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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Educação para a subserviência

- Chefe Boram, ensinado seu filhote a descer para o galho
                                                 
Quando fiz meu curso de formação para professora no Instituto de Educação de Minas Gerais,em Belo Horizonte, nos anos sessenta, o Brasil tinha quase metade de sua população de analfabetos.
A ditadura jogou todas as suas fichas para corrigir esse absurdo. Entre outra ações, assinou um acordo com os EUA para formar professores primários. Sua aplicação começou pela escola em que eu estudava.Um grupo de estadunidenses  ocupou todo o primeiro andar do prédio e passaram os métodos de ensino para nós, alunas. Através dos professores, of course.
Tudo que tem hoje, rodando por aí, passou por esse programa.Mas com modificações ridículas e erros que foram nascendo através das décadas. Um dia faço um texto sobre esse assunto porque hoje quero falar de um, fundamental.

Você pode saber se o professor é bom, apenas pela forma como corrige as provas ou os execícios de seus alunos. É princípio básico da teoria da educação, ressaltar os acertos porque o cérebro guarda o que lhe dá destaque. Assim, ao corrigir um erro, a professora deve usar a cor vermelha. Lápis ou caneta. Onde tem o erro escreve, em cima, o acerto em vermelho. Nunca risca embaixo ou chama a atenção para o que foi feito errado. A medida que corrige, não basta colocar um C ou E ou um grifo no errado mas deve colocar, em cima, escrito o certo.
Também, deve colocar sempre um conceito para incentivar o aluno. Eu usava: Bom! , Muito bom! ,Ótimo!, Excelente!, Excelente! Parabéns!, Maravilha, excelente, Parabéns!!!!.
Meus alunos diferenciavam as sutilezas dos conceitos e , sentados em mesas, disputavam o resultado. Toda segunda-feira, os alunos podiam escolher novos lugares e eu procurava incentivar os mais bagunceiros com os mais caprichosos. Só não interferia para ficar misto meninos e meninas porque há uma tendência normal por ficarem em grupos por gênero.

Esse tipo de comportamento educacional percebe-se no comportamento dos estadunidenses.Eles não ressaltam seus erros sequer em filmes criticando o sistema.Quando isso ocorre, o roteirista ou diretor ou mesmo atores são estrangeiros.
O contrário ocorre com os brasileiros. A mania de ressaltar os erros, criticar os erros, denegrindo sempre os nacionais, comparando a pior com outros povos é nítido. Ficou mais forte com o governo petralha mas continua a todo pano. Isso não leva a nada, não rompe com o passado de erros mas completa o falso, perpetua o errado.

Urge voltar ao tempo em que se educava, ressaltando as qualidades, incentivando a pessoa nos pequenos acertos que sejam. A correção na educação deve ser chamando a atenção para o correto e não para os erros. O cérebro registra o que vê ou ouve.O papel dos professores é fundamental, assim como o dos pais.

Talvez, assim, um dia possamos abrir um texto e não exalar biles por ver um brasileiro ignorante, com acesso a uma arma tão importante como o computador e seus aplicativos. E, não contribuindo em nada com o avanço para o desenvolvimento da nação.