quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Cada um com a dor dos seus calos

- Um olhar desse derruba avião
                                   

Com a eleição de Trump para presidente dos EEUU, a caixa de pandora foi aberta. De dentro dela saíram os que usaram máscaras durante anos. Antes, parecia que o país era um exemplo de convivência em superação profunda de suas diferenças raciais e sociais. De tal forma que bestuntos brasileiros chegaram a pensar que no Brasil também há racismo e assemelhados. Não teem nem ideia do que é discriminação porque não há nada semelhante por aqui.
No Brasil as discriminações são manifestação de problemas mentais, comum em todos nós. Freud explica que toda pessoa discrimina alguém ou alguma coisa. Por exemplo, um metropolitano discrimina um interiorano, um sulista discrimina um nordestino, mesmo sem saber do que está falando. 

Esses intercâmbios que brasileiros fazem nos EUA são completamente diferentes quando se trata de discriminação. Alguns relatos de quem foi estudar nos EUA são de arrepiar os cabelos. Ouvi um pastor evangélico dizer, que só descobriu que era preto quando foi estudar nos EUA. E, pasmem, quando descobriu que não era branco, ao voltar, foi um dos fundadores do Movimento Negro do ES.

Eu fui uma vez aos EUA. Costumo dizer que não fui aos states mas a Graceland. Para quem não sabe, é a casa onde Elvis morou e está enterrado. Fica na cidade de Memphis, no estado do Tennessee. Não fiquei focada somente na casa mas no circuito onde Elvis viveu, para entender melhor sua música e seu comportamento como sulista convicto. E, aproveitei para visitar lugares ligados à Guerra de Secessão, que eles chamam de Guerra Civil como museus históricos ligados ao assunto, por exemplo.

Fiquei lá quinze dias mas foi o bastante para sofrer discriminação nas lojas, no hotel, na lanchonete  e, principalmente, no restaurante.

Pode se dizer que no hotel e nas lojas tenha sido grosseria deles. Na lanchonete, onde chegamos para comer algum sanduíche típico, queriam nos colocar em um cercadinho onde só tinha latinos. Os pretos estavam em outro cercadinho assim como os brancos  em outro.
Quando a pessoa chega em uma lanchonete, tem uma corrente estendida, barrando a entrada. Então chega um empregado e encaminha a pessoa para o lugar. Eu desconheci ela levar para o lugar dos latinos, fingi que não estava entendendo e me dirigi para uma mesa que estava vazia, logo na frente. Os outros me seguiram e uma paulista chamada Jacqueline, muito nervosa, dizia que tínhamos que sentar onde  o empregado indicava. Só depois eu vi que estava na área dos negros. Nem me lembro se alguém achou ruim  mas ninguém mandou sair. Lanchamos numa boa.

No restaurante, a gente pegava uma bandeja, o prato e os talheres e escolhia a comida que estava em uma vitrine em tabuleiros, sendo servidos por gente do lado de dentro. Do tipo das cadeias mostradas em filmes. Eu apontava a salada, o arroz e uma posta gorda de peixe sapo, do Rio Mississipe, uma delícia que me dá água na boca só de lembrar. Não havia pesagem, não havia preço afixado e só o peixe vinha no prato. Os outros ingredientes vinham em cumbucas e em quantias aleatórias. Na hora de pagar, ao perguntar o preço fui tratada muito mal, de forma grosseira quando o preço devia estar afixado. Paguei o que a moça me pediu.

Em um desses almoços, ao apontar os ingredientes, a moça, preta como o teclado do meu computador, deu uma risada, falou qualquer coisa. Eu não entendi e insisti, ela não me atendeu e a fila empacou. Quando pedi socorro ao guia, ele disse para eu pedir de novo e eu o fiz. A moça, peitudíssima e gorda, ( São gordíssimos a ponto de andar em cadeiras de rodas) voltou a falar algo e não me serviu. O guia então me disse que ela estava me discriminando e dizendo algo feio sobre os latinos. Eu nem me lembro o que foi porque imediatamente pedi para falar com o gerente. O guia perguntou quem era o gerente, ele veio e , ele mesmo, serviu o meu pedido. Então a fila andou, com todo mundo espantado e dizendo que se fosse no Brasil ela seria presa, que não bastava sequer não sabermos  o preço da comida ... 

