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segunda-feira, 2 de março de 2020

Cortando galhos

                                  

Apenas para registrar sobre as chuvas que caem nesse fim de verão. Enquanto o ano passado foi de seca brava, este ano chove bastante.
As notícias de inundações e perdas de patrimônio são altas. Comprar carro usado vai ser dose de paciência no preço baixo. Quem garante que não é carro sobrevivente das enchentes urbanas?
Eu não sei como pode uma pessoa sair às ruas quando o céu está com nuvens baixas, trovoadas fortes, mostrando que vem água. Talvez alguns estejam estacionados nas ruas por falta de estacionamentos nos prédios ou casas. O fato é que, pelo menos o motor está perdido.
Eu já peguei chuva repentina e forte em Belo Horizonte. E foi nessa época do carnaval quando fui visitar meus pais. Quem dirigia era meu filho e, sem experiência, fez a manobra errada e entrou água no motor. Já pensou, viajando e tendo que trocar o motor ? Ainda voltar para casa a seiscentos quilômetros?
No caminho, passando pela  Serra do Caparaó, paramos em um posto de gasolina para esperar a chuva cair aos borbotões. Com meu filho querendo enfrentar a chuva que caia como uma parede d´água. Depois, peguei o volante e dirigi até Vitória. É que papai havia me alertado  para tomar cuidado com meu filho porque ele tinha muita coragem. Não é fácil criar filhos sozinha, sem que outros nos alertem do que não vemos.

Com o vento a dez quilômetros por hora, a água entra por debaixo das portas e nas frestas das janelas. Depende do tipo de construção. Fico pensando como deve ser terrível um vento a sessenta quilômetros ou furacões a cento e cinquenta.
A sibipiruna  em frente da minha casa, na rua,  resiste porque eu monitoro o ano todo. A coisa mais interessante é que eu tenho que fazer requerimento de poda na prefeitura e pagar uma taxa.  Aí vem um técnico, estuda se precisa mesmo fazer a poda e autoriza.
Acho uma graça quando dizem, do estrangeiro, que estão colocando abaixo a floresta Amazônica, se não podemos cortar um galho da árvore da rua sem autorização oficial. Não fazem ideia do que seja esse país.

Enquanto chove tanto, a umidade nas alturas, tudo fica verdinho. Quando vejo as árvores de fora do Brasil, com seus galhos secos ou com meia dúzia de folhas tenho certeza que morar por aqui vale o preço que se paga por viver de forma tão natural e simples.

E tome chuva!

                                       
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Mineiro gosta de crônica. Dizem as más línguas que, quando há concurso de crônicas, os Correios de Minas Gerais ficam lotados de manuscritos. Ah, isso antes da internet e do PDF.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Verão nos trópicos

Cachorro de rua, aproveitando a sombra fresca 
                              

O calor é o de menos. O pior é a umidade terrível. Quando tem uma temporada de chuva de verão como foi esse ano, parece que estamos em uma sauna.
A natureza por aqui é grandiosa e a Mata Atlântica nessa região é representada por restingas e capim baixo, ervas daninhas que aparecem com força após as chuvas. Todas as folhas são muito hidratadas e à noite a maresia toma conta.

Meu olfato já foi melhor mas percebe-se o odor da maresia no ar. E a densidade da umidade que beira a noventa por cento.
Tem uma vantagem, as pessoas não ficam enrugadas quando envelhecem. A pele das pessoas aproveita a umidade. Ms não é dispensado o beber água o dia inteiro. Um círculo vicioso quando você debulha água, precisa  beber para repor e volta a espirrar água por todos os poros.

Eu me lembro quando cheguei a Vitória/ES, vinda de Belo Horizonte/MG onde o clima é seco. Eu comprava lencinhos umedecidos na farmácia para passar no rosto. Maquiagem foi pro beleléu. Custei a me adaptar. As roupas que eu trouxe não serviam porque até os tecidos  são diferentes. Com o tempo, larguei de mão. Esqueci a pose de montanhesa e virei capixaba onde andar quase nu faz parte.
Minha irmã, quando veio me visitar, vinda de Belo Horizonte,  fez um comentário interessante. Ela comentou que as roupas não podiam ser usadas duas vezes. Quando papai apareceu em uma visita surpresa, ele ficou pasmo com a quentura do asfalto. Disse que queimava os seus pés.
Outro dia eu saí à rua com um Sol inclemente esquentando minha cabeça. Eu coloquei a mão e estava quente. No caminho encontrei com uma moça. Ela estava com sombrinha. Quando paramos para esperar um carro passar eu lhe disse que, se ela não se envergonhava de usar sombrinha , tinha me encorajado. 
Não saio todas as vezes de sombrinha porque procuro andar na sombra. Mas quando tenho que descer em horário de Sol a pino, estou usando minha sombrinha própria para Sol e chuva  comprada pela internet.
Ah! Não dá mais.
Quando a gente é jovem ainda tem vergonha porque todo mundo olha e eu tentei uma vez para nunca mais. Mas o envelhecer nos torna invisíveis. Ninguém percebe, não vê e quando vê pensa que é doido. Já me entreguei à nova realidade e estou adaptando-me pouco a pouco. Minha pele não é como antes quando eu ficava esturricando no Sol, o dia todo na praia.  Em uma festa de família desse último fim de semana, a geração mais velha já chegou aos noventa e tantos  anos. Todos estão um coco. Quem sabe chego lá. Ou adapto ou morro ? Será assim?

É cara de triste ou impressão minha?KLIKA

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  Nota: As fotos por aqui, se você quer ver maior, clica em cima.                             
                                     

sábado, 21 de dezembro de 2013

Socorro!



Se continuar a chover assim não garanto minha casa em pé ou eu viva !
- Toró, toró, toró!