terça-feira, 20 de março de 2018

A carapuça na cabeça certa

- A Encarada de Chefe Boran com o espertinho na fofoca
                       

Parece que hoje em dia todos precisam ter opinião formada sobre tudo. Isso demonstra estar  atualizado das mazelas do mundo e prova de inteligência. Nem que for para dizer bobagens homéricas.

Assim fica com o assassinato, em pleno ponto cego de via pública, cometido por profissionais , contra uma vereadora, política regional e que tornou-se mais um motivo para desancar contra o cidadão brasileiro.

A primeira capitania importante foi São Paulo. Padre Manoel da Nóbrega, jesuíta vindo com as caravelas, lutou por dez anos, para que a coroa fundasse a cidade do Rio de Janeiro, mudasse a capital da colônia para fazer frente a capitania SP. Já naquela época, havia urgência em montar outro ponto forte para o equilíbrio geo politico da colônia.

Eu acho interessante quando paulistas e cariocas dizem que a roubalheira começou com a colonização e que todo brasileiro é corrupto. De onde eu vim, sequer existia a região quando esses fatos aconteciam; Minas Gerais. E, embora  de lá tenha  aparecido a melhor conspiração para acabar com a colônia, não aconteceu com contribuição  direta  dos paulistas e cariocas. Por isso mesmo, ambos os estados ridicularizam quem pagou o preço com a vida, aparecendo como ter chamado para si a liderança da Conjuração Mineira, Tiradentes. Desde então, tudo foi e é articulado para a hegemonia absoluta de São Paulo. Esse assunto é interessante mas não cabe aqui. Outro dia, talvez com a ótica de quem foi criada em MG e mora no ES .

Já não dá para aceitar e nem sei se alguém aceita, ser jogado na conta dos brasileiros o que fazem e desfazem essa gente arrogante que se dá de donos do Brasil.
Crimes e crimes hediondos são cometidos aos mangotes nesses lugares e, em vez de especificar o lugar , jogam na conta de todos. Sujam o nome do brasileiro aqui e nas estranjas.

A morte dessa vereadora é específico da cidade do  Rio de Janeiro e não conta a nível de Brasil. Portanto, a conta deve ser mandada para o carioca que lá mora, elege corrupto, acoita bandido, enche a cara de drogas e conta como se fosse mérito nas novelas, nas notícias e nas entrevistas. Tratam seus costumes como imposição, espelho e mau exemplo. O carioca que não leva nada a sério, que é imoral, indecente e quer impor a ferro e fogo suas práticas desmoralizantes ao ser humano. Nós outros somos caipiras, moralistas, bobos e canhestros. Tudo bem, que seja! Mas não insistam enfiar a carapuça na cabeça errada. Vistam-nas  e especifique quem são.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Que tiro foi esse ?

         

                                                   

Não posso e nem quero ficar de fora dos protestos contra a Greve dos Magistrados Federais. Um fato histórico que soa como um tiro na toga da magistratura e enxovalha a honra de toda a classe.

A greve convocada por uma entidade de classe e que mais parece sindicato com ares de facção  com toda a irresponsabilidade possível de sua liderança.
Uma greve para  fazer pressão em outros magistrados, os ministros do Supremo Tribunal Federal, e que estão para decidir sobre o fim do Auxílio Moradia incorporado aos vencimentos.

O Auxílio Moradia é importante para o juiz removido de uma comarca para outra e precisa pagar aluguel de casa ou hotel. Mas, inserido na sociedade, não pode receber por o que não existe. Tem sua casa, sua propriedade e não precisa de quantia para compensar perda no salário.

Então aparece o pronunciamento de juízes, que se dão de baluarte contra a corrupção, mandam prender e acontecer,  justificando o aditivo como recompensa por falta de ajuste salarial.
Peraí, recompensa não é unzinho por fora? Não é um agradinho para deixar o funcionário público mais contente?  Não é o troco da cerveja?

Pior ainda, da quantia, acoplada a outras tantas, não incide desconto a título de recolhimento do Imposto de Renda.
O magistrado recebe R4.500,00  mensais, R 54.000,00 por ano e não desconta Imposto de Renda?
A quantia, por si só, ultrapassa e muito o teto para ser declarante e pagar a parcela de lei.
E, sabemos que existem casais de magistrados, onde ambos recebem o Auxílio Moradia, morando na mesma casa, propriedade deles e há dezenas de anos. É asqueroso... E aqueles que confessaram publicamente, serem proprietários de vários imóveis? Na maior desfaçatez!

