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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

La Furia

                             

Só quero mostrar, para quem gosta de animais silvestres, essa macaquinha, uma sagui, a parceira de Chefe Boran. Colocamos o nome da La Furia.

Ela chegou, formando um casal, aqui nas redondezas da minha casa. Não sei se chegaram sozinhos, se o IBAMA colocou mas chegaram com mais ou menos um ano. Como comiam do lixo da rua, resolvi colocar banana no quintal. O casal reproduz quatro filhotes por ano. Nascem em fevereiro e setembro. A qualquer dia desses vai aparecer outro par, nas costas do Chefe Boran.

Ela era muito brava e arisca. Já estão há uns quatro anos ou talvez cinco por aqui. Só no ultimo ano ficou mais mansa. Colocamos o nome dela de La Furia. Chefe Boran tem o maior respeito por ela, só aceita o pedaço de banana depois que ela pega o dela. É um casal tão bonito que os filhotes também o são.
Não sei se é o IBAMA ou a Secretaria do Meio Ambiente mas há um controle na população desses saguis pois noto que os mais velhos somem e só ficam os pequenos, não passam de doze.
É que eu pensei em mandar castrar o Chefe e procurei um veterinário. Mas ele disse que só o faria com autorização do IBAMA. Procurei o pessoal, eles vieram aqui em casa, viram o grupo dos saguis, filmaram. Mostrei que eu tinha que alimentá-los senão eles comeriam lixo e corriam o risco de ficar doentes.
Essa gente que mexe com bichos, adora leão, girafa, onça, macaco prego, passarinho chique mas torce o nariz para os saguis porque são muitos e se viram sozinhos. não levam em conta que são os menores símios do planeta.  O veterinário da Secretaria do Meio Ambiente disse que não entendia nada de saguis, eu disse a ele que precisavam começar a interessar-se porque estavam infestando a cidade e monitorar seria uma boa. Pelo jeito levou a sério o meu discurso pois noto que há remanejamento dos saguis logo que ficam maiores. Apareceram duas fêmeas de uns quatro meses, diferentes do grupo, com a carinha mais preta. Chegaram magras e apavoradas mas já se integraram no grupo, Chefe Boran  já não as espanta  e estão com aparência ótima. São umas bagunceiras, trouxeram bagunça para o grupo, correria na grama, jogam-se de um galho para o outro, pulam nas samambaias e agarram no ar, no varal do quintal e da pitangueira do lote atrás da minha casa.

Então, mostro para vocês a beleza dessa fêmea. Ela me encara sem medo. Não carrega filhote nas costas, tolera apenas enquanto está amamentando, um mês mais ou menos. E, nem dá conversa para nenhum dos componentes do grupo. Criar e educar fica por conta do Chefe Boran e como ele é muito manso o grupo todo não briga mas é manso como ele. Foi difícil conseguir uma foto dela de frente como essa que aqui ilustra, muito arisca.

Ninguém escreve sobre saguis porque não estão em extinção. Essa gente gosta é de má notícia...

                             

Sejam generosos comigo:n #compartilhem

domingo, 18 de novembro de 2018

Pequenos macacos brasileiros


- Artista, fazendo pose
                                 

O bando de saguis que transita pelas minhas redondezas, cujo chefe já atende pelo nome de Boran, na maior fofura, reproduz duas vezes por ano; em fevereiro e setembro.
Cada dupla é diferente da outra. Vou nomeando cada uma de acordo com as características. Os primeiros não estão mais no grupo. Não sei se houve algum controle da Secretaria do Meio Ambiente ou se Chefe Boran colocou pra correr.
Dos maiores, sobrou o Solitário, já adulto. Dei esse nome porque seu parceiro     ( a ) morreu. Está muito parecido com Chefe que  eu  distingo pela cara autoritária me encarando como se desse ordens.

Nasceram mais dois em setembro. Os de fevereiro eu coloquei o nome de Feinhos. Nasceram pequenos demais, custaram a desmamar e aprender a andar nos galhos. Até hoje tem essas características. Parece que Chefe Boran percebe e os trata com mais paciência, sem dar empurrões quando comem antes dele. Nos ensinamentos para essa dupla, ele repetia e, até hoje, fica de longe observando quando eles ficam para trás.

