segunda-feira, 26 de junho de 2017

Fazenda de likes

                        
Eu li que blogue com menos de mil acessos é blogue que ninguém lê. Então, partindo desse princípio, escrevo o que quero, respeitando as regras do provedor porque assim me comprometi quando dei meu aceite.

Ninguém está interessado em ler na internet a não ser sobre crimes, tragédias e fofocas inclusive políticas. Por isso os sites, jornais e revistas dão privilégio a estes assuntos. Os cadernos de arte e textos de pensadores desapareceu do mapa intelectual.

Essas páginas bombadas com milhões de acessos e aprovações é tudo resultado de uma Fazenda de Celulares. Nem passa pela cabeça de gente comum uma coisa dessas mas a festa principal vem da China. Dez mil celulares, vinte mil ficam a mercê de funcionários que dão os likes nas páginas. Tudo pago pelo interessado.

Eu já vi blogueiros, na época em que haviam dezenas deles, afirmando que milhões de pessoas liam seus blogues, por dia. Hoje, é preciso que você declare que é uma pessoa  e não um robô para poder entrar em algumas páginas.

Duvida? KLIKA

domingo, 25 de junho de 2017

Instinto paterno do sagui estrela

                                       

Podem ser repetitivas as publicações sobre Chefe Boran e seu clã. Mas o faço porque não encontro nada igual na internet.
É comum encontrar programas com observações  de grandes primatas, grandes felinos, elefantes e animais peçonhentos. Cachorro e gatos tem aos montes. Mas os saguis, talvez por não estar em extinção, ficam esquecidos.

Ao sistema interessa mostrar os animais na figura da fêmea para criar um instinto materno. Então, em contrapartida, mostro para vocês que, entre os sagui, o instinto é paterno.

Então, para você que é curioso, que gosta de contemplar a natureza, deixo este filminho difícil de publicar no Youtube, talvez porque não vai trazer retorno nem grana.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Instinto materno uma ova

Borana
                          

Nesses quatro anos ou pouco menos, desde quando Chefe Boran apareceu com uma fêmea dentro da minha casa, venho observando o grupo e o nascimento dos filhotes.

No início, o casal comia do lixo, era magro, pelo mal feito, até que nasceram os  primeiros filhotes. Passavam pelo meu quintal e eu espantava-os porque a orientação dos oráculos na matéria é para não dar comida ; que eles se virem.
O ser humano é um idiota. Em vez de observar a natureza transfere sentimentos humanos para os animais. Óbvio que eles se viram ! E ao fazê-lo entram nas casas. Uúu!

Tenho descrito Chefe Boran porque ele é chefe na expressão da palavra e em todos os sentidos. A fêmea sempre ficou em segundo plano, no alto da amoreira. Afastava  os filhotes aos tapas, correndo para longe para poder comer sua parte da banana. Na minha avaliação de neófita  parecia que era brava e estúpida. Ela é um pouco maior e mais peluda, menos marcada na face.

Outro dia, quando ela veio comer e o filhote avançou no pedaço que era para ela e  antes que ela fugisse, eu o afastei com os dedos da mesma mão que pinçava o pedacinho da banana. Outro dia e outro. Um vez, duas vezes... Não sei dizer se era o mesmo filhote de cada vez. A partir daí, nenhum avança mais.
Provavelmente, por  amamentar os filhotes, estes mantém o hábito de pegar com ela a sua parte. Como ela tem dois filhotes por semestre, precisa defender-se dos filhos para sobreviver. E corre e os espalha  muito brava.
Releva ressaltar que ela não carrega os filhos e nem ensina nada. Quem faz isso é Chefe Boran que, depois, distrinbue as tarefas para os outros filhotes.

Pois bem, agora que os filhotes não avançam na parte dela, ela vem para perto de mim, não tem a cara brava e come tranquila sem correr. Primeiro dou para o Chefe porque senão ele dá um ronquinho de alerta e depois para ela. Depois vou revesando para cada um, até eles irem embora. Porque nenhum está ali a não ser pela comida. Nem sei se me reconhecem fora do meu quintal. É outra pesquisa que estou fazendo.

Consegui  fazer uma foto diferenciada dela, coisa que nunca consegui  a não ser de longe.

Minha intenção com este texto é deixar minhas observações pois não li nada a respeito.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

A palavra é um bumerangue

                      

Ontem resolvi sair dos temas que eu gosto em filmes, diversificar para conhecer outras vertentes, tomar conhecimento de outros atores e vi Corrida Mortal 2.

A direção é bizarra e a violência tão ridícula que não tem nada com a realidade. Seria  como reprodução ou pano de fundo  desses jogos do Nintendo.

O que chamou minha atenção foram diálogos, pregando racismo e discriminação de forma subliminar. E dito por um personagem branco, tipo ariano,violento, individualista e imortal.

