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quinta-feira, 14 de julho de 2016

Acompanhando Chefe Boran

- No início, Chefe Boran não entendeu o que acontecia
                                    
Para quem acompanha a saga do saguis da minha vizinhança quero passar mais uma observação que eu fiz nas últimas semanas.

Os dois últimos filhotes nasceram muito grandes. Por isso mesmo, pouco foram levados nas costas. Os irmão mais novos, com seis meses, não conseguiram ajudar os pais, como foi quando nasceram. E, os pais livraram-se  deles logo. O mesmo ocorreu com a amamentação. Por serem grandes, começaram a desmamar também cedo e vir comer a banana, junto com todos. São sete.

Nos primeiros dias, percebi que não conseguiam morder a banana, às vezes não tão madura como deveria. Então, comecei a cortar com meus dedos pedacinhos e dar na boca dos dois.

A princípio Chefe Boran não entendeu bem o que se passava. É que ele vem na frente para  verificar o alimento e liberar para os outros. Ele cheira a banana, a minha mão, dá uma lambidinha e libera para todos comerem. Tudo muito rápido, quase imperceptível.
Quando ele percebeu que eu estava dando pedacinhos para a filharada, ele ficou de lado, observando tudo. Eu pensei que ele não estava gostando por não ser servido em primeiro lugar e estivesse me dando o desprezo. Mas não, ele estava matutando sobre os fatos novos.
Depois de uma semana, ele já entendeu do que se tratava e, pasmem, só aceita a banana se eu der a ele aos pedaços.
O clã só come quando ele libera, se vem todos juntos. Mas ele não avança, cede a vez dos outros.  Depois que ele libera a comilança e come ele fica de lado, em um galho até que todos comam. Porque quando ele entende que estão satisfeitos,vai embora e a macacada vai atrás.
Às vezes, vem uns filhotes com a Sobrevivente, que é o mais velha e cujo irmão morreu. Sei que é fêmea porque já tem a mancha branca na cabeça. Mas ficam guinchando baixinho  como se estivessem monitorando com o pai, que responde de longe.

Penso que, com o pedacinho da banana, que eu dei para os pequeninos, ele percebeu a facilidade de não precisar morder a fruta e exigiu a mesma regalia para ele. 

Mas não é egoísta, deixa os filhotes pularem sobre ele na disputa pelo pedaço e até tirarem da sua boca, sem ser violento. Chega a puxar minha mão quando estou dando algum pedaço para os outros. Só exige o primeiro pedaço e dá uns tapas nos que não esperam. Liberado ele fica em um galho aparte, aguardando sua vez, até chegar o momento de ir embora.