Ao comentar, já no Brasil, com minha irmã que era psicóloga, ela disse que ela discriminou o latino porque é discriminada pelo branco. Devolvia na mesma moeda. E, eu pensava que era branca, talvez parda, quem sabe brasileira típica e descobri que sou latina.

Em assim sendo, nada de lá é como aqui. Nem o tamanho da discriminação, do ódio aos semelhantes e na defesa da cidadania. Porque, se eles tem pavor de um ataque vindo de fora, com certeza sabem que existe mega ataque vindo das vizinhanças com hordas de miseráveis, abandonados em seus países mas querendo beliscar o que construíram. 

Cada um sabe onde lhe apertam os calos ...

Não sabia? Então klika

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Comeram o passarinho

                        

Minha Lua de Mel com os macacos acabou.
Marcus viu um deles, pegando no voo um  canário e comendo.

No meu quintal tenho um bebedouro e nele bebem e tomam banho vários tipos de passarinhos.

Hoje, um dos saguis pegou um caguinho que tomava banho no bebedouro do limoeiro. Disputaram, cortaram, dividiram e até chuparam os ossos.

A partir de hoje, vou continuar a colocar banana no muro para eles não entrarem dentro de casa. Mas acabou intimidade. Pensei que bem alimentados, poupariam os ovos dos passarinhos, pelo menos. Mas, já que não faz diferença, danem-se. 

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Quem por aqui passa, #compartilhe  se acha que deve

Que animal?

                                       
                          

No Face tem uma infinidade muito grande de joguinhos e participações em brincadeiras. Servem como interação entre os internautas, gozações sobre política, tipos de personalidade. Tem de tudo. É uma bobagem completa mas está lá e quem topa , vive. Os importantes, a gente intelectual não faz, não participa, não compartilha, não curte, não incentiva. Hordas de oráculos navegando na nuvem, esperando loas e jamais interagindo com ninguém. Teem milhares de seguidores e comentários  mas não retornam, não descem do pedestal.

Não sei como uma pessoa tem milhares de seguidores quando eu jamais ouvi falar nessa gente. De onde vem? Quem são? Como escrevem textos imensos no Facebook e não dão resposta a seus adoradores? Não sei mesmo.

Voltando ao joguinho a que me referi no começo, eu fiz um deles cuja pegunta é:  Qual tipo de animal eu seria? Veja a resposta.

Eu sei que é uma bobagem mas quero deixar arquivado aqui.

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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

- Dá zero pra ele !

                        

Um dos erros substanciais do ensino público é sobre o conceito de coisa pública.
O camarada pensa que coisa pública é sem dono. Não entende que coisa pública é de todos, do conjunto da população nacional, de todo brasileiro, nascido e assim tornado.

Um exemplo é um subdesenvolvido fazer xixi na sibipiruna em frente da minha casa. O cara para o carrão, desce com o filho e ambos urinam na árvore da rua. Quando você esculhamba o ignorante ele, na frente do filho, diz que a rua é pública e ele tem o direito de ir e vir. Como assim?
Então, a estúpida aqui tem que fazer uma conferência, de graça, para explicar o que é coisa pública. Não exatamente para um adulto que pensa ser rico porque tem um carrão cheio de lata e horroroso. Mas para seu filho porque ainda resta uma esperança do brasileiro ser, um dia, desenvolvido.

Outro exemplo: Uma vez apareceu na minha sala um delegado de polícia, que havia conseguido na Justiça, através de um Mandado de Segurança, o direito de emplacar seu carro sem pagar as diversas multas, alegando que não fora notificado delas.
Chegou cheio de marra, jogando o Mandado Judicial, amarfanhado (Mais do que amassado) na minha mesa e dizendo que fora licenciar seu carro e o rapaz, que o atendera, disse que só se eu autorizasse. ( Vou poupar detalhes)

Eu, então,  mostrei a data do mandado para ele e disse que estava vencido  em dois anos. Ele virou uma fera e gritou que havia licenciado os outros anos com o mesmo papel e que tinha validade. Que funcionário de órgão público não tinha que dar palpites mas cumprir ordem judicial. Que iria ao juiz e que voltaria para  me prender porque ali era público e eu estava desacatando um delegado de polícia, descumprindo ordem judicial, que ordem de juiz não se discute mas cumpre-se e blá,blá,blá...

