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sábado, 1 de agosto de 2020

A vida é uma tourada ou O dinheiro sumiu

                                           A tourada começa cedo.
                                            Qual peça dela você é?    

O que está à mostra para o mundo sobre o Supremo Tribunal Federal é somente um ponto do que se passa nos porões da justiça brasileira.
Eu sou parte em uma ação na Justiça Federal onde dos quatro autores dois fizeram acordo e sobraram minha amiga e eu. O objeto da ação é receber resíduos dos planos econômicos do FGTS. O mérito não se discute porque já o foi em uma ação civil pública. É mera habilitação para recebimento do que já foi decidido no que deve ser pago. Desde janeiro de 2002. A Caixa fez TODOS os recursos possíveis e impossíveis havidos nos anais do direito brasileiro para não pagar. Os autos do processo são mais viajados do que o demônio pelas salas dos juízes nacionais. E, pasmem vocês, ao que o juiz mandou expedir o Alvará para tirar o dinheiro, em quantia dez vezes menor ao quê de direito, este SUMIU da conta. Tem só um resíduo de quarenta reais ou pouco mais na minha conta e da outra parte não sei quanto foi.
O Juiz ? Sem nenhuma prova de que o dinheiro foi sacado pelas autoras da ação, mandou arquivar o processo e extinguiu a ação. Tudo virtual. Ninguém tem direito a conversar com juiz, gente do cartório em um verdadeiro SALVE-SE quem puder. Ora, se o dinheiro foi, em tese, sacado, por que tem resíduo?

Minha amiga, exaurida depois de tantas petições, tantos recursos, em uma luta de dezoito anos, está de cama com diarreia nervosa. Falou comigo pelo telefone aos prantos porque a humilhação ao profissional, as partes, ao direito adquirido, ao julgado é estarrecedor. É a cidadania ferida, é o direito assaltado, é o absurdo instalado. Não vale dizer para ela que deixa prá lá, que não estou preocupada, que não se amofine. Que roubados somos todos e todo dia. 

Não há justiça nesse país como duvido que haja em muitos lugares pelo mundo. Pelo menos é o que mostram documentários sobre o assunto em países até de primeiro mundo. A humanidade está nas mãos de gente equivocada pré estabelecida em uma pseuda democracia onde só os poderosos tem vez. O distanciamento entre o povo, as partes de um processo em busca de seus direitos são jogados na lama. Penso  que o povo que escolhe gente com ares de donos de cada um, pseudos protetores de almas e gentes, deviam pensar melhor ao votar, em como quer o seu país, a nação construída para que seus habitantes não sejam espoliados, roubados, pilhados aos montes por uma gente que sequer merece viver. Quem é essa gente dona de tudo e de todos? A quem recorrer? Que jogo imoral e sujo move o mundo onde somos joguetes de interesses inconfessáveis? E isso é apenas a ponta do iceberg. Um exemplo de como estamos.

Pode não valer nada. Mas pedi Sandra para tirar cópia do processo e vamos mandar para o Superintendente da CAIXA, para o Ministro da  Economia e para o Presidente da República. Se a ordem do governo anterior era fazer o direito do cidadão de joguete e buscar o não pagamento dos direitos ganhos na justiça com a conivência de juiz federal, agora quero ver o que vai acontecer. Eu vi que Bolsonaro atende pedidos os mais inusitados, coloca para debate em reunião ministerial. Sérgio Moro caiu porque não trabalhava e não gostou de ser, duramente, cobrado na frente de todos e em reunião  tornada pública a desmascarar  quem menos esperava. Pois quero ver a cobra fumar! Depois eu conto o resultado.

                              
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E continuem me desculpando porque estou blogando de teimosa pois  o programa que fizeram não dá para fazer melhor.

terça-feira, 22 de março de 2016

Jogo de poker

Sagui da minha vizinhança.
A mancha na boca fazia a diferença. Alguém levou-o.

               

Um cliente do escritório de advocacia onde trabalhei era processado pela CAIXA. Ação criminal na Justiça Federal. Era alto funcionário, concursado, ganhava excelente salário.
Exonerado do cargo, ficou em um canto, esperando a decisão judicial que, afinal, o condenou. Foi catar coquinho e nunca mais o vi.
O crime foi de apropriação indébita. Ele tinha a senha do computador para acessar as contas dos clientes e sacava de várias delas. Com a reclamação dos correntistas lesados, foi identificado, processado e condenado.

Um dia, ao esperar audiência, perguntei a ele porque tinha feito aquilo. Um cara bonito, forte, inteligente, ganhava excelente salário, tinha prestígio na empresa, nome na sociedade. E, ele, de cabeça baixa me disse que foi como um jogo de poker. 
Perguntou se eu sabia como se jogava poker. Eu disse que não sabia jogar nada. Ele disse que eu tinha sorte porque gostar de jogar foi a sua desgraça. Pedi que detalhasse a ideia. Ele disse que no poker a pessoa recebe as cartas e vai abrindo devagar para ver  quais são. Chama-se filar. A pessoa vai filando as cartas e isso é a emoção do jogo. No crime que ele cometeu, ele começou tirando centavos das contas, passou para um ( na época ) cruzeiro, depois dois e foi aumentando. Começou com uma, duas contas e foi aumentando. Até chegar a milhares  em várias contas. Todos os dias ele esperava que alguém reclamasse como se fosse o filar no jogo. No passar dos dias ele ia aumentando a quantia  para ver quem reagia. Como em um vício ficou  sem controle. A adrenalina corria em suas veias tal qual um jogador. Até ser apanhado. 

