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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Academia, ai de...

                                      
Sete ponto zero
                                          

Faço academia há quinze anos. Segunda, quarta e sexta. Religiosamente. Meus exercícios veem em fichas mudadas mês a mês. Falto raramente pois minha vida é um marasmo com absoluto contraste do que foi durante décadas quando eu trabalhava doze horas ou mais porque havia a dupla jornada de trabalho. Meu marido foi embora com a morte e me deixou para criar dois filhos aos quarenta anos. Um dia ajusto contas com ele.
Depois de tanto tempo, como os metais, meu corpo começa a dar sinais de cansaço.Usei um aparelho na academia, ótimo para queimar a gordura das coxas e nádegas, um tipo de rema-rema, mas detonou os meus tornozelos, meu tendão de Aquiles da perna esquerda. Fui ao médico,ele  mandou-me fazer um exercício de alongamento e passar remédio mas não tem havido muito resultado. Tenho certeza que é porque não parei de fazer os exercícios, especialmente correr na esteira.

Sou muito disciplinada e quando tenho que fazer algo não sei parar. Mas dessa vez, preciso dar um tempo para meu corpo. Os treinadores da academia , acostumados a me ver fazer o que muito jovem não faz, não aceitam que envelheci e que preciso maneirar nos exercícios.
Andei pensando e tomo como exemplo papai que foi um atleta, campeão de esgrima pelo Minas Tênis Clube, andava todos os dias, fazia alongamento, ensinou-nos a fazer ginástica quando éramos pequenas, no quintal de casa, em Belo Horizonte, na Rua Canadá, Sion, morreu com a barriga tanquinho e bíceps com cinturinha, aos 88 anos. Enquanto isso, mamãe  nunca fez execício na vida, brigava com papai quando ele a chamava para fazer caminhada. Papai dizia que o único exercício que ela fazia era levantamento de copo nos fins de semana quando havia cerveja farta no almoço. Ela morreu, gordinha, aos 92 anos.

Vou parar um mês, dar tempo para meu corpo. Só espero que eu não perca o controle do meu behind ( Como dizia tio Marcílio, irmão do papai ) e dos meus culotes.