Quando ele acabou de gritar - um homem bonito, alto , com um terno e gravata que o faziam imponente, revólver na cinta que ele fez questão de deixar entrever - perguntei se ele sabia o que era um Mandado de Segurança, a validade da liminar e o que era notificação de multa. Ele curvou-se sobre minha mesa e disse que voltaria com as algemas na mão, que órgão público não tinha dono e, portanto, eu não era a dona para ir contra ordem de juiz. Tudo encarando no meu olho, com  as  outras advogadas apavoradas. Uma delas, Dra. Suely, falou Calma Calma. Depois eu soube que a voz dele tinha reboado no corredor e alguns servidores ficaram parados para ver o que era aquilo.

Eu me levantei e também apoiei minhas mãos na mesa, ficando cara a cara com ele, de supetão. Ele recuou e eu disse ( na certa alto demais ) que órgão público não queria dizer que não tinha dono mas que era de todos, que órgão público era do povo, que eu era paga, tanto quanto ele, com o dinheiro do povo. Que se ele entendia que órgão público não tinha dono, eu diria que eu era dona porque eu fazia parte do povo. Que ele devia estar me ensinando a respeitar o que era do povo e não eu, que se eu fosse desobedecer a lei que ele devia me prender em flagrante delito e blá, blá, blá.
Pasmem, ele respondeu muito nervoso e cheio de certezas:

- Nenhum órgão público se importa, nenhum funcionário recusou nos outros anos e não seria eu a primeira.
Eu respondi de boca cheia:
- Senhor delegado, o sonho acabou! 
Ele, ensandecido de raiva:
- Volto aqui e vou levar você algemada e no camburão.
E, saiu batendo a porta.

Quando ele saiu eu interfonei, imediatamente, para o Diretor Geral e rapidamente falei com ele. O delegado nem foi lá.  Foi direto para o Forum.
Pergunta se ele voltou?

Isso tudo é para mostrar que até quem devia saber o que é público e privado, não sabe. Tanto quanto as pessoas comuns. Que os conceitos são ensinados  de forma errada. 
Por isso, professor lidera ocupação de escola pública. O ignorante que ensina nossos filhos é uma toupeira equivocada e mistura alhos com bugalhos.
Dá zero pra ele!

Enquanto isso, o pobre continua ignorante e a classe abastada, nadando de braçada.



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Noção de pobre

- Tolera-se tênis ...
                         
Quem é pobre como o brasileiro comum, não tem ideia do que é ter dinheiro a rodo. Ser semi analfabeto mas ganhar dinheiro entretendo  multidões, enquanto a miséria é implantada com a roubalheira do dinheiro público é coisa vista de longe.

Esse dinheiro pago a jogador de futebol que nasceu com o dom de controlar a bola com os pés não é sem um objetivo. Mesmo de forma subliminar  é a forma de controle da massa ignara que deveria estar embarcando em caravelas, invadindo novas terras. Na sua falta, deixa eles trocarem socos e gastar energia nos estádios. Já imaginou essa turba sem isso?

O mesmo se dá no cinema e televisão onde protagonistas de obras e jornalismo conseguem ganhar fortunas. Eles fazem multidões de acéfalos ficar na frente de uma tela para depois repetir certinho o que ouviu. São os teleguiados. Não é atoa que o jornalismo é considerado o Quarto Poder. E, artistas de cinema e televisão e jornalistas se julgarem os oráculos do mundo. Ninguém sabe nada se não for jornalista ou artista, de qualquer área. Artista por exemplo, tem certeza que o mundo não existiria sem suas caras e bocas e o jogar a verdade na cara dos reles mortais. Mudam o mundo. Uia!

Outra gente que enriquece da noite pro dia é a rama de componentes dos Poderes da Nação. Chegam a ganhar duzentos e setenta mil reais por mês. Melhor, sem prestar contas a ninguém.

Portanto, são as figuras dos Três Poderes da República, do Quarto Poder e dos que  distraem os paus mandados para não verem o que faz essa gente os  componente da cúpula da pirâmide da nação.