Logo no início o personagem é convidado para participar do jogo, objeto do filme. Ao ser perguntado se sabia jogar futebol ele responde que não porque é jogo de país campeão do terceiro mundo. Mais na frente ele salva um asiático, talvez um chinês,  e diz que essa gente deve  ser tratada de forma a sempre dever algo para ser cobrado e retribuir. As mulheres são maliciosas, matreiras, violentas e manipuladoras. Ainda dizem uma frase : - Isso é coisa de blog que ninguém lê...

Que façam os filmes que queiram. O que percebo é que, quando sofrem ações terroristas de ódio ainda se espantam. O povo não participa da pregação divisionista mas paga o preço. Os naturais , os nacionais, o cidadão comum,  dos lugares onde os filmes, as televisões divulgam discurso de ódio, talvez nem saibam como funciona a coisa. Mas são eles a pagar o preço, muitas vezes com a própria morte.

No Brasil, onde macaquitos pupulam de galho em galho, o mesmo acontece com divisões ultrapassadas de esquerda e direita, dos diversos confrontos de ideias, filosofias e crenças. Copiam ataques pessoais  em revanche as suas pregações e por considerarem ser oráculos da nação. Chegou-se ao ponto de marcar um marginal com tatuagem na testa por tentar roubar uma bicicleta vagabunda e, com certeza, quem atacou sequer sabe  a origem de sua ação.

A mídia, as redes sociais, o cinema e todo meio de comunicação e propaganda já foi usado em outros tempos para controle e manipulação do populacho. Pesquisas mostram que Alexandre Magno, os persas e egípcios usaram essa tática.  Tudo bem, que o façam mas o tiro pode sair pela culatra. E quando isso acontece, os instrumentos e partícipes podem estar na mira direta. Que não reclamem.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Resumindo por alto

- Como se vêm e como são...
                                  
Os EUA saíram do acordo sobre o clima feito em Paris. Sem detalhes maiores, esse acordo impunha aos States a maior parte dos compromissos para adequar seu desenvolvimento a menor prejuízo com efeito no clima do planeta.

Desde a Segunda Guerra que a Europa vive explorando os cofres públicos dos EUA. Enquanto havia a Guerra Fria e para os países não caírem nas garras do comunismo, aquele país aguentou o rojão. No Brasil, Kennedy despejou dinheiro a fundo perdido para ver se o terceiro mundo avançava, saia do estado agrícola e de fornecedores de matéria prima para a industrialização e alfabetizava sua população.

Aqui ou nas zoropa, o preço pago pelos States com medo dos comunistas abriu a sua guarda para dentro dele mesmo. E, hoje colhe os resultados. Com a mesma agressividade exposta em qualquer lugar do mundo os comunistas atacam o governo que pretende estancar o sangue estadunidense, desde  que Trump foi eleito. 

Uma das guinadas de Trump foi estancar os bilhões anuais entregues aos países industrializados para que estes deixassem de poluir a atmosfera e contribuir com  pretensa mudança climática. Ora, cada ação contra a vida na Terra é responsabilidade de cada nação. Mas zoropeu, sempre esperto, resolveu levar vantagem mais uma vez e jogar com o também somado complexo de culpa judaico cristã dos EUA. Foi o momento de tirar  mais unzinho para sustentar seus eternos confortos como fazem desde o fim dos Templários.

Está mais do que o momento histórico da Europa caminhar sozinha sem explorar nenhuma região do planeta. Se os explorados se voltam contra, cobrando os  lucros  com juros e bombas,  que não envolvam a exploração e mantenham-se livres, fazendo jus à empáfia e ao resultado da exploração. 

Que cada país pague suas mazelas sem precisar receber grana alheia. Como qualquer compromisso assinado e cumprido.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Relax







                                                                   

Se deu cinco, recue

                                

Um governo que incentiva  a base da pirâmide da sociedade comprar e comprar a prazo, conspira a favor do capital.
Se o pobre contrai dívidas, pega dinheiro do rico a juros altos, não é verdade que haja divisão de riquezas. Pelo contrário, nada mais é do que concentração monetária de quem a detem e, no retorno, gera mais riqueza.

Por isso mesmo, ao chegar a hora de pagar o que pegou emprestado, a dívida foi maior do que podia arcar. E, a aparência de enriquecimento transforma - se em mera miragem na bandeira tremulada por irresponsáveis espertalhões.

Sessenta por cento do brasileiro está endividado e a Caixa Econômica vai fazer leilão oficial de milhares de imóveis fruto da inadimplência. Acreditaram na propaganda petralha para boi dormir. Pagam o preço do chute no traseiro ao voltar a estaca zero.

Quem idealizou essa política da mentira e da corrupção monetária, da imoralidade na desonra do psicopata político ? Quem foi o cérebro desse engodo ? Quem é essa gente que, mesmo quebrada e inadimplente, pretende ter no outro o responsável, que não ele mesmo?

De duas uma : Ou essa gente é muito burra ou falta informação. Se for a primeira opção não há saída mas se for a segunda ainda vale a educação forte, principalmente pela aritmética.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Olha ali ...