Se nasceram os Fortinhos, grandes, espertos e independentes desde quinze dias e já foram embora, agora nasceram os Artistas.
A dupla adora posar para fotografias. Era difícil tirar fotos dos  outros mas essa dupla é confiante, entra dentro de casa e já tem inúmeras fotos de poses diferentes. Incrível mas  eles já disputam com os irmãos quando vão comer a banana e Chefe tem que intervir na briga que eles arrumam. Desmamaram com um mês.

Já estou me despedindo dos Espertinhos, que serão os próximos a debandar na ponta da fila. Coloquei esse nome porque pulam no meu ombro para furar a fila ao  comer e sabem onde guardo as bananas. Ficam na frente do armário me chamando, às vezes aos gritos. Uma piada.
O pessoal da secretaria disse que eu não posso dar comida e, na boca nem pensar. Mas não tenho saída. Eles nasceram aqui e se eu não der vão comer do lixo. Embora a vizinhança também dê. Eu sei porque os sem vergonha não passam aqui em casa quando tem turistas nos feriados.

Caramba! Esse é o Feinho
                                 

                                     

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Os Binitinhus

Com trinta dias. Ainda mama mas já dá voltinhas na amoreira
                       

Para quem segue meu blog, já sabe que tem um bando de saguis na minha vizinhança e comem bananas no meu quintal.
Para os que não seguem e caíram aqui por acaso, esclareço que chegou um casal há alguns anos e ficou porque conquistei a confiança do chefe. Colocamos o nome de Chefe Boran e a fêmea de La Fúria. Nos meses de fevereiro e setembro nascem as crias, duas de cada vez.

Com o aumento dos indivíduos, eu telefonei para o IBAMA e a Secretaria do Meio Ambiente e um técnico esteve aqui em casa. Eu não poderia ficar com um bando de mais de doze para fazer o controle. O técnico, educado e atencioso, veio com aquele discurso padrão, para  não alimentar e não chegar perto mas eu mostrei  para ele que isso é impossível. Com o discurso de que Eles se viram  para encontrar alimentos, eu o fiz esperar o bando vir na hora da tarde, antes de recolherem-se para dormir e mostrar como eles faziam isso, procurando comida aqui em casa.

O fato é que, depois disso, sumiram quatro duplas mais velhas e eu não sei se foram os técnicos, se foram turistas porque foi no mês de janeiro. Pode ser que tenham ido cuidar da vida, expulsos pelo Chefe Boran em busca de seu próprio território.

Dia 03 de setembro apareceram os novos filhotes. A fêmea comeu às 10 horas e às 13 horas apareceu com os filhotes na carcunda. Eu fiquei feliz porque foi demonstração de confiança. Ela é muito brava e arisca e, das outras vezes, os filhotes apareciam nas costas do Chefe Boran.

Cada dupla de filhotes é diferente, possuem suas características  e sabemos diferenciar enquanto crescem. Infelizmente não sei dizer como seria quando adultos porque não estão mais aqui.
O que eu gostaria é de ter uma câmera filmando, presa na amoreira onde aparecem as cenas do Chefe Boran, ensinando a andar nos galhos, a seguir o caminho para passar de um lado e outro, a iniciar a comer a banana, a saltar, a descer das costas de algum membro do clã.  O cuidado em proteger quando meu filho aparece, provocando o chefe e fingindo que vai pegar um deles.

Infelizmente, os documentários preocupam-se em mostrar os macacos saltando, cruzando ou sofrendo a ação dos predadores quando há muito mais do que isso. Inclusive o Chefe ensinando a obedecer e os filhotes não tomarem conhecimento enquanto são pequeninos, até dois semestres. Depois ficam na fila, esperando os pais comerem primeiro. E como furam a fila quando eu dou a banana um a um em pedacinhos.