A dinheirama é tanta que uma casa pode custar quinze milhões de reais, apenas porque foi construída longe da escória. Ou sobra tanto dinheiro vindo do erário público que é mandado para ser guardado fora do Brasil. Dinheiro do povo que é levado para fora, de forma clandestina e vai servir outras nações. 

Não é privilégio do Brasil. O dinheiro desviado para fora do país foi tanto nos EUA, que aquele país fez acordo com a Suiça, com as Ilhas do Caribe para repatriar a grana. Não contente, deram prazo aos sonegadores, aos corruptos para trazerem de volta a grana sem que fossem punidos por evasão de divisas. Mas pagando multa... Foram trilhões de reais que entraram nos EUA e mais as multas. 

Então, o Brasil macaquito sempre macaquito, resolveu imitar e aplicou o mesmo sistema com o dinheiro brasileiro levado para fora. A repatriação não foi um sucesso retumbante porque brasileiro sabe que promessa não é dívida e dinheiro não aceita desaforo. Mas a grana arrecadada com as multas vai dar para pagar o antigo prêmio de Natal, hoje décimo terceiro, dos estados da federação e de algumas prefeituras.

Captou como você é pobre ?

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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Os canalhas envelhecem

                        
                                  
A história do Brasil não tem registro acessível ao povo brasileiro. Óbvio que existem os jornais da época dos fatos e acontecimentos, embora viciados de opiniões, nem sempre isentas como deve ser o jornalismo.
Mas, feliz ou infelizmente, ainda há gente viva e lúcida para relatar o que se passou na época da ditadura militar. E, que não seja jornalista perseguido pela censura e, portanto, cheio de mágoa e com ótica distorcida, procurando ser vítima ou herói de resistência.

No final dos anos sessenta do século passado, ocupações em escolas e universidades eram tratadas como invasões. Os alunos comunistas, os inocentes úteis e os revoltadinhos invadiam as escolas públicas e universidades, as salas de aula para dizer seus discursos, tumultuar a vida acadêmica e atrapalhar quem queria estudar. 

Quando invadiram o Colégio Estadual,  em Belo Horizonte/MG meu irmão cursava o Científico e foi impedido de sair. Papai teve que ir no local para que a polícia o liberasse. Ele não era participante. Disse que os invasores  mandaram todos  fazer xixi em uma lata para, depois, jogar na polícia. Papai estava esperando Fernando ser liberado e um jato de xixi pegou nele.

Eu fazia o primeiro ano de Direito, em Belo Horizonte, na Praça Afonso Arinos e só havia a Federal em Minas Gerais, Lembro-me de ir ver os estudantes do quarto e quinto anos, os mais salientes fazendo discurso. Um deles Oswaldo,  depois casou-se com a filha de um professor catedrático, rico e poderoso e foi dar aula  no Rio de Janeiro, na Federal, nos anos setenta. Ela era minha colega de turma.
Outro era chamado de Cambraia, sobrenome,do quinto ano, oriundo de Uberaba e aproveitava para pregar a separação do Triângulo Mineiro para formar um  novo estado. Não sei que fim levou porque era formando.  Foi a primeira vez que eu ouvi falar a frase Uberaba Terra do Gado, pois ele dizia no seu discurso.

Eu ficava por ali porque tinha ido à aula na parte da manhã pois dava aulas à tarde e não podia perder tempo para ver a bagunça. Mas alguns colegas aderiram, chegaram a participar da UNE, do seu  congresso onde todos foram presos. O presidente da UNE era meu colega de sala e namorava a moça mais bonita da turma. Ele sumiu e, portanto, não se formou conosco. Não me lembro o nome e nem que fim levou.
Um colega torturado quando preso no Congresso da UNE, não queria comentar sobre estes fatos, anos depois. Mas insisti, quando o encontrei em uma comemoração anual de formatura. Então, disse apenas que mandaram ele ficar em pé, em cima de uma lata sem poder cair, horas a fio. E, que sentira-se um idiota por ter acompanhado os comunistas sem nada a perder.

As aulas de Direito Constitucional eram superficiais, com nova Constituição da ditadura, Atos Institucionais, Cassação e insegurança dos professores. Alguns alienados, faziam perguntas para aprofundar na matéria mas nunca havia retorno.