O cérebro desse cara era potência alta
                      
A  ultima discussão dos paulistas é qual deles inventou o Dia dos Namorados. Dá preguiça acompanhar a  trajetória do pensamento esquizoide dessa gente que esquece ser autor direto do que temos na política. Com os eternos cambalachos para desfrutarem das riquezas de todos os brasileiros, dividindo o Brasil para fornecer a mão de obra barata ou levar a industrialização para enriquecer a malta de espertos. Não é atoa que os gaúchos queiram formar outro país porque não passa nada para o sul. A mineirada é um bando de idiotas, sempre em cima do muro, com conversinha fiada mas prontos para pular no meio da bagunça e pegar a sua parte.

Então, chega o Dia dos Namorados e dá saudade do tempo em que o mundo podia cair mas a trajetória não mudava um centímetro. Enquanto uma pessoa está voltada para o estudo, para achar seu caminho na vida, os adultos que se virem.

Assim, olhando minha vida no tempo em que eu vivia sem responsabilidades reais, decidi fazer o mesmo por agora. Que diferença faz eu queimar pestana com gente absolutamente desmoralizada mas dona do poder e das decisões? Essa corja de cabelos brancos que há muito deixou de ser sinal de seriedade e honra.

Pior é gente que está cuidando da vida e aparece vagabundo para atormentar, trazendo infelicidade, dor e morte. Um escudo para essa gente é ignorar novidades e subterfúgios porque de política é tudo a mesma coisa.

                                *************
Nota: A pulseira no meu braço, na foto acima, papai furou moedas de 1937  e ligou uma a outra. Era belíssima. Um ladrão entrou na minha casa e a roubou, junto com várias outras que estavam juntas em uma caixa de juncos dourados. Não tinha valor venal mas estimativo. Até hoje lamento. 

                                


domingo, 11 de junho de 2017

Palavras ao vento

                               
   
Eu li, não sei aonde, que o capital manteve Temer no poder. Fiquei impressionada com a astúcia do camarada. Pois não vivemos em um sistema capitalista? Ou esse pessoal acha que somente o estado brasileiro é empregador ? Ou seriam meras palavras ao vento para impressionar a galera ignara ?

Quem gera empregos? Possivelmente não é nenhum intelectual preso às artimanhas das letras e idéias jogadas sem compromisso nem o transmitir raivas e preconceitos enquanto procura valer mais que aquele que corta e arremata.

O desemprego é resultado da queda da confiança nos rumos da política e na insegurança em gerar produtos que não serão consumidos. Isso é capital, gerando riqueza ou pobreza.
Um país que depende do capital estrangeiro para gerar riqueza enquanto os seus poderosos assaltam os impostos dos produtivos, mandado para os bancos da Suíça, fica difícil não pensar em capital. E, ainda tem gente que admira países que aceitam bancar sua estabilidade monetária, acoitando dinheiro roubado do mundo todo.
Se a Suiça abriu suas contas, herméticas até então, foi porque os EUA entraram na jogada com todo o seu poderio de maior nação do planeta, por seus corruptos e sonegadores escondendo seus dólares nas profundezas secretas. Senão, até hoje, aquele país inútil viveria na estabilidade de quem não produz nada, não participa de nada e vive as custas da bandalha e do inverno de suas montanhas.

O Brasil é capitalista e seus pobres, miseráveis tiveram a ilusão de enriquecer porque o governo petralha incentivou o empréstimo bancário, a compra a prazo, o empréstimo consignado. O endividamento do brasileiro chegou a sessenta por cento da população e isso é o caos. A indústria lucrava a longo prazo, com os bancos distribuindo dinheiro a juros altíssimos e o governo jactando-se de ter tirado multidão da miséria. Quando a máscara caiu, tudo veio abaixo. A Caixa Econômica Federal está leiloando centenas de imóveis porque seus compradores ficaram inadimplentes. Isso não é capital ? Os bilhões sacados dos cofres da nação e mandados para a Suiça não é capital? E o que foi resgatado dos ladrões presos por delação premiada não é capital?

Do comunismo e do socialismo devemos aproveitar as ideias que buscam o equilíbrio social, a divisão de renda, a valorização do trabalho produtivo mesmo que seja da cigarra enquanto trabalha a formiga e o nivelamento da produção de cada cidadão e pessoal. O congestionamento de elefantes em ataque pode ser esquecido porque destoe tudo, não deixa pedra sobre pedra.

Ao que interessa

                       Minha vizinha estudando com o filho

Eu reluto em colocar aqui os meus pensamentos a respeito do que aconteceu no TSE no julgamento da chapa Dilma/Temer em 2014.

Evito ler opiniões de jornalistas ou comentaristas comprometidos com a notícia, com o estilo para captar eleitores, com o momento político de esculhambar com tudo o que acontece. A decepção gera raiva e desconforto mas o pior é gerar o medo de emitir opinião.
Esse tipo de momento histórico eu já vivi e não é nada bom. As vozes mais fortes costumam não aceitar quem não gosta de bate-boca. Sequer querem ouvir outras opiniões e atacam quando contrariados.