Se eu conseguisse fazer um documentário com toda a evolução desses animaizinhos, o menor macaco do mundo, poderia exibir em algum canal para quem tem interesse na natureza livre. Se fosse um animal estrangeiro, já estava feito por um profissional do ramo. Um dia, quem sabe, evoluímos ou eu mesma deva procurar esse caminho. É... Vou ver se consigo.
     
- Chefe Boran, ensinando  a andar no galho
                                                                                                         

segunda-feira, 12 de março de 2018

Os diferentes

                                    
Para quem acompanha a saga do grupo de saguis de Chefe Boran, provavelmente lembra-se  do filhote que nasceu diferente. Até hoje ele é chorão. Nasceu em setembro e já tem a nova safra de fevereiro.
Parece que o IBAMA, que certamente deixou Chefe Boran e La Fúria por aqui, pega todo início de ano, a dupla mais velha. Porque os Fortinhos sumiram.

Os que nasceram em setembro de 2017, eram estranhos, custaram a desmamar, menores do que os anteriores. Foi difícil para Chefe Boran ensiná-los a  caminhar nos galhos e pular de um para outro.

Um deles apareceu com machucado na cabeça e eu borrifei mertiolate . Agora apareceu o Chorão com um ferimento feio na cara. Chegou a tirar o pelo. Depois de quatro dias, consegui passar o dedo, no lugar, cheio do mertiolate. Mas ele  ainda não voltou para eu ver se fez algum efeito. Não consegui passar antes porque estava muito assustado.

Ao procurar onde são feridos, cheguei a conclusão que é no arame farpado do vizinho. Aquele colocado em cima do muro semelhante ao  que vemos nos muros de prisões. Eu vi o bando por ali e esses pequeninos não são como os outros. Talvez nem sobrevivam  muito tempo. Pelo menos, não ficou cego.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Contemplando a natureza

- Bem-te-vi, tomando Sol da manhã.
                    
                           
Minha casa fica em lugar aprazível. Tem muitas árvores, algumas eu plantei e em dois anos uma semente é capaz de tornar-se árvore. 
Tem uma sibipiruna na frente da minha casa, plantada em 1983, o tronco é belíssimo mas a copa é podada baixo, como controle de possível queda porque pode cair em cima da minha casa. É uma árvore complicada, os galhos costumam cair em época de ventania. Esses galhos parecem simples mas são muito pesados e, como minha rua  tem pouco movimento, o perigo é pouco. Eu faço o controle dos galhos, da altura, monitoro bastante e tudo tem ido bem.
Por conta de tanta árvore, o IBAMA  soltou um casal de saguis. Já é um bando com o Chefe Boran e a Fúria, uma fêmea tão brava que colocamos esse nome nela. E uma dezenas de tipos de passarinhos que vivem no meu quintal, comendo amora, pitanga e a banana que os saguis deixam para trás.
Mas o passarinho mais corajoso e criativo é sem dúvidas o bem-te-vi. Especialmente os que tomam banho de sol na reentrância do muro como esse da foto.

Que ninguém tenha inveja da minha vida e da forma simples a que optei por viver ...

                                           


                                 
                                 Fura fila para ganhar banana

                                          

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Observação de animais.

                                       

Chefe Boran chegou adolescente e hoje é um sagui, o menor macaco do Brasil, que convive comigo em confiança absoluta. 
Quando ele chegou recebi uns tapas de desconfiança e para impor autoridade. Ele não morde pois tem os dentes muito pequenos, mas dá tapas rápidos e suas unhas são como agulhas. Rasga tudo.
Pouco a pouco, durante três anos, consegui que transite em meu quintal e permita que seu bando faça o mesmo, sem espanto nenhum. Não posso escrever sem medo porque Chefe Boran não tem medo de nada.

Em fevereiro nasceu a quinta ninhada. Desde a primeira, eu quis filmar seu comportamento, ensinando os filhotes a descer de suas costas ou caminhar nos galhos. Mostrar o caminho de saída por entre um galho e outro, saltar, comer quando desmamado. 

Nesse filme, que afinal consegui fazer, ele não fugiu e parece que sabia estar sendo filmado. Estou com problema de configuração do Youtube para gravações mais longas mas consegui, afinal, baixar este. que publico hoje.

