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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Saindo do amadorismo

                                       

Se a ditadura não foi ruim para o Brasil como um todo, pelo menos uma coisa foi  terrível em termos de nação: Impediu o nascimento de novas lideranças.

Com o AI 5 em dezembro de 1968 ficaram proibidas reuniões políticas ou assemelhados. Foi o tiro na democracia. Não há dúvidas que o Brasil, a partir daí, tornou-se uma ditadura.

Talvez esteja aí a resposta por o Brasil não gerar estadistas há décadas. Só sobreviveram  aqueles  que não se importam com julgamentos, com acusações infundadas, que pagam pra  ver nos entrechoques das ombradas pelo poder e nada mais. Poucos líderes naturais mas construídos nos interesses  inconfessáveis para manter tudo. Sim houve e há lideres naturais mas poucos os que pulam na frente da baioneta.
Enquanto isso, essa mesma ditadura deu salários diferenciados para os que andavam ombro a ombro com aqueles que faziam, pensavam, surgindo a célebre máxima Sabe com quem está falando? Formou-se a elite participante do mando e do dinheiro grosso. Com ela  nasceu uma ferida nos anseios do povo e deu casca. Essa casca funcionou como uma barreira para quem, um dia, quis participar politicamente da construção da nação. Os queridinhos da pátria já estavam escolhidos e passar da linha  não dava.

Nas últimas eleições, com o surgimento dos instrumentos fora do controle dos controláveis e das leis , intrincadas por conveniência, surgiu essa rapaziada, eleita nas últimas eleições, sem vícios, com o ímpeto de fazer, com novos ventos desconhecidos pelo sistema e ávidos por aprender a fazer política como profissionais. Dentro do Congresso os velhos parâmetros, as raposas com pelos caindo pela sarna dos vícios e falsos salamaleques políticos, seguram o andamento do novo e dos anseios.

Quem gosta de acompanhar  a história do Brasil, acontecer nas suas barbas em tempo real - pois vai ler, amanhã nos livros - provavelmente está tentando ver, debaixo do cipoal das  jogadas espúrias, a coisa acontecer. Como eu.
Paciência, gente, é preciso ficar atento porque tem muita coisa que , de fora, não se consegue ver.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Militares no Poder

                        
                     Vocação para campeão de salto resolveu não pular nesse dia
                                       KLIKA

Um deputado, com forte sotaque carioca, militar de origem, berra diariamente,  na tribuna da Câmara Federal a favor do Exército Nacional tomar os três poderes da nação. Quer os militares mandando no Brasil, faz propaganda, quer o coturno qual tacão no povo e nas instituições. Reverbera o que aprendeu nas hostes autoritárias da hierarquia e da obediência. A embocadura da continência para os superiores e fazei tudo o que o Sr. Mestre Mandar. Nasceu para ser mandado, receber ordens, repetir catecismo decorado. É adepto do Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Estremeço só de ouvir essa frase de uma boçalidade sem limites, cunhada pela Ditadura Militar e aceita pelos eternos submissos. Vão se catar!

Esse pessoal que pede a volta da ditadura militar não é civil, não é democrata e tem forte vocação para o autoritarismo.  Tratam  a exclusão social com  a certeza que há pessoas inferiores que lhes devem obediência em estado rígido e comandado por suas regras de quartel. Essa obediência é devida porque aqueles são inferiores na natureza, na inteligência e na forma de ver o mundo. Possuem a certeza de sua grandiosidade escolhida por sua força e destino. 

O Brasil é o que é por linha direta com o Exército se metendo nas instituições para as quais não é de sua competência. E, desde a proclamação da república e banimento de D.Pedro II na calada da noite. O povo é mantido na ignorância para sentir-se frágil e precisar da tutela das armas institucionalizadas. Obviamente com a população desarmada para não esboçar reação.

Se somos uma nação com democracia mal estruturada, devemos as ditaduras e intervenções militares. Autoritários, nunca admitiram que os verdadeiros líderes civis, tão escassos, pudessem desenvolver-se desde o nascedouro. Para haver democracia, as lideranças devem ser estimuladas desde cedo nas crianças, nos adolescentes, nos adultos bem formados em uma trajetória constante, da escola à vida profissional. Políticos de escol são como treinados desde a infância. Não nascem em um clique como fantoches a serviço de forças ocultas.
O líder natural tem vocação e, como tal, suas ações são impulsionadas pelo que os guia. Isso em todas as formas de vida. Uma pessoa sem vocação falseia em suas ações, demora a agir, refuga,  não tem a visão própria dos vocacionados. Até os animais possuem a vocação para ocupar um lugar na sua linha de origem: Cachorros, cavalos, gado, galinhas.

Essa gente que pede a ditadura e não percebe que foi ela que deu origem a tudo que temos hoje no país, não teria a liberdade de expressão se fosse na ditadura do proletariado. Todas as ditaduras são iguais, depende de que lado seu assecla está.

É importante ressaltar aqui que o Exército Brasileiro da atualidade, aprendeu com o passado e não quer intervir como foi feito, muitas vezes acionados pelos lideres civis. Mantém-se na expectativa dos direitos constitucionais. Se o fizeram antes, devem ter analisado bem a história na qual envolveram-se e preferem olhar de longe os ataques de abstinência de certos ex verde olivas.

Desde quando militar é vestal? KLIKA 

#intervençãomilitar