A importância que essa gente se dá na sociedade é retrato de parâmetros  elitistas que menospreza o trabalho dos outros como se todos não fossem importantes para a construção da humanidade e da sociedade.
O argumento para pagar essa gente com altos salários é, fundamentalmente, para não caírem nas garras da corrupção. Ganhando bem não serão seduzidos pelos percentuais propostos pelas partes ou quantias por fora.
Mas, perderam-se no mérito da causa e passaram a sentir que os altos ganhos são pagos pelo saber, pela execução da profissão. Não é. Há de ser resgatado o fio da meada.

O funcionário público recebe por seu trabalho quantia conhecida ao fazer concurso. Não pode reclamar pelos ganhos, exatamente como qualquer um profissional. A frase, Se não está satisfeito pede pra sair e arruma outra coisa para fazer, é absolutamente pertinente.

Nos últimos tempos,  essa classe que se dá de deus, teve a aprovação da sociedade quando esta saiu às ruas como apoio pelo fim  da corrupção e as ações dos juízes envolvidos. A esperança nasceu da certeza que magistrados honrados agiam com clareza ante os crimes e criminosos poderosos da nação. Mas essa atitude, inclusive com o apoio de Marcelo Bretas e Sergio Moro, foi um tiro nas esperanças.

Protesto! PROTESTO  com todas as letras.
Ainda mais porque eles mesmos sabem que pressão a juiz pode ser considerado crime  se feito por um advogado ou parte. Por isso mesmo existe uma barreira quase intransponível nos gabinetes dos tribunais federais. A arrogância é tão grande que alguns fazem audiência de toga ...

Deixa pra lá... Nada que vem dessa gente me espanta. Nem mesmo o tiro que eles mesmos deram e contra a sua própria honra.

quarta-feira, 14 de março de 2018

A tormenta em dia

                  

A saga pela declaração dos rendimentos para a Receita Federal continua.
Malditos papéis e instituições que não usam os Correios para enviar os extratos, conforme exige a lei.

Houve evolução e está tudo na internet. Mesmo assim é uma opção de vida que mais parece punição por alguns trocados ganhos para sobreviver , um pouco acima dos miseráveis e alguma coisa abaixo dos ricaços.

Quem não vai fazer os milhares de concursos públicos? Conheço um murundu de gente dizendo que estuda horas por dia por três vagas, uma vaga. Os salários oferecidos nunca é no nível da iniciativa privada. Pelo contrário, começa com proventos onde é preciso dez anos de trabalho na mesma empresa para alcançar. Dinheiro público paga a essa gente privilegiada, trabalhadora do maior empregador do país, com o que o trabalhador tem que descontar nos impostos  de arromba dos que não  passam  em concurso público. Quem mandou ser burro, com memória vagabunda que não consegue decorar as letras do sistema ? Pensar que não quer ser funcionário público... Então não reclame porque eles se acham melhores do que os outros. Ah! Passaram em concurso!!!! A façanha tem que ser regiamente compensada, mesmo que não opere em produção ou desenvolvimento para a nação.

Pior é o Imposto de Renda abocanhar os ganhos de quem está empregado e na fonte. O estado precisa tirar do trabalhador o máximo  para sustentar uma máquina cujas engrenagens não fazem o mastodonte andar. Os mesmos do mesmo.

Aliás, o IR mostra que esse discurso de defesa dos sonhos e da meritocracia não funcionam nesse cágado dos Galápagos dos trópicos. Gentes cheia de estudos, pestanas queimadas anos a fio sobre livros e coração em sobressalto, não conseguem furar o bloqueio inexplicável dos narizes torcidos ante a mediocridade. Mesmo estudando com sacrifício e esperanças renovadas, continuam à margem de um estado privilegiado e sem entender onde está a sua falha. Caramba! Não passou em concurso?!!!!!

Resta a certeza que é cidadão perdido na massa ignara e que só é cogitado quando pode puxar o seu próprio nó de enforcado nas próximas eleições  majoritárias para eleger entre uma renca de medíocres ou os que jamais em tempo algum largam o osso.

Com o preço da gasolina a mais de quatro reais e magistrados, fazendo greve para não perderem quase cinco mil reais mensais de auxílio moradia mas morando em palacetes próprios, resta esperar ter um infarte fulminante de tanta raiva. Pode ser igual o que matou minha irmã e o Bebeto de Freitas. Pelo menos não gastaram suas economias com médico e hospital na esperança final de vencer o câncer de pâncreas no IV estágio. Tem muita coisa pior debaixo do céu  de Parságada.

