quinta-feira, 30 de março de 2017

O platônico

                              
Justin Bieber está no Brasil em turnê memorável para suas fãs adolescentes. Ele é alvo de um tipo de amor  indispensável para a formação do cognitivo emocional da mocinha e para toda a sua vida.
Quem nunca teve um amor platônico não  ama livremente na fase adulta. Sem ter esse sentimento a pessoa não ama de verdade ou constrói um amor possessivo que não sabe lidar com a perda, com o distante do outro, com o espaço de cada um. 

Muita gente, de forma estúpida e ignorante, ofende as moças que sentem seu delírio por uma figura longínqua e distante como se isso fosse um mal a ser cortado pelos pais. Ledo engano. Respeitar o desabrochar para o amor não tem nada a ver com o concreto, com a verdade na pessoa do rapaz, alvo do sentimento que só os jovens sentem. É totalmente empírico. Melhor amar uma pessoa do que um gato ou um cachorro.

Na seara masculina, não sei porque, a sexualidade é direcionada ou para a pornografia ou mulher nua. Portanto, que observem mais que tudo, para saber a diferença na formação da sensualidade e da trajetória de um e de outro.

Minha adolescência era Elvis, Elvis, Elvis. Ele também foi execrado, chamado de transviado, de lixo branco sulista e proibido por pais que não entendiam o que acontecia com suas filhas. Também sofreu processos de inimigos, ávidos por transformá-lo em mau-caráter. Só depois de sua morte, contrariando os haters de sempre, é que se pode saber quanto era doente, quão foi generoso, como escondia suas mazelas para não arranhar sua figura de ídolo de tantas mulheres. Seus detratores jamais pediram desculpas enquanto ele era vivo mas escreveram livros e ficaram ricos com o seu nome e fama, como uma espécie de retratação.

Muitas mocinhas que foram  ver o show de Justin Bieber, viajaram pela primeira vez, sozinhas, em grupo com outras fãs. Vieram de longe, de perto, dali e daqui e nada substitui esse momento. Fizeram amizades e conhecimentos, marcaram para sempre a capacidade de amar o amor. O cantor tenta controlar essa massa de adolescentes, manter o controle em cada uma, educar e deu certo. As regras que ele impôs foram obedecidas e isso é bom, também, para ele medir a dimensão de seu sucesso e fama, um cantor que saiu da  adolescência e  firma-se na  sua própria vida.

Aos invejosos, que recolham-se, sem memória própria de uma vida bem vivida. 

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