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sábado, 27 de agosto de 2016

A burca na zoropa

- Na  zoropa
                          

Quando eu fui à África do Sul, no momento de embarcar de volta para o Brasil, na Cidade do Cabo, não havia lugar no avião. Os paulistas deram um surto e exigiram embarcar a qualquer custo. Repetiam a frase mais ouvida por mim, durante a viagem em grupo:
- Quero tudo que eu tenho direito.

A guia ficou muito nervosa por não conseguir convencer alguns a ficar para trás. Eu só fiquei olhando aquele pessoal em um frenesi absurdo. Quando a guia perguntou se eu podia ficar para trás, perguntei como seria. Ela me disse que eu ficaria em um hotel e que embarcaria à noite. Que no horário da manhã o voo faria escala em Buenos Aires e o da noite chegaria pela manhã em Miami, baldeando para o Brasil.
Pensei no trajeto do avião indo e voltando, via Buenos Aires ou parar em  Miami, (  Sequer me perguntou se eu tinha visto para descer nos EUA e eu tinha)ficar  livre para andar pelas redondezas do hotel, na Cidade do Cabo e decidi. 

Fiquei  para trás. E, pouco depois, eu fui de taxi até um hotel. Conversei com o motorista que respondeu perguntas que a guia recusara. Ele me deixou no hotel e disse o horário que me pegaria à noite. No intervalo eu poderia fazer o que quisesse. Foi a parte mais proveitosa da minha viagem. Tenho casos únicos para contar. Mas vou ficar com a minha ida à praia.

Coloquei um biquini por baixo da roupa, peguei uma canga e fui para a praia a um quarteirão do hotel. Quando cheguei lá não vi nada semelhante às nossas praias. Areia suja e preta, pedra por todo lado e, em um pier de pedras, estavam mulheres e crianças totalmente vestidas de preto.
Parei na borda do passeio, pisei na areia pegajosa, olhei em volta e achei melhor ficar na sombra de uma árvore merreca e não ficar de biquini. Como eu ficaria de biquini em uma praia onde as pessoas entravam no mar ou pegavam Sol como focas, todos vestidos da cabeça aos pés?
Ainda mais com a cor de praia e com corpo de brasileira? Avaliei e pensei que seria falta de respeito, talvez até uma afronta, ou perigo de ser presa por algum atentado ao pudor. Sei lá, vítima de estupro porque há gente que pensa que  se uma mulher mostra o corpo quer ser estuprada. E, lá, chegamos a andar cercados de homens armados quando  na visita de um ponto turístico.

Agora li que na zoropa há uma discussão se as muçulmanas podem ou não andar em público com burcas ou véus cobrindo o rosto. E, que vão à praia vestidas.
Pena que eu não possa andar com burca. Pelo menos poderia sair de qualquer jeito e nem precisaria pentear o cabelo.

Cada coisa? KLIKA
Versão francesa/muçulmana do Vão Ter Que Me Engolir ? KLIKA