Todo ano, até fazer a declaração do IR, fico assim, só vendo o lado ruim da vida.


segunda-feira, 12 de março de 2018

Mudança nenhuma

                                                   
A saga em busca de likes, aprovação de texto, de sua criatividade, da sua vida, continua.
Qual é o desejo de uma pessoa inserida na sociedade consumista e de aparências que não seja receber a aprovação de outras pessoas? Mesmo os desconhecidos.
Por essa saga tem gente dando nó em pingo d'água em um vale tudo sem fim. Mesmo que isso signifique contrariar a si mesmo. Se não recebe aprovação alheia há se ser infeliz à beira da neurose múltipla.

Aquela fofoca de esquina, da vizinhança nas janelas ou sacadas. das mesas de bar, dos textos em jornais e revistas e que sustentam muito bem a vida dos dedicados de sempre, nunca faltou. E, para tal há de ter vocação, verve, DNA. Não é para qualquer um.

Se em uma comunidade pequena é a antiga maneira de falar dos outros e da vida alheia, nos grandes centros é pela internet com publicações, compartilhamentos e máquinas potentes nas mãos,  filmando tudo e publicando em primeira mão.

Nada muda a não ser a forma e instrumentos. O ser humano é o mesmo desde a Idade da Pedra.

Os diferentes

                                    
Para quem acompanha a saga do grupo de saguis de Chefe Boran, provavelmente lembra-se  do filhote que nasceu diferente. Até hoje ele é chorão. Nasceu em setembro e já tem a nova safra de fevereiro.
Parece que o IBAMA, que certamente deixou Chefe Boran e La Fúria por aqui, pega todo início de ano, a dupla mais velha. Porque os Fortinhos sumiram.

Os que nasceram em setembro de 2017, eram estranhos, custaram a desmamar, menores do que os anteriores. Foi difícil para Chefe Boran ensiná-los a  caminhar nos galhos e pular de um para outro.

Um deles apareceu com machucado na cabeça e eu borrifei mertiolate . Agora apareceu o Chorão com um ferimento feio na cara. Chegou a tirar o pelo. Depois de quatro dias, consegui passar o dedo, no lugar, cheio do mertiolate. Mas ele  ainda não voltou para eu ver se fez algum efeito. Não consegui passar antes porque estava muito assustado.

Ao procurar onde são feridos, cheguei a conclusão que é no arame farpado do vizinho. Aquele colocado em cima do muro semelhante ao  que vemos nos muros de prisões. Eu vi o bando por ali e esses pequeninos não são como os outros. Talvez nem sobrevivam  muito tempo. Pelo menos, não ficou cego.

O olhar periférico

                        

Que vulcão existe dentro das pessoas e que não as deixa serem  felizes ?

No afã de ser aprovado pelo mundo, mesmo que seja o mundinho em volta do umbigo, a pessoa fica, literalmente, impedida de ver que não deve satisfações a ninguém por suas escolhas. E, também, não tem nada a ver com as escolhas alheias. O olhar periférico é maior do que o que vê em frente, horizonte a ser atingido.

O que não pode é fazer uma escolha e jogar para outrem a responsabilidade de arcar com os erros. E, quando todos somem, porque cada um tem sua própria vida, a pessoa entra em parafuso, arranha-se , surta e enfia a cara na tarja preta. Pode ser que tudo seja  para chamar a atenção e tentar punir o outro que não pode, não quer, não deve ou não tomou conhecimento do piti. Fica sozinha... E ainda reclama. Sempre.

Uma das vertentes pode ser a base da criação. Quando os pais não controlam a vida dos filhos, querendo que eles sejam o que eles querem, respeitando as limitações de cada um, o filho é mais feliz e tranquilo.
Ou o cerne da coisa é como a pessoa nasceu, foi criado e por quem. Conforme for torna-se um karma, passado de geração em geração.

Outra coisa é olhar para trás. A pessoa é criada remexendo no passado e, certamente, o que foi infeliz, repetindo a tecla e confirmando o sofrimento. Não há alma que suporte...

Os demônios humanos, aqueles que estão no cérebro, repetindo a mesma ladainha tem levado muita gente para o lado maluco. Para melhorar a vida, urge cortar um por um do cérebro e da vida real. Mas algumas pessoas estão tão acostumadas com a cabeça pinicando, enchendo de remédios para aplacar o tempo e a presença deles, que os tornam feridas, acostumam-se e, quem sabe, nem consigam viver sem eles.

Estou com uma amiga assim. Com mãe e pai doidos de pedra, embora inteligentíssimos a ponto de exercer profissões  complexas e poderosas na sociedade, deixaram um rastro que nem Freud vai dar jeito.

Se poderei ajudar a mudar de vida, dar uma volta no destino, matar os demônios  transmitidos e de família não sei. Sequer imagino se o tempo sedimentou os fracassos e a vontade na defesa a maior. Do meu lado não terei papas na língua porque, na minha ignorante concepção, é a única forma de lancetar as feridas. Psicanalista ou psicólogo não dão soluções, mesmo porque não vão  perder o dinheiro no fim da sessão.