Conto esse fato para fazer analogia com os crimes do Velhaco. Tem muito em comum com o fato do Lula começar mandando em um sindicato e, mentindo, roubando e matando galgar  lugar até chegar onde chegou. Nunca foi pego. Jogou suas cartas uma a uma. Começou jogando baixo e, na medida em que foi ganhando, aumentou o cacife. Para mim continua jogando. Todo dia ele fila suas cartas, esperando quais ainda tem nas mãos, quais serão jogadas. E, faz seu jogo. Sempre ganhou. Mas, um dia ele blefou.
O jogo não acabou mas seus parceiros são duros na queda usam estratégia forte. Talvez Sergio Moro também goste de jogar. Talvez o jogo do Velhaco tenha mudado. Começou a perder mas não abandona a banca. Todo dia ele fila suas cartas. A adrenalina toma conta dele. Podemos ver nas fotos, nos filmes. O jogo continua. Aguardemos.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Caixa: honra seja feita

                                       

Nos comentários do texto, sobre o erro no meu cartão da CAIXA, do dia 11, Maria Eugênia relata sua odisséia com o seu banco. Sugere que eu faça o mesmo que ela: Reclame para quem de direito.

Depois de exercer uma profissão, por muitos anos, que nada mais é do que reclamar de tudo o que está, supostamente, errado, a voz e a postura ficam firmes demais- de quem sabe reivindicar direitos- eu cansei. Cansei dos bestuntos que , para virar a mesa, insinuam que está sendo grosseira, ou autoritária demais. Cansei da incapacidade real ou dissimulada de não entender o português, dividindo o idioma em erudito e  rasteiro. Cansei dos microcéfalos que se arvoram em querer ensinar padre nosso a seu vigário. Cansei dos pseudos subservientes prontos para pular na sua jugular.

Sou do tempo da ditadura, do Esquadrão da Morte, do judiciário onde despachávamos direto com o juiz. Sou do tempo em que uma advogada jovem precisava ser dura para ser  atendida sem subterfúgios. Quando vim para o ES, como consequência de um casamento com um capixaba, fui uma das três primeiras mulheres a advogar no Forum. Não haviam mil e quinhentos advogados em todo o estado. Mulher não podia fazer concurso para juiz, promotor, polícia civil ou militar.Sequer entrar de calça comprida no Forum. Se uma moça , trabalhando em uma instituição bancária, ficava noiva era despedida sumariamente. Se ficava grávida o patrão dispensava seu trabalho. Mulher casada, advogando, só podia ser por diversão; devia estar em casa cuidando dos filhos. 

Tudo isso, tornou-me pessoa a falar mais alto que os outros e ter dicção clara. Tudo para não ter que repetir e defesa para o disse-me-disse. Só recentemente retomei a fala mais lenta e mais baixa. 
                                   

Por isso tudo, evito reivindicar qualquer coisa. Hoje, prefiro virar as costas. Mas, de repente, pode voltar minha gana e eu ser muito dura.

Então, não briguei na CAIXA quando levantaram meu cartão e procurei aguardar. Mas, incitada por Maria Eugênia, mandei email para o Banco Central. Espantei-me com o número altíssimo de acessos, aqui, aos textos sobre o fato. 

Fiz o texto no Fale Conosco do Banco Central dia 12 e, hoje, dia 14 às treze horas, o carteiro trouxe o meu cartão.

Rapaz! Que rapidez! Inacreditável !


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CAIXA, a bagunça

Eu me preocupo seriamente com a condição da Caixa Econômica Federal. Pelo menos por aqui, cidade de cem mil habitantes, onde a sede do banco é no centro, perto de tudo. Uma multidão em inúmeras filas e  funcionários fazendo das tripas coração para atender.
Os frequentadores são, na maioria absoluta, pessoas da classe abandonada da nação. Nunca vejo gente graúda. Portanto, somente os acostumados à esperar e serem tratados como gado. Para não ofender, digo que são  mansos demais. Fico sem graça de criar caso com os absurdos que me acontecem , como cliente que sou. Haverei de destoar dos cabisbaixos e silentes de olhar parado. Com raras exceções.

Um exemplo é o meu cartão de débito. Uma tarde, passei nas Lojas Americanas e comprei barras de chocolate. Depois, caminhando para casa, no quarteirão da frente, talvez duzentos metros, passei pelo Supermercado Santo Antônio. O cartão funcionou nas LA e pifou no Santo Antônio. Sem que nem praque.

Voltei à LA para testar, mal podendo acreditar em mais um fiasco da Caixa. O cartão dava defeito. Quase tive um troço. No dia seguinte, fui à Caixa, enfrentei uma senha com dez pessoas na minha frente. Fui informada que deveria pagar uma taxa pelo cartão novo. Reagi, dizendo que não pagaria nem um centavo por algo que eu não havia dado causa. Que iria apurar o que havia acontecido e  nas duas lojas. Se houve arranhadura era preciso verificar a máquina causadora. O funcionário da Caixa pediu para que  eu não levasse adiante minha ideia e que não lançaria taxa pelo cartão novo. Tudo no fim de ano, às vésperas da gastança. E, se eu estivesse viajando? Vinte e cinco dias para eu ir ao banco e pegar o novo cartão. Reclamar no PROCON, lá onde Judas perdeu as botas?

A diferença de banco é gritante. Hoje, recebi, com um mes de antecedência, em casa, o cartão débito/crédito do BANESTES        ( Banco do Estado do Espírito Santo) sem sequer ter pedido porque vencerá mes que vem. 

A bagunça da Caixa são essas visíveis ou o povo há de pagar por alguma nódoa invisível ?