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domingo, 4 de dezembro de 2016

Leave me alone

MAA
                             
A boa aparência é aceita para fazer novelas e filmes. A pessoa em si mesma quer ser ator ou atriz, mais do que sua aparência revela.
O maior exemplo é Marilyn Monroe. Pensou em ser atriz e foi manipulada pela indústria para ser estrela e encher as telas e os olhos dos espectadores com sua bela e sensual aparência. Quando se deu conta, já era tarde. Tornou-se mero objeto das luzes, dos flashs e dos desejos inconfessáveis.

Assim, quero entender como um ator como Mehemet Akif Alakurt passa pelo mesmo processo. Com aparência e sensualidade dos deuses, recusa-se a ser pasto de mulheres carentes e histéricas. Almejou ser ator. Como não o aceitaram somente para tal e enfadado com a perseguição das mulheres por onde passava, desistiu da profissão antes que ficasse maluco. Como outros atores e atrizes, inclusive nacionais, não aspira ser rico, ganhar grandes quantias, exibindo a si mesmo para pessoas que não respeitam sequer a si mesmas. Queria exercer sua profissão.

Em uma entrevista, disse que parou o carro em um sinal de trânsito e, de repente, este  foi quase revirado por uma dezenas de mulheres gritando como malucas. Que não consegue ficar com uma namorada porque elas são atacadas pela mídia e por onde passa e, portanto, o namoro não prospera. Que sequer pode ter uma página nas redes sociais porque os comentários são tão absurdos quanto ofensivos.
Enquanto se é muito jovem tudo é divertimento mas  a falta de respeito começa a ser notada na medida em que envelhece.
Assim, largou de vez a profissão, não aceita sequer aproximação da mídia, não está interessado em repercussão dos seus trabalhos e vive escondido em uma fazenda a beira do Bósforo com seus cachorros e criando abelhas. Não se sabe se está casado ou amasiado mas vive com uma mulher que topou ficar livre das luzes da fama.
Eu soube disso tudo por informação das fãs, espalhadas em inúmeras páginas da internet. Todas ainda histéricas e com desejos  externados sem pudor. Ele, mais objeto do que nunca.

Talvez, seja como La Arósio ou Greta Garbo e   sua vida siga, deixando suas fãs a ver navios. Suponho não ser o primeiro e nem o último. Suponho  parar por aí o desejo de ver um seu trabalho para entretenimento e prazer.

O que pretendo aqui é compreender a vida de gente que escolhe uma profissão de exposição de sua figura mas sucumbe entre o desejo e a realidade. E, como as pessoas chamam para si o direito de ferir o outro no ser respeitado. O ser tratado como objeto, homens e mulheres, por quem a sensibilidade não está na caixa craniana. Com isso, quem perde é a arte.

                                   

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Faz parte da vida.