quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Educação desfocada

                                         
Uma passarela perpassava sobre via de alto trânsito, denominada Via Amarela, no Rio de Janeiro/RJ. Pela via, a altura máxima dos automóveis era de quatro metros e meio. Entretanto, um caminhão, com a caçamba levantada, em alta velocidade, para cortar caminho pois o motorista estava atrasado, atreveu-se a passar sob ela. Resultado, derrubou a passarela, pesando toneladas, encaixada nas bordas, conforme as regras da engenharia. Quatro mortes  e alguns feridos.Transtornos de toda ordem para a metrópole.


Não é o primeiro sinistro nem são as únicas mortes. Outros fatos semelhantes já acontecerem e vão continuar a acontecer. Não é isso que me chama a atenção. O que me chama a atenção são os discursos dos jornalistas, repórteres e que tais  a transmitirem  e comentarem o desastre.

Impressiona-me o discurso decorado e único, fora do verdadeiro foco quando consideram o responsável pelo evento a autoridade que deveria  fazer a fiscalização da via. Essa gente, robotizada por alguém que lhes castrou a mente, queimou o tutano do resultado final, tem a extensão da autoridade paternal a direcionar todas as vidas.  Mesmo que o cidadão seja alfabetizado, possua documento para exercer sua função  e, óbvio, seja maior de idade. Em vez de focar a exigência da punição para quem de direito, de dever que é o motorista infrator, desvia o foco para a fiscalização, como se fosse possível colocar um agente debaixo de cada passarela e  seguir infratores dessa natureza.

Esse tipo de gente, ( Subservientes aprovados pelo sistema) lembra-me do meu tempo de estudante, quando eu me atrevia a discordar do discurso oficial e levava nota baixa. Também, consigo entender o transeunte que joga lixo na rua porque não tem ninguém olhando.Para não falar dos criminosos, ladrões e assassinos que fazem seus crimes na certeza da impunidade. Para esses equivocados, a responsabilidade da cidadania, com o cumprimento das normas para fazer a convivência mais civilizada, não está neles mas em quem não os fiscaliza e os obriga a cumprir. Quem está ensinando esse povo?!

Quem dera ! KILKA

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Um comentário:

Fábio Mayer disse...

Isso me chamou a atenção. O motorista andou com a caçamba levantada (e o levantamento da caçamba gera perda de potência no veículo, o que o impediria de não perceber), foi avisado por um motorista de ônibus e continuou circulando como se estivesse com a mais absoluta razão.

Uma vez preso, o jornalismo saiu cobrando apenas as autoridades, e o coitadinho do motorista "pobre, sem oportunidades na vida" não foi cobrado pelo seus atos, limitou-se ao discurso do "não sabia" que não podia circular, não sabia que a caçamba estava aberta, não sabia que estava irregular, não sabia que ia matar alguém.

De tanto não sabia, conclui-se que ele: a) não sabe ler placas de sinalização; b) não sabe das regras mínimas de convívio social; c) não sabe operar o caminhão com o qual trabalha; d) não sabe que existem regras minimas de segurança.

Mesmo assim, matou 4 pessoas, feriu 5 e dentro de alguns dias estará dirigindo novamente.

O que causou este acidente foi um motorista irresponsável arrogante e sem caráter nenhum, pode ter até contribuído o descaso do Estado, mas foi o indivíduo que causou o acidente, e não vi jornalista nenhum pedindo a prisão imediata do dito!