Quero chamar a atenção para quando Chefe Boran mostra o filhote como direcionar-se, ele volta para o muro e fica de costas como se quisesse dar liberdade para o filhote assumir o aprendizado.

A gritaria do filhote, eu acho que é mostrando medo e pedindo socorro porque ao ouvir esse vídeo em casa, Chefe Boran apareceu de repente, procurando ansioso e eu percebi que ele ouviu o som e veio atender o chamado. Então desliguei o som, ele ainda procurou um pouco mais, e, foi embora.

Para você que gosta de aprender, ama a natureza, estamos no mesmo barco

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Aos observadores de animais

                                      

Se alguém se interessa, aqui Chefe Boran mostra  ao filhote como  descer das costas, caminhar e orientar-se.

Atenção para a patinha, mandando subir nas costas.

São muito frágeis mas muito respeitados pelas pessoas da vizinhança. A minha intenção é que eles percebam que minha casa é terreno absolutamente seguro, sem necessidade deles ficarem assustados.

Noto que Chefe Boran deixa os pequeninos sem que ele esteja junto. Para mim é sinal de confiança.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Educando para a vida

- Se quer ver maior klika na foto.
 Chefe Boran cuidadoso com  um dos filhotes, que começa a descer para os galhos 
                          
Uma lição interessante vem do tratamento que Chefe Boran tem com seus filhotes.
Eu sei que ele é o chefe pelo olhar,  porque nunca corre ao menor ruído, vive atento olhando pros lados e me encara nos olhos sem medo. 
Com os filhotes é muito cuidadoso e assume carregar nas costas pulando de galho em galho. Como os mais velhos de dois anos, foram levados pelo pessoal do IBAMA, os que ficaram ainda são pequenos demais para carregar seus irmãos mais novos que estão com  um mês. Notei que houve uma recusa ou não conseguiram. Então, ele foi obrigado a assumir sozinho.
O treinamento para sair das costas, pular nos galhos e voltar sozinho para casa é uma aula. Ele fica de longe, escondido e, mesmo que o filhotinho chore, ele não sai do lugar. Como nascem aos pares e andam juntos, tem sempre um mais espertinho que descobre como não ficar andando em círculos pelos galhos da amoreira.  Eu vi Chefe Boran pegar cada um nas costas, uma vez, e mostrar qual o caminho a seguir. Não sei se ele fez isso várias vezes mas o vejo  impassível, observando os filhotinhos, ir e voltar, até achar o caminho que é passando pelos galhos emaranhados do limoeiro e da sibipiruna da rua. Os outros pulam, direto, do muro para o tronco da sibipiruna.

Para começar a comer banana é muito interessante porque ele me vigia e não deixa eu dar pedaço grande e puxa o filhote quando come um ou dois pedacinhos. Parece que ele controla a quantidade de banana enquanto não estão totalmente desmamados.

Tem um deles, o que sobrou no par onde Tortinho morreu, pensávamos que era fêmea e demos o nome de Lili. Mas, ao descobrir que era macho, passamos  a chamar-se Lilico. Este parece ser um tipo de batedor. Ele chega primeiro, procurando comida e dá o sinal para todos virem. Boran exige ser o primeiro mas deixa os outros pegarem um pedaço  da sua parte sem perder a pose. Aquele que vem com tudo ele dá um chega prá lá e um grunhido, sendo obedecido. A princípio Chefe Boran mordeu meu dedo e não sei se foi por não saber pegar na minha mão ou se para mostrar poder. Deu uns tapas no Maurício e em mim talvez para exibir poder e comando, mas hoje são todos mansos. A convivência é boa mas eu não sei se ele são  capazes de me reconhecer fora daqui. Não consegui determinar porque eles me olham quando passo lá embaixo na rua, assovio para eles, mas não me acompanham como fazem os cachorros. O mesmo assovio que eu uso para eles virem ao quintal e saberem que estão seguros; pelo menos é a minha intenção.