Eu passei a fazer caminhada em vez de andar na esteira da academia porque não estava mais aguentando esse tipo de exercício. E, por andar na rua, mesmo que de forma acelerada, passo por grupinhos de pessoas e notei que todas falavam da política, dos políticos e da corrupção dessa gente. 

Mas tem um inconveniente; todos tornaram-se juízes, conhecedores de leis e  expert em fazer justiça. Tudo faz parte da Constituição Federal.
Eu perguntei ao faxineiro da academia se ele sabia o que era Constituição Federal e ele disse que não fazia a mínima ideia. Estendi a conversa, só para informação, e o rapaz não juntava alhos com bugalhos mas disse que todo político era ladrão e todo juiz comprado por eles.

Enquanto isso, minha vizinha ensina o filho aos berros e aos palavrões a fazer o exercício de casa. Como se isso fosse forma de educação e transmitir conhecimento.

Aproveitando minha caminhada, parei na quitanda para comprar banana para o clã de Chefe Boran. A moça do caixa estava comentando com outra se Temer caía ou não. E, eu dei meu palpite sem ser perguntada, que se Temer caísse o Brasil ajoelhava e nunca mais levantava.

O dia em que um processo aceitar provas em ação definida, com datas posteriores ao fato e direitos julgados, o caus será estabelecido. E, não é caso de fechar tribunal nem jogar pedra em ministro exibicionista mas fechar as escolas de curso de direito e queimar os livros em praça pública.

sábado, 10 de junho de 2017

Meus oito anos

                                    
Meu poeta preferido na adolescência  foi Casemiro de Abreu.
Talvez porque eu queria escrever poemas e papai não deixava, rasgava e me punha de castigo inclusive quando ganhei um prêmio por uma poesia que eu mandei para a Rádio Mayrink Veiga no RJ. E, o  pai de Casemiro de Abreu o incentivava completamente. Até mandou editar o seu único livro As Primaveras  em Portugal e quando ele tinha apenas quatorze anos.

Uma vez eu fui ao teatro, em Belo Horizonte/MG,  ver Paulo Autran declamar poesias. Sua interpretação em   A Valsa, de Casemiro de Abreu, ficou para sempre em minha memória. Tem no Youtube mas não é como em um palco e o ator balançando como se fosse no ritmo de valsa.

Uma poesia que todos sabiam de cor, mesmo que fosse o refrão é Meus oito anos. Essa maravilha nunca superada foi escrita por alguém com menos de quinze anos. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Nem para tomar impulso

                     

Cada vez mais firma-se a minha convicção que o Brasil precisa vencer suas etapas de desenvolvimento político. Deixar de ser republiqueta, cunhada na ponta da bota de algum militar presunçoso que se dá de salvador da pátria.
Esse tipo de comportamento é baseado em atitudes de séculos passados e na forma político-européia de ser, mas já ultrapassadas até por eles mesmos.
Se as cidades das zoropa estão cheias de estátuas e arcos do triunfo de comandantes e guerreiros, hoje são os artistas, cientistas, e pensadores como prioridade. Haverá um dia em que será o cidadão comum, fazendo sua parte para aprimorar sua comunidade. É sintomático que no Brasil não existam estátuas de chefes militares. O povo banca pessoas de destaque e deixa os militares de fora.

O que deu errado no Brasil ? Deu errado a Proclamação da República com o grupo que defendia seus interesses escusos e que perduram até hoje. O esquecer que o Brasil não é somente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e, de rebaba, Rio Grande do Sul. Que o Brasil deve e precisa ser governado para toda a nação e não apenas para encher a boca do paulista que se acha o dono do Brasil e afirma, com todas as letras, carregar o país nas costas. Ou o Rio de Janeiro no seu culto a malandragem e levar vantagem que o levou a bandidagem sem limites e a bancarrota como estado.

Ninguém é maluco para não reconhecer o papel dos paulistas na formação e desenvolvimento do Brasil. Se não fossem eles, com suas entradas e bandeiras, talvez o Brasil não tivesse o desenho geográfico que tem e os ingleses estariam fincados nesse lugar da América. 

O Rio de Janeiro é uma cidade fundada para dar equilíbrio à força colonial dos paulistas, luta do jesuíta  Manoel de Nóbrega, já antevendo o resultado da hegemonia. Deu certo até a construção de Brasília quando deu guarida aos espertinhos que ficaram no Rio e inventaram o tratamento diferenciado entre o cidadão comum e o funcionário público.