Qual o resultado disso tudo? O Ato Institucional Número 5, de dezembro de 1968 e que lançou o Brasil em uma ditadura de quase vinte anos.

Então, é bom ficar atento e observar os motivos por que o Velhaco ainda não foi preso. Alguns líderes das invasões dos anos sessenta estão vivos e em atividade. Alguns estão presos mas não mortos. Com certeza continuam tal como foram e dando ordens de dentro da cadeia. Bestuntos seguindo. Muitos militontos daquela época estão debaixo da terra. Pagaram com a vida por nada.
Mas os líderes principais e que obtiveram sucesso estão aí, com os bolsos cheios do dinheiro roubado do povo que eles queriam libertar da miséria e do atraso. Queriam implantar uma ditadura alinhada com Moscou. Caíram, afinal, o tempo passou mas eles continuam os mesmos, pagando para ver o circo pegar fogo. Mesmo que do fundo da masmorra. Os canalhas também envelhecem.



domingo, 13 de novembro de 2016

O roxo da derrota

- Shopping abandonado em Detroit/EUA
                          

A história da América do Sul, especialmente a do Brasil, tem provas documentais que o FBI e a CIA interferiram no governo e na implantação da ditadura de 64. Oficialmente ninguém se pronuncia. Boca fechada não entra mosquito. Ainda mais se for da Águia do Norte. Mas os documentos estão aí para qualquer um ler. 

Ontem eu vi um documentário sobre a crise econômica de Detroit, cidade que já foi a mais forte economicamente do planeta. Depois que o governo declarou a falência da cidade, o abandono de shoppings, casas, monumentos é absurdo. Até a estação ferroviária, um monumento típico estadunidense, está abandonado. Criaram uma teoria chamada Teoria dos Vidros Quebrados,onde o poder público recupera as vidraças quebradas, na tentativa de dar melhor aparência e evitar o caos. Mas tudo é assustador ao verificar o quanto o capitalismo pode fazer quando o capital vai atrás de melhores lucros. E, os melhores lucros estão na China onde não há capitalismo selvagem típico.

Nas entrevistas, o povo reclamou das ações do FBI e da CIA interferindo na cidade, no sistema de dois partidos políticos que impedem outros candidatos chegarem a presidência da república. Os outros partidos não tem a mínima chance. E, se o eleito não consegue ver que há necessidade de sobretaxar a importação, nada vai mudar. As falências vão continuar. 

Em outra reportagem, foi analisado que a candidata Clinton, deu a entrevista da derrota com uma roupa roxa que significa a mistura do azul e vermelho da bandeira nacional. Isso  mostra que ela é ligada a um grupo socialista que pretende conflito armado com a Rússia e implantação de grupos extremistas no próprio EUA. 
Então, ao culpar o FBI de interferir em sua candidatura, Hillary Clinton confirma que os dois órgãos fortes dos EUA não só interferem nos EUA mas regulam toda a América.

Portanto, pior que os sistemas políticos vigentes é o domínio da espionagem e de autoritários disfarçados de policiais de escol. E, nem sabemos quem são.

Senhores meros mortais, entendam porque é preciso uma lei regulando o abuso de autoridade. Aqui e ali tem gente que ama decidir os destinos dos cidadãos e das nações. Precisa desenhar?

Tá por fora? KLIKA ou AQUI

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Perdeu-se no tempo

- Recuperando meu tempo perdido.( Olhem o manacá à direita, raquítico mas perfumando tudo)
                                    
O tempo é criação do ser humano para regular suas ações e viver melhor. 
Quando tudo passa, parece que não vivemos. Tudo perdeu-se, fica para trás.
As pessoas que não conseguem superar o que passou sofrem mais, vivem da saudade, do que não existe.
É um mistério a formação de imagens, de fatos que não voltam mais e há quem não sobreviva a perda do que o seu próprio  tempo levou.

Quando envelhecemos é assim. Como muita coisa aconteceu a mente fica sobrecarregada e vive mais e melhor quem não olha para trás. Pior é quem levou a vida destilando fel, vivendo a vida dos outros, apontando caminhos que ele próprio não conseguiu trilhar. 

Nosso