Avante, amanhã é outro dia.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Maternidade torta

- A luta pelo poder começa cedo.
                               

A maternidade, nos dias de hoje, Século XXI, não tem nada a ver com a maternidade tradicional,  cantada em prosa e versos.
Até meados do Século XX a mulher paria, rezavam em conjunto para Maria do Bom Parto mas  morriam muito. Depois, entregavam seus filhos para uma ama amamentar ou para os escravos. A sinhazinha precisava estar impecável na moda que enfeitava, para obedecer . A criançada tomava conta do rebento porque havia uma fieira ano a ano, quando não inserido na estatística da alta mortalidade infantil.

Os pobres da Europa, até Napoleão Bonaparte, sustentavam-se criando filhos alheios. Então foi criado o Mito do Amor Materno que deixou de lado o amor paterno, à margem de uma civilização onde meia dúzia de alfabetizados e donos do saber ditavam as regras. Precisavam de soldados para sustentar a eterna busca de dominação através de guerras como só o europeu soube fazer.

Hoje, com a mulher inserida no mercado de trabalho e almejando o poder como nunca, a maternidade é uma faca de dois gumes para quem pretende emparelhar com os homens na tomada das rédeas, próprias ou da civilização. O poder fica nas linhas inferiores porque na ponta da pirâmide a briga é para cachorro doido e a mulher não tem espaço na cabeça para enfrentar. Nem retaguarda.

Como primeira consequência, a mulher não quer ter mais filhos. Em alguns países onde não há analfabetos e nem família para segurar as pontas, o estado oferece remuneração para as mulheres terem filhos. E, nem assim aparece quem habilite-se. A maternidade não é mais indicação de caráter e nem de árvore que dá ou não frutos. Mesmo porque, árvores são replantadas em  áreas devastadas, significando apenas cuidado com a atmosfera e sobrevivência. Tem gente que nunca viu uma árvore até a fase adulta. E a Bíblia não é tão valorizada nesses lugares, visto que essa pregação machista e excludente está em suas páginas, acorrentando gerações e cuspindo em honras e felicidades por pregadores misóginos.

No Brasil, descobriram que as mulheres não querem ter mais filhos. E não é somente as alfabetizadas mas de forma genérica. A não ser as eternas abandonadas da sorte dos sertões e grotões perdidos nesse continente.
O estado brasileiro não pode fazer o controle oficial da natalidade porque tem muito macho metido a amiguinho de Deus, opondo-se de forma virulenta. Afinal a miséria faz parte da exploração de alguns pretensiosos a santificação.
Sem contar as noveleiras, onde filhos aparecem, sempre, como consequência de algum romance. Coisa mais ultrapassada!

Ter filhos, sem ter dinheiro para pagar serviçais ou família para dar retaguarda é castrar aspirações e interromper trajetórias de mulheres muito mais brilhantes do que a maioria de homens. Estes trafegam, livres e soltos , preferindo alguns ficar presos por omissão ou fazer parte da estatística da paternidade desconhecida. Estes continuam no século passado, num país sem livros e bons professores.

Uma das parcelas para o fim da miséria e rumo ao desenvolvimento é o controle da natalidade. É o fim do foco dado na maternidade e excludente da paternidade. Sem esse item o estado não pode planejar nada e nem responsabilizar-se pelo alto índice de criminalidade. Mas esse é outro assunto.


sexta-feira, 2 de março de 2018

Nada a declarar

                                    
Por incrível que pareça é mais difícil eu voltar ao horário normal depois do Horário de Verão. Até adapto-me bem ao Horário de Verão e quase não noto a não ser pela posição do Sol quando vou fazer minha caminhada. No Sol a pino do Horário de Verão é muito pior.
Eu optei por caminhar na rua em vez de o fazer na esteira porque cansei dela. Quase virei fiscal de rua. Por onde passo vou anotando mentalmente os acúmulos de lixo ou serviço mal feito da CESAN . E, ao voltar para casa, telefono para a CODEG para retirar os entulhos ou para para a CESAN arrumar o que deixou para trás ao consertar um vazamento.

Mas está difícil acordar muito cedo ou dormir muito tarde porque o meu horário biológico está sem sincronia. Fico caindo aos pedaços depois do almoço, tenho minhas tarefas e as faço muito mal.

Vou observar a quantas vou ... A diferença é quando preciso descansar, no fim da tarde, e tenho que ficar com minha neta Yara que é uma fera. Com quatro meses quer mandar em mim. O embate me deixa exausta.

Amanhã é outro dia!