Comunismo no Brasil, como quiseram os encabeçados pelo Velhaco, é uma piada. Essa classe hegemônica comprou todos e os trouxe no cabresto da corrupção como fez desde a descobertas das minas de ouro em Minas Gerais. Revoluções, escaramuças que fogem desses interesses não são destaques na história do Brasil. Por isso, por morrer pela diferença, os paulistas escracham com Tiradentes e não acreditam que possa  ter existido algum brasileiro que morresse por um Brasil moderno e independente sem levar vantagem no bolso e na alma. Por isso expulsaram a família real com a roupa do corpo e prazo de vinte e quatro horas, saqueando todos os seus  bens.

Chegou o momento histórico do BASTA. Chegou a hora dessa gente recolher-se e deixar a história do Brasil ser escrita sem remendos, sem tampões e com todos os perigos de dar certo ou não. É o momento histórico do povo aprender como funcionam os meandros das instituições nacionais e fazer com que se apurem as arestas e criem consciências cívicas.

Que se cumpra a Constituição cidadã sem remendos, sem mudanças de última hora para atender essa gente ordinária.

Um salto e nunca passo atrás. Nem para tomar impulso !

quinta-feira, 1 de junho de 2017

As feras do planalto

                                    


O Brasil precisa ser depurado, lancetadas as feridas, expurgadas as pustemas, amadurecer as instituições, os homens públicos selecionados. O povo precisa aprender política, saber o que se passa nos bastidores, discutir o que presencia, processar e punir os culpados. Uma elite que comanda deve reconhecer o seu lugar e não substituir os erros de um povo que não deixam atuar democraticamente porque os sabidos, os sabichões não permitem. O Brasil como um todo precisa escrever sua história e não meia dúzia de cretinos impondo sua vontade com o velho jeitinho de esconder tudo debaixo do tapete sem que o povo avance para, aí, escrever sua própria história. Que cumpra-se a Constituição Federal escrita com a participação popular e que o Brasil amadureça para sair do subdesenvolvimento. Que os sabidos recolham-se na a sua insignificância.

domingo, 28 de maio de 2017

Transfusão de sangue

                 - Cavalos da raça brasileira  Manga larga marchador,

O que mais tem é fofoca de mesa de bar. Como se fossem melhores amigos, porque estes são, somente,  os Amigos de Bar. 
Enquanto viram na guela uma cerveja em copo lagoinha, falam e falam como para demonstrar  sapiência e atualidade nos diz-que-diz.
A política tem palpiteiro aos montes, sem sequer saber o que é Constituição Federal. Participação efetiva, na prática, nenhuma. Sequer são capazes de telefonar para a companhia de saneamento para levar notícia de vazamento na rede de água ou esgoto.
Ensacar o lixo adequadamente para não espalhar pelas ruas não há registro no cérebro.

Nos mínimos detalhes: Na academia, homens fortíssimos, horrorosos , com tronco grande e perna fina, longe do seu biotipo mas sedentos de ser Stallone levantando pesos de olimpíada, não tem a capacidade de retirar as anilhas e colocar no lugar adequado. Dizer que limpam os aparelhos onde deixaram marca de suor é mentir descaradamente. São assim, esse tipo que não sabe nada, nunca leu um livro e repetem catecismo de professor, de achista da televisão, de copiador de ideia alheia.

A Lava Jato não tem volta. E, não é porque o povo brasileiro apoia ou deixa de apoiar mas porque o mundo está de olho. Não foi atoa que o juiz Sérgio Moro andou fazendo palestras e participando de simpósios no estrangeiro. E sem cobrar nada mas para divulgar porque se contar com quem devia , esquece. E mais, porque essa corja de corruptos tem rabo preso no estrangeiro. 

Pedir o afastamento de um juiz que preside uma causa porque ele é implacável não tem previsão legal. Por isso existe a dupla jurisdição. E, no caso da Lava Jato a resposta vem estampada nos jornais. Se alguns ministros são boçais, representam um segmento do Judiciário que também é retrato de uma nação.

República fundada nos interesses dos mesmos, com a participação Café com Leite, RG e RJ  leva susto quando uma autoridade de fora do Eixo Hegemônico age de forma que não podem controlar.

A República de Curitiba ficou de fora do controle dos mesmo interesses que levaram a proclamação da república. E, duvido que permita essa gente infiltrar e levar vantagem. Sangue novo, afinal.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O Brasil agradece

- Foto da Revolução de 38
                     
O Brasil escreve sua história como uma nação em formação. As leis precisam ser aprimoradas, as instituições também. Até a horda de homens públicos e empresários venais vão aprender, pouco a pouco, o nicho, a importância do seu papel nesse momento histórico e no escrever uma saga rumo ao desenvolvimento.

O que ocorre hoje, é  que lancetou-se uma ferida, impedida de ser curada. Foi aberta com a proclamação da república. Quando tudo parece avançar e a ferida ser curada, eis que lhe jogam bactérias e tudo retorna quase a estaca zero. 

Já foi o tempo em que militares, guerras e imposições pela força escreviam as linhas de conduta de uma nação. Somos influenciados por essa política militarista porque estudamos mais a história de povos já civilizados do que a nossa. E esses povos passaram por lutas fratricidas ou guerras onde foram mortos nacionais em cifras inacreditáveis de doze milhões de soldados. Não acreditamos em nós mesmos e delegamos a poucos o poder de decidir o que precisa ser decidido por todos.