Eu já tive cachorrinhos mas hoje prefiro animais livres e soltos. Eu poderia pegar um deles para ficar comigo dentro de casa mas não o farei. Dá vontade de ter um sagui nos ombros, andando para todo lado. Mas precisamos vencer esse sentimento de posse, tão humano e tão inconveniente.

Passam aqui em casa na ida e quando voltam para casa, na sibipiruna lá do lote em frente. Às vezes entram em casa, até a sala mas é caçando, procurando insetos debaixo dos móveis, atrás das portas. A toca deles, é um cupinzeiro muito grande lá no alto da árvore, no lote em frente e  que eles desativaram para fazer de casa. Também, tenho a impressão que, ao sentirem que está sendo feito o almoço, eles costumam aparecer para comer. De bobos não tem nada. Eu disse ao agente do IBAMA que é impossível não interagir com eles. Ele viu e aceitou a minha teoria. Não há saída... Na verdade a vizinhança toda interage com eles, sem muita disciplina mas quando dá na telha. 

... Inté o próximo capítulo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Incentivo e aprendizagem

                                   


Preciso registrar minhas observações sobre o clã de Chefe Boran. Ele é o sagui, macho alfa, que apareceu na minha vizinhança com uma fêmea e um filhote.
Chamei um técnico da Secretaria de Meio Ambiente para planejarmos o controle do nascimento dos filhotes, dois de cada gestação, uma a cada semestre.
Ele ficou encantado com os saguis, nunca tinha visto um de perto a ponto de poder passar a mão. Veio com o discurso de não poder alimentar, tese feita por algum sabido que desconhece a realidade. E, concordou que a saída é a castração do macho alfa. Eu estou disposta a pagar o veterinário mas preciso de licença do IBAMA e quem consegue isso é a Secretaria de Meio Ambiente. O técnico ficou de dar retorno mas é preciso esperar a mudança de gestão com o novo prefeito.

Ao que eu disse que o pessoal do IBAMA havia deixado os saguis aqui perto, ele disse que deve ter sido alguém que os mantinha cativos e ficaram agressivos. Eu concordei porque macho alfa não se faz, nasce. E, Chefe Boran não deve se sujeitado ao cativeiro. 

Tenho feito vários textos para mostrar quão é maravilhoso esse macho alfa mas o prazer de ver ele agir é muito maior.

Pela manhã um dos filhotes, talvez o maior do vídeo e que nasceu em fevereiro, caiu várias vezes na tentativa de sair da cozinha e não conseguia. Os outros correram mas Chefe Boran ficou na saída , grunhindo como se incentivasse o filhote. Quando o pequeno alcançou o pai, pasmem, Chefe Boran o abraçou como se perguntasse se estava tudo bem. Eu não interferi porque já notei que o pai não interfere nas tentativas de aprendizagem dos filhotes e, no máximo, executa a tarefa para mostrar como deve ser feito. E, mais uma vez, pude presenciar esta cena e lamento não poder filmar para mostrar para vocês.

Eu não sei sei se bicho pensa mas é impressionante o que observo nesse sagui e seu bando, o retrato do pai, bonito, manso e de pulso firme. Ele deixa os filhotes no meu quintal porque sabe que, por aqui, também manda e desmanda.

                                  




quinta-feira, 14 de julho de 2016

Acompanhando Chefe Boran

- No início, Chefe Boran não entendeu o que acontecia
                                    
Para quem acompanha a saga do saguis da minha vizinhança quero passar mais uma observação que eu fiz nas últimas semanas.

Os dois últimos filhotes nasceram muito grandes. Por isso mesmo, pouco foram levados nas costas. Os irmão mais novos, com seis meses, não conseguiram ajudar os pais, como foi quando nasceram. E, os pais livraram-se  deles logo. O mesmo ocorreu com a amamentação. Por serem grandes, começaram a desmamar também cedo e vir comer a banana, junto com todos. São sete.

Nos primeiros dias, percebi que não conseguiam morder a banana, às vezes não tão madura como deveria. Então, comecei a cortar com meus dedos pedacinhos e dar na boca dos dois.

