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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Tá na moda

                                         

                                                        Rodolffo

 Ai de quem se atrever a sair do eixo hegemônico e fazer sucesso na cantoria. E, não é privilégio do Brasil. Elvis, quando apareceu e até hoje, quarenta anos depois da sua morte, ainda é chamado  de lixo sulista, apropriador da arte alheia pelos nortistas dos EUA. Roberto Carlos ainda acha gente que não o aceita como um dos maiores compositores e cantores da música brasileira porque atreveu-se a nascer e ser um autêntico artista, oriundo do Espírito Santo. Rei da Música? Não mesmo. Discreto e fechado como um bom capixaba nem responde. 

Agora, está na moda um cantor de Goiás, com grande sucesso pelo centro-oeste do Brasil. Cansado de não conseguir romper a barreira para expandir Brasil afora, cantando desde os doze anos  em dupla, resolveu expor-se no mega programa da Rede Globo. Mediu as consequências com seu estafe e resolveu participar do Big Brother Brasil. Verdadeira toca dos leões. Mas não contava com a sua sedução pessoal. Conquistou e incomodou tanto os participantes e o público da região hegemônica do Brasil, participante ativa da emissora que está levando uma surra da mídia, dos fofoqueiros e das páginas das redes sociais que não  sejam  do eixo Rio e São Paulo.

Com sotaque regional, fala caipira e a fleuma desconhecida  nos RJ e SP, levou de roldão tudo que apareceu. Por ser diferente, especialmente na fala mansa, no temperamento fleumático e na coragem de ser duro, com poucas palavras, olhando nos olhos,   vai seguindo. E, nem ele mesmo sabe até onde isso tudo vai dar. Com um peteleco colocou gente atrevida em seu lugar, lá na casa do confinamento BBB. Tomara que consiga fazer o mesmo com os invejosos. Eu gosto.

O Brasil tem vinte seis estados mas são como países diferentes, com fala, características e culturas próprias. Passei por esta experiência em viagens pelo país e  quando vim de MG para morar no ES. Foi difícil minha adaptação.  Mas, no final, dá tudo certo. Quem fica parado é  poste.

Voltando ao cantor da moda, que canta em dupla, das suas  música, muito  embora o sucesso seja ESTA entre outras boas, eu prefiro AQUI

Especialmente para quem mora fora do Brasil para conhecer as novidades, fora os nomes e cantilenas de sempre. A música brasileira é imbatível, única e muito rica.

UIA !  AQUI o charme espirra

Meu blogue também é arquivo do tempo. #compartilhe 


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Juventude, a carta marcada

                        

Tem um filme de 1961, West Side Story, cujo enredo se passa nos anos cinquenta em Nova York.
Nesse filme tem um torneio de dança cujo casal vencedor será o que ficar por último. Dançam sem parar, dia e noite. Alguns casais chegam a desmaiar, um deles,  mas não desistem porque o prêmio em dinheiro pode mudar suas vidas.
O filme mostra a falta de perspectiva da juventude em um momento, no pós guerra, e, participar de torneios para ganhar dinheiro era, talvez,  a única chance para mudar o futuro.
A exploração da miséria humana, a juventude abandonada e sem direção, também é aproveitada pelos organizadores do evento, sem outro objetivo do que lucrar, tanto quanto os participantes.


Nos tempos de hoje, os diversos realities shows podem ser considerados exploração desse mesmo viés, de uma  juventude sem perspectiva.
Submetem-se  à  exposição predatória  e o  tratamento semelhante a ratos de laboratório para ter uma chance na vida. Catapultar a sua vida profissional e buscar a independência social e financeira, principalmente livrar-se da dependência de sua família original.

Então  e mas, os intelectuais torcem o nariz, menosprezam quem participa ou organiza. Não tem olhos para o fenômeno mundial e que leva a juventude  buscar ganhar ou perder suas sonhos de futuro  nesse quadro arriscado. Os senhores do poder e da glória, a sociedade intelectualizada e digna nos seus lugares fixos na sociedade, mostram total desprezo por uns e outros como se não fosse digno uma pessoa tentar furar o bloqueio social. Para isso, precisa  de algum dinheiro.

Eu não vejo quase nada porque tenho grandes limitações em entender essa juventude participante. É muito frenesi, muita ansiedade e me deixa nervosa, sem entender  completamente o que se passa.  Penso como reagem os pais, que às vezes, também estão na retaguarda e não podem fornecer mais do que aquilo. O mal é meu porque não tenho formação acadêmica para aproveitar as nuances do ser humano, sua glória e sofrimento.
Desde Casamento a Primeira Vista,  Quilos mortais ou  até A Fazenda, todos estão no mundo da ansiedade e do submeter-se ao julgamento raivoso de um público, também problemático e que não tem nenhum pejo em injuriar, difamar, massacrar cada personagem. Nem sei como faz  o vencedor porque aos outros, a sarjeta.

Uma vertente desses realities são programas onde produtores e apresentadores ganham a vida para julgar os participantes. E, o fazem  de forma cruel como se fossem  trituradores de honras e vidas. Como esses jovens fossem piores do que animais. Pois que os mesmos que arrazam com os participantes são aqueles a  defender os animais. Ah, mas os animais são irracionais. Me conta outra...

Considero os realities shows o resultado da luta pelo lugar ao Sol onde as armas são o que se apresenta. Pelo menos não morrem como na época das guerras quando a juventude era usada para algum maluco chegar ao poder e ficar na história com loas e monumentos  e esquecidos os jovens sacrificados ao poder de uma conquista, outra.