Não a intervenção militar no Brasil.
Assim foi escrita a história da república e, por isso mesmo, o mundo civil não teve tempo de depurar suas mazelas e aprimorar suas lideranças.

O momento político pelo que passa o Brasil é um ensinamento para o povo entender mais sua pátria, aprender política, entender como funciona uma país onde a malandragem é considerada arte e o jeitinho tem ares de impunidade. Dar tempo para encerrar esse período. Perceber que nos lugares onde essa lógica é cultuada o mundo está no alicerce da vergonha fraudada. As lideranças hão de surgir e se houver intervenção militar serão impedidas, por força da baioneta.

Não a Constituição Federal imposta pelos coturnos e inteligências escolhidas a dedo, exclusivas, arrogantes, distantes do anseio do povo comum porque moldadas na cultura do estrangeiro e no pseudo saber empostado mas canhestro, longe do raciocínio lógico e armazenado na  memória.

Respeito a nossa Constituição Federal escrita com a participação popular e a mil mãos. Eu mesma participei ativamente dela, em detrimento da minha família e da minha profissão. Exijo, como cidadã e partícipe, que seja respeitada e não modificada a bel prazer do jogo de interesses escusos e inconfessáveis de pequenos grupos que tumultuam a vida do povo com suas escaramuças, nascidos de cérebros e teses do Século XIX.

O Poder Judiciário, tratado como coadjuvante nos destinos da nação precisa ser apurado tanto como o Poder Legislativo e o Poder Executivo. Chegou a sua vez. Devagar se escreve a história de um povo. Nada de pressa. Não a cultura do apertar um botão e aparecer o resultado das mentes criadas na frente do computador e seus textos prontos a um toque.

O Brasil nasceu com a vinda de Dom João VI em 1808. É muito pouco tempo. Os apressadinhos, os que tem necessidade de mostrar serviço, que esperem porque não será no nosso tempo e todas as tentativas de acelerar os fatos e suas consequências falharam. Por conta dessa gente o Brasil patina no mesmo lugar.

Que cada um vá trabalhar e produzir na sua área, honestamente, com sentido de cidadão e de pessoa. 
Dos militares, para quem quer  intervenção,  especialmente do Barão do Amazonas, que fique a frase proferida na Batalha de Riachuelo na Guerra do Paraguai:

- O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.

Vamos ! Pare de lamuriar, fique atento, participe, proteste, faça a sua parte, respeitando as instituições e as leis.

O Brasil agradece.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Variando o variável



                                       
Principalmente para quem não é brasileiro e vem aqui, talvez a procura de alguma coisa típica do país, quero mostrar a música gaúcha, do sul. Para o brasileiro, um presente do que é um pedaço do Brasil.

É comum a música da região hegemônica do Brasil que detém os meios de comunicação em massa, mostrar sempre os mesmos compositores e os mesmos tipos de música. Parece que um país tão grande só tem samba , funk e axé.

Eu tenho uma amiga gaúcha, Sônia. Moramos na mesma época em Vitória/ES, fizemos participação popular no mesmo grupo. De sotaque forte assim como seu caráter, hoje ela mora em Juiz de Fora/MG e eu em Guarapari/ES. Há muito não a vejo. Ela ouvia música gaúcha diariamente com uma coleção de discos muito boa.
Quando morei em Belo Horizonte, seu filho  do meio, Zé Ricardo, morou comigo enquanto estudava engenharia. 
Um dia, eu o fiz sentar-se na sala, coloquei um disco do Elvis e perguntei se ele sabia quem estava cantando. Ele ouviu atento e disse que não sabia. Perguntei sua opinião e ele pensou e ouviu mais uma faixa do disco e disse booom, muito boooom, booom mesmo! Quem é?
Quando eu respondi que era Elvis Presley ele admirou-se: - Então este é Elvis? Gostei, gostei mesmo. Por isso tem tantos fãs. 


Na Copa do Mundo de Futebol na Alemanha, um cantor gaúcho típico, de sucesso, fez uma apresentação em praça pública na cidade sede da Copa usando suas  roupas típicas e instrumentos característicos.  Imediatamente foi rodeado por uma multidão. Ao explicar que eram brasileiros e aquela também era  música brasileira foi um espanto geral. Profissional de ponta no Brasil, não foi difícil aceitar inúmeros shows e apresentações nos canais de televisão com todo o sucesso previsível.

Então, para quem não conhece, a música típica gaúcha e a vestimenta e costumes uma pitada para quem passa por aqui.

Mais um pouco? 






As nuvens da política

                               
Magalhães Pinto  foi um político mineiro do Século XX, governador de Minas Gerais e participante do Golpe de 64. Abandonou a política quando o país  tornou-se uma ditadura. Quando, na política, acontecia algum fato relevante  e queriam sua opinião, ele   dizia que a política é como as nuvens no céu, você olha e elas estão de um jeito, tira os olhos delas e quando volta a olhar estão totalmente diferentes.

