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segunda-feira, 12 de março de 2018

O olhar periférico

                        

Que vulcão existe dentro das pessoas e que não as deixa serem  felizes ?

No afã de ser aprovado pelo mundo, mesmo que seja o mundinho em volta do umbigo, a pessoa fica, literalmente, impedida de ver que não deve satisfações a ninguém por suas escolhas. E, também, não tem nada a ver com as escolhas alheias. O olhar periférico é maior do que o que vê em frente, horizonte a ser atingido.

O que não pode é fazer uma escolha e jogar para outrem a responsabilidade de arcar com os erros. E, quando todos somem, porque cada um tem sua própria vida, a pessoa entra em parafuso, arranha-se , surta e enfia a cara na tarja preta. Pode ser que tudo seja  para chamar a atenção e tentar punir o outro que não pode, não quer, não deve ou não tomou conhecimento do piti. Fica sozinha... E ainda reclama. Sempre.

Uma das vertentes pode ser a base da criação. Quando os pais não controlam a vida dos filhos, querendo que eles sejam o que eles querem, respeitando as limitações de cada um, o filho é mais feliz e tranquilo.
Ou o cerne da coisa é como a pessoa nasceu, foi criado e por quem. Conforme for torna-se um karma, passado de geração em geração.

Outra coisa é olhar para trás. A pessoa é criada remexendo no passado e, certamente, o que foi infeliz, repetindo a tecla e confirmando o sofrimento. Não há alma que suporte...

Os demônios humanos, aqueles que estão no cérebro, repetindo a mesma ladainha tem levado muita gente para o lado maluco. Para melhorar a vida, urge cortar um por um do cérebro e da vida real. Mas algumas pessoas estão tão acostumadas com a cabeça pinicando, enchendo de remédios para aplacar o tempo e a presença deles, que os tornam feridas, acostumam-se e, quem sabe, nem consigam viver sem eles.

Estou com uma amiga assim. Com mãe e pai doidos de pedra, embora inteligentíssimos a ponto de exercer profissões  complexas e poderosas na sociedade, deixaram um rastro que nem Freud vai dar jeito.

Se poderei ajudar a mudar de vida, dar uma volta no destino, matar os demônios  transmitidos e de família não sei. Sequer imagino se o tempo sedimentou os fracassos e a vontade na defesa a maior. Do meu lado não terei papas na língua porque, na minha ignorante concepção, é a única forma de lancetar as feridas. Psicanalista ou psicólogo não dão soluções, mesmo porque não vão  perder o dinheiro no fim da sessão.

Avante, amanhã é outro dia.