta à tona a discussão em receber os médicos da Espanha e Portugal, sem a chamada revalida. Mais que provar conhecimento, o que chama a atenção é que estes profissionais serão contratados pelo governo para atender regiões carentes, de médico e de exigências de cidadão, nos rincões perdidos.
Lembro-me de debate sobre autorizar parteiras no lugar de médicos para atender os pobres.O mesmo se deu em discussão do aceite de práticos na odontologia no lugar de cirugião dentista para atender nos rincões.

O nivelamento por baixo para atender o cidadão abandonado pelo sistema serve para tapar o Sol com a peneira. Finge dar oportunidades com esmolas na Bolsa Família. Mas, só na hipótese de suspensão, aglutina multidão de bem nutridos nas  bocas dos caixas, para tentar salvar alguma coisa. Depredam tudo ante a possibilidade de terem cortados as migalhas distribuídas no lugar de verdadeiras oportunidades de subir no patamar social. Dinheiro gasto na máscara do verdadeiro desenvolvimento.

Mais que preocupar-se com médicos, as autoridades deveriam encarar a saúde como prevenção e fazer mais praças esportivas, ensino de nutrição correta, por exemplo. Pelas gordas que foi mostado nas filas dos saques bancários , esta parte passa longe do povão.Talvez, por isso, o governo prefira gastar com médicos  do que com  prevenção.

Esta ótica deformada, dar assistência ao povo , nivelando por baixo, mostra a mediocridade dos líderes nacionais. Estão mais interessados em fazer remendos do que construir o futuro com programas  duradouros. O imediatismo do ignorante, em resolver no momentâneo os problemas faz  o planejamento do futuro tornar-se miragem.

Senão: KLIKA


Ou: AQUI, também interessante

5 comentários:

Fábio Mayer disse...

Os tais médicos cubanos viriam ao Brasil em regime de trabalho escravo. O governo brasileiro pagaria ao governo cubano e esse repassaria aos profissionais apenas o suficiente para viverem aqui, como vivem em Cuba, ou seja, mal.

Ademais, o verdadeiro problema não é falta de médico, é falta de estrutura. O tal Severino Cavalcanti foi prefeito de um grotão lá em PE. O hospital simplesmente parou de funcionar porque até as portas foram surrupiadas durante a administração dele. Que médico vai trabalhar numa situação desta?

Se existe estrutura organizada e funcional, o médico faz o diagnóstico inicial e envia para um sistema de saúde integrado que trata o resto... mas isso não existe, cada mnicípio decide o que fazer com o dinheiro que recebe para a saúde, e geralmente sobram enfermeiros contratados em comissão e confiança, mas falta até luva cirurgica nos centros de saúde...

Maria Eugênia disse...

Vamos falar a verdade: a bolsa família é a institucionalização da esmola! Não é muito mais digno ao ser humano, e respeito ao cidadão, eleitor facilitar a esse o acesso ao mercado de trabalho? Complicado, pois para se ter acesso ao mercado de trabalho tem-se que melhorar a educação! Ah, educação, gargalo para que o país possa realmente sair da miséria, e ser realmente um país de todos! Ops, acho que já li esse slogan em letras coloridas e carnavalescas...

Tina disse...

Oi Magui!

Tapar o sol com a peneira vem sendo há tempos (e "bota" tempo nisso) a política nacional. Falta respeito à população que elege e sustenta os que estão no "poder".

Não vejo mal algum em se colocar parteiras "habilitadas" no lugar de médicos para fazer um parto - isso é prática comum em todo o Reino Unido por exemplo - mas temos que lembrar que no Brasil, a grande maioria das futuras mamães "escolhe" o parto via cesariana... e aí a coisa muda de figura. É tudo uma questão cultural que fica difícil de mudar. Mas não devia.

Alexandre, The Great disse...

É, Magui... é a "política meia boca", como tudo "nestepaiz". Vendem o almoço para comprar o jantar, e o povão ignaro vai sendo levado, igual manada, até a cabine da "urninha eletrônica inauditável". Nos intervalos temos samba, futebol e circo. Ai, ai, ai, ai... tá chegando a hora...

Nana disse...

Como sempre, os políticos tentam resolver os fins e não mudar os meios.... estou tentando voltar a ativa por aqui...bj e fk c Deus.