O Brasil sempre teve política turbulenta, nunca foi um mar de rosas nem na época da ditadura. A diferença de ontem e hoje são as redes sociais com a internet, dando notícia em cima dos fatos, dos acontecimentos. Pelo menos dessa vez não há interferência da Inglaterra ou dos EUA, conduzindo os fatos a seu modo por não entender como funciona essa bagaça.  

Portanto, a figura de retórica feita com as nuvens continua atual.

Ontem e hoje é a mais recente. Segurem a ansiedade. Se fossem advogados aprenderiam a cultivar a paciência. Uma citação leva três meses para ser feita pelos Correios, um registo de Carta de sentença com uma averbação em cartório de oito linhas leva noventa dias. Uma sentença pode levar até seis meses. Ou você aprende a dominar sua raiva ou sai matando esse pessoal com um tiro na testa.

O subdesenvolvimento tem sua cara.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Inimigos

                       
O que se trama dentro dessas paredes e não sabemos?
De um tudo já aconteceu aí dentro. Até fornicação com prostituta contratada, publicação de pornografia entre funcionária sem concurso mas admitida pelo tamanho das nádegas. Fotos de mulher vagabunda semi nua, nos gabinetes e sem protesto das mulheres de grelo duro. Quebra quera do patrimônio público em defesa de salário, terras invadidas dos índios, grilagem moral e pecuniária. Compra e venda dos votos dos denominados eleitores. Palavras, palavras sem sentido e conteúdo, oradores desbocados e sanguíneos, falando para plenário vazio. Parlamentares, contando piada ou dormindo enquanto havia orador na tribuna ou debate em plenário. Deputado, em plenário, vendo pornografia no computador propriedade do povo brasileiro. Votos um pelo outro. Agressão verbal e física entre deputados. Burburinho, fofocas, ignorância emanada de um povo inculto, mantido na ignorância para ser esbulhado cada vez mais. Sempre com os mesmos protagonistas. A maioria dos congressistas fica escondida, acovardada para não ser linchada por seus pares mais bandidos do que qualquer bandido de metralhadora na mão em seus PCC, CV ou  Amigos dos amigos.

Quanto o jornalismo, arma importante da nação porque diz os acontecimentos para quem sabe ler, prefere tomar partido, escolher lado. Copiar gurus estrangeiros que atacam políticos à esmo para também levar vantagem, vender e receber um dinheiro da mentira e da corrupção. Muitos deles são jornalistas de escol, recebem muito dinheiro, do total roubado do povo, para usar sua inteligência a menor. Tão corruptos quanto pois dão sustentáculo, são co autores, fazem a cabeça da massa ingênua e crédula. Escrevem notícias distorcidas, falaciosas, meias verdades, meias mentiras, meio distantes dos fatos e dos acontecimentos. A arte de escrever.

Não é privilégio do Brasil a bagunça na informação e a comemoração por atingir metas e fatos propostos. Até os EUA, o país mais desenvolvido do planeta, também tem um jornalismo tendencioso, a serviço de teorias pessoais. Há muito deixou de ser imprensa. Até eu, que tenho um inglês canhestro, não consigo acompanhar certos programas na CNN pelo tendencioso de jornalistas fazerem da emissora balcão dos seus interesses pessoais. Não é mais privilégio dos países subdesenvolvidos atacar político pelo que pensam e para tirar do poder porque perdeu nas urnas. Perto, muito perto do nível mais baixo.

Hoje, a politicalha teve uma queda vertiginosa. Delatores da Lava Jato mostram os que faltavam para serem recolhidos ao xadrez, já arrumam as malas. O presidente em exercício, Michael Temer, senadores cheios de marra e prontos para enfiar guela abaixo do eleitor  sua figura indesejada como Aécio Neves, pretensos novos ricos com os bolsos cheios do dinheiro roubado do povo e da maracutaia. Todos serão retirados da história com algemas e Sol quadrado. 

Mais do que nunca, está nas mãos dos magistrados, o futuro da nação. Isso para que o Exército e seus militares não sintam na obrigação de tomar o poder, cumprindo a Constituição Federal que confere a eles o dever de defender a pátria dos seus inimigos.

Todo cuidado é pouco.

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Somente para ilustrar , KLIKA

terça-feira, 16 de maio de 2017

... Aqui vamos nós.

                              
O que se passa com o Brasil e seus políticos corruptos? Passa que estamos há mais de cem anos em atraso com relação aos países civilizados pois venceram essa etapa. Passa que colhemos o resultado da mediocridade de nossa elite intelectual que endeusou um proletário para aplicar teses estranhas à nossa cultura. Passa que o Brasil não é Europa e suas vetustas filosofias dos tempos da Revolução Francesa tão cara aos intelectualóides de espinha vergada ao beabá zoropeu. Esquerda e direita no Brasil é piada ultrapassada  na boca de gente estranha.

