domingo, 26 de maio de 2013

Quem é vivo, sempre aparece

                               
  
O livro Minha vida de menina, de Helena Morley,   conta  a vida de uma moça em Diamantina- MG , no início do Século Vinte. O único escrito pela autora.Tinha quinze anos.Papai compro-o para nós e todos lemos muitas vezes. No tempo em que se tinha tempo, de sobra, para ler livros.

Este livro virou filme. Com prazer o vi passar na Tv Futura, quase de madrugada. Os filmes bons passam de madrugada.  Preferem divulgar a violência que repercute na sociedade, no cérebro dos energúmenos perdidos nas brumas da sociedade.

Fiquei me perguntando onde estaria a excelente atriz protagonista Ludmila Dayer .Ela começou, ainda  menina no SBT, na novela Chica da Silva. Já roubou as cenas onde apareceu. Muito loira, quase ruiva, destacava-se  em meio a outros tipos mais brasileiros comuns. No filme  , também , foi fabulosa e deu força a uma história simples do interior do Brasil. O próprio filme é maravilhoso, filmado em Diamantina, cidade barroca, construída nas montanhas de Minas Gerais. As músicas são típicas  locais. No encerramento, mostrando o letreiro, toca uma música que mamãe cantava, deslumbrando a vizinhança, quando acabava a luz em nossa casa, coisa comum naquela época . Música de Carlos Gomes chamada  Tão longe de mim distante.

Tudo desconhecido do povo. O sistema prefere mostrar o que molda a manada para ter Complexo de vira latas. -Vai manada!

AQUI  o filme completo.

E, AQUI onde está Ludmila Dayher.
Sobre a a autora  e livro: KLIKA

Um comentário:

Maria inês disse...

Olá! Assisti este filme no cinema há muitos anos , logo que foi premiado em um festival. O neto dela Eduardo Reis tem uma coluna no jornal Estado de Minas. Excelente!. Ás vezes compro o jornal só para ler o que ele escreve: crítico, sarcástico, engraçado ás vezes. Vale a pena comprar o jornal só para ler o que ele escreve. Uma vez o vi no aeroporto de Confins e fui, como tiete, conversar com ele. Contei-lhe que já li o livro da Helena Morley muitas e muitas vezes e que até hoje leio certas passagens que gosto mais. Tenho até hoje o exemplar que ganhamos a trocentos anos atrás do papai( 1953) . Ele ficou emocionado. É um livro que me dá prazer de reler . Uma vez escrevi um livro didático e usei um dos textos para interpretação mas a família exigiu um valor tão alto de direitos autorais que desisti. Dá uma saudade e mesmo nostalgia deste tempo em que este tipo de literatura nos envolvia e emocionava.