A princípio Chefe Boran não entendeu bem o que se passava. É que ele vem na frente para  verificar o alimento e liberar para os outros. Ele cheira a banana, a minha mão, dá uma lambidinha e libera para todos comerem. Tudo muito rápido, quase imperceptível.
Quando ele percebeu que eu estava dando pedacinhos para a filharada, ele ficou de lado, observando tudo. Eu pensei que ele não estava gostando por não ser servido em primeiro lugar e estivesse me dando o desprezo. Mas não, ele estava matutando sobre os fatos novos.
Depois de uma semana, ele já entendeu do que se tratava e, pasmem, só aceita a banana se eu der a ele aos pedaços.
O clã só come quando ele libera, se vem todos juntos. Mas ele não avança, cede a vez dos outros.  Depois que ele libera a comilança e come ele fica de lado, em um galho até que todos comam. Porque quando ele entende que estão satisfeitos,vai embora e a macacada vai atrás.
Às vezes, vem uns filhotes com a Sobrevivente, que é o mais velha e cujo irmão morreu. Sei que é fêmea porque já tem a mancha branca na cabeça. Mas ficam guinchando baixinho  como se estivessem monitorando com o pai, que responde de longe.

Penso que, com o pedacinho da banana, que eu dei para os pequeninos, ele percebeu a facilidade de não precisar morder a fruta e exigiu a mesma regalia para ele. 

Mas não é egoísta, deixa os filhotes pularem sobre ele na disputa pelo pedaço e até tirarem da sua boca, sem ser violento. Chega a puxar minha mão quando estou dando algum pedaço para os outros. Só exige o primeiro pedaço e dá uns tapas nos que não esperam. Liberado ele fica em um galho aparte, aguardando sua vez, até chegar o momento de ir embora.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Turma do barulho



O Chefe do bando é o do alto à esquerda. Olhar firme para mim. Não tem medo de nada.
Eu coloquei o nome de Chefe Boran e ele já atende.
A pelagem é farta. 
O que está comendo à esquerda, pequeno, morreu. Era macho. Acho que caiu da árvore e ficou com o pescoço torto. Duas semanas depois apareceu morto. Enterramos ao pé do Ipê amarelo, junto com Brisa.
O segundo, da direita para a esquerda  direita é a fêmea do bando. Está amamentando e talvez por isso coma tanto e Chefe Boran dá cobertura.

D vez em quando desaparecem os maiores. Não sei se é o Boran que coloca para correr ou se os turistas levam. Pois acontece em janeiro quando a cidade está cheia de gente de fora.

O fato é que são uns amores mas não são leões ou tigres para merecerem  estudo maior dos especialistas. Eles? Estão se lixando...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O melhor presente que eu ganhei

                          

                      
Neste fim de semana  uma pessoa que nos visitou tentou alimentar os saguis. Para nossa surpresa, o Chefe Boran não permitiu que seu grupo chegasse. Percebeu que era gente estranha e comandou uma retirada. Tão logo cheguei e a pessoa afastou-se ele veio, desconfiado, deu tapas na minha cabeça, cheirou a minha mão e todos vieram comer.

Enquanto o grupo vem comer, alguns sobem no meu braço e outros quase caem do fio do varal. Então eu apoio o rabo, por baixo, na minha mão para manter  o equilíbrio. Às vezes faço com ele. Ainda não me dá a patinha; não me dá essas confianças. Chefe  Boran olha de lado, repara no meu gesto, verifica onde estão os outros, sempre atento. Hoje, ele chegou bem perto de mim - eu fiquei imóvel - ele passou a patinha na minha cabeça - e, eu imóvel - continuei dando a banana para os outros comerem. Reparou bem o ambiente, verificou que só havia eu  e foi embora, deixando os filhos para trás.

Durante esse tempo em que eu estou me aproximando do grupo, e fazem dois anos, o máximo que ele afastou-se é para algum galho por perto, de onde não perde o grupo de vista, olhando para os lados, medindo o perigo. Qualquer barulho a mais todos correm para o lado dele. Pois hoje ele, depois de comer e me encarar no olho a olho, afastou-se completamente, subiu no telhado e foi embora, deixando comigo os pequeninos.