Nos idos dos anos sessenta do século passado essa mesma gente, ainda sobrevivente e entalada na guela do povo, começou um cabo de  guerra e, no estica prá lá e no puxa prá cá, deixou o país no mesmo lugar, sapateando e escorregando mas sem sair do ponto central.

Esse é o Brasil que, quando começa a caminhar aparece alguém para travar seu crescimento. Muito lentamente, o povo consegue cortar algumas amarras mas não consegue livrar-se dessa gente que tomou o país para si e faz tudo voltar a estaca zero.

Não é o povo brasileiro que não presta. Pelo contrário é um povo manso. Mas convive com duas linhas sinistras e predatórias no mesmo propósito, roubar, matar, tirar tudo que supõe ter direito. Duas linhas paralelas, com o povo no meio: Os bandidos comuns e a bandidagem de colarinho branco.  Com suas hostes  bem cultivadas que ninguém é bobo de expor-se sem essa gente.Uns com armas convencionais e os outros com máquinas e teclados. As duas alimentam-se com dinheiro que anda longe  das instituições monetárias, sem registro e sem rastro. Sem vergonha na cara, e, não a escondem. Se atrás das grades deixam olhos baixos não é de vergonha mas de raiva pela certeza que ali não é o seu lugar. 
A hierarquia dos bandidos tem nomes diferentes mas, na prática, é a mesma coisa

Assistir o depoimento do velhaco mais velhaco produzido por este país é ter a dimensão da certeza da impunidade dessa gente. Representa as duas linhas paralelas, é o exemplo e a inspiração das duas alas. Exige ser chamado de ex presidente quando é mero réu na ação. A república passou a ter definição da monarquia e o soberano da bagaça é um simulacro de homem, um reles velhaco sem pejo e compostura mas com a soberba em dia.

O povo ? Aguarda  para ver até onde a República de Curitiba consegue derrubar  a República do Sudeste. 

Uma pesquisa, um alerta

- E, quem precisa  que eles arrumem camas ?

Li, não sei aonde, o resultado de uma pesquisa, onde setenta por cento das pessoas não arrumam suas próprias camas. Acordam e dormem em uma mesma situação.

Eu não me lembro de  ter visto uma cama sem estar arrumada tão logo levantasse. Mesmo na minha infância e com minha mãe muito longe da mania de casa ajeitadinha. 

Uma vez, eu fui a um banco em uma agência merreca de bairro, e a porta estava fechada. Eu tentei abrir, procurei onde estava  o trinco, segurei em um suporte pensando ser ali, quando um homem do lado de dentro abriu a porta e perguntou, muito nervoso, se eu pretendia derrubar a porta. Não falava brincando mas grosseiro à beça.
Era em um tempo em que eu tinha meu pensamento muito rápido  e pouco tempo para ter paciência. Por isso, retruquei que ele adivinhou, eu queria mesmo colocar tudo abaixo.
Talvez, não tenha percebido que o banco estava fechado, talvez fosse intervalo para o almoço, embora não fosse meio dia nem uma hora. Só sei que a moça do caixa estava no lugar e me atendeu enquanto o sujeito sentou-se em uma mesa e, de lá, ficou dizendo qualquer coisa. A moça do caixa disse para não me importar porque ele era grosseiro com todos. Ele falava e falava e a moça constrangidíssima. Não entendi o que ele dizia e podia dizer a vontade porque não dou a mínima para ataques pessoais e prefiro não saber para não reagir. E, foi o que eu fiz, quando ele, ainda falando, ficou de pé. O dinheiro já estava na minha mão e eu já ia saindo. Não havia mais ninguém no banco e portanto achei que poderia fazer meu discurso:

- O senhor não sabe quem sou eu, não me conhece, não sou mulher da sua família que atura suas grosserias e nem funcionária que não pode reagir. Mas que fique bem claro, meu senhor, não tomo conhecimento nenhum do que pensa e fala um  homem que sequer arruma a sua própria cama.

Ele calou-se instantaneamente, arregalou os olhos e eu fui embora. 

Eu não quis ofendê-lo, meu discurso era de desprezo porque eu estava criando meus filhos sem ajuda de absolutamente ninguém, dormindo cinco horas por dia, trabalhando em três lugares, com dupla jornada de trabalho, meus filhos praticamente sozinhos a ponto de eu comprar Brisa - uma pincher zero, caramelo para fazer companhia para eles. Arrumar as camas era a primeira coisa que eu fazia todos os dias e nunca vi um homem fazer isso. A expressão tornou-se meu discurso de protesto pelo trabalho doméstico imposto sem ajuda de ninguém.

Então, esse fato de arrumar camas, quando li que somente trinta por cento das pessoas o fazem, foi uma espécie de símbolo, um alerta de como levo tudo muito a sério.

Ainda há tempo de eu mudar. 

                                 
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