Custei a perceber que isso foi um gesto de confiança. Deixou os filhotes comigo  e se mandou certo de que eu não vou fazer mal ao grupo. Acho que ele sabe que eu o amo de montão.

Esse foi o melhor presente que eu ganhei neste fim de ano...

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Filhote de sagui desce pro galho

                                 


Afinal,  os filhotinhos de saguis desceram das costas do Chefe Boran e pularam de galho em galho. Até deram mordida na banana e me encararam em reconhecimento.

O mais interessante é que os pais são de penacho preto e os filhotes de penacho branco. Não é lindo?

O pai? KLIKA


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Que mirada!


Ele é o chefe: Comanda, controla, vigia, ensina, castiga.
É divino!
Que fique conosco por muito tempo. Depois da morte da Brisa, que ficou conosco por 18 anos, tento aceitar a perda desses animais tão dependentes dos humanos. Me orgulho de como está bem tratado, pelo macio,  brilhante, firmeza no olhar. Faço parte disso. Vejo, na net, saguis quase sem pelo, minguados. Estes são belíssimos.

Se vive 20 anos, acho que vou antes!

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Nasceram novos saguis

                                     
KLIKA em cima para ver maior
 

Há pouco mais de um ano, observo os saguis da minha vizinhança. Penso que o IBAMA soltou uma família nas árvores dos terrenos baldios. Por serem do mesmo dono, formam um bom espaço.  Pedi que a manutenção fosse feita, apenas  a nível do chão e deixassem as árvores, inclusive as frutíferas. Fui atendida.


A família dos saguis era de casal e filho. Mas, desde o início, percebi que o filho ficava desgarrado, medroso demais. Com o nascimento dos gêmeos, há um ano, o terceiro sumiu. Não descobri o motivo. Para mim não era filhote do casal. Foi apanhado à esmo.

Pouco a pouco, fui atraindo os macaquinhos para  tomarem confiança. Até cataram piolho na minha cabeça! São sem vergonha, só querem  banana. Comeram? Vão embora. Estão com a barriga cheia? Não aparecem. Tento o reflexo condicionado, usando um assobio mas nem sempre atendem.

Descobri que a fêmea é maior. Obedeci a hierarquia e alimento primeiro o pai. Ele me encara, coça minha cabeça, dá bocadas formidáveis.Tento ficar bem com ele pois se  não autoriza não aparecem. Ele dá o sinal e todos vão embora. Tem muita coragem. Outro dia entrou na cozinha e não conseguia sair. Eu o peguei com cuidado, pois são fragilíssimos. Ele gritou forte mas me deu, apenas,  uma mordidinha no reflexo. Foi a conta de o levar até a área de serviço e ele pulou longe. Pensei que não o veria mais mas ele voltou, normalmente.

Nos últimos quinze dias, notei que a fêmea não pulava de galho em galho, comia menos, estava mais lenta. Comentei que ela parecia prenha. Sumiram um dia como da outra vez, quando nasceram os outros filhotes. Não deu outra. Dia 23, pela manhã voltaram. A fêmea pulou de longe, demonstrando muita fome. Achei estranho o pelo, parecendo eriçado. Quando olhei suas costas, eis que me deparei com dois filhotes com a cara mergulhada nos pelos. Um, agarrado no pescoço com o rabinho enroscado. Dia 24 consegui fotos boas para mostrar para vocês. A filmagem não ficou boa, cheia de sombras pois foi feita nos galhos da amoreira. Vou tentar outra vez. Hoje ainda não vieram porque juntou gente para vê-los e todos estavam com seus respectivos cachorros. Para sagui atravessar a rua, assim, não dá.

A beleza da natureza, interagindo conosco, não tem preço.

                                     
KLIKA em cima da foto para ver  em tamanho maior

Filmagem? KLIKA

sábado, 13 de dezembro de 2014

Macacos me mordam !

                                  

Tem estrangeiro, sonhando em vir ao Brasil conhecer os macacos.

Que venham !

Nota: Para visualizar é preciso ter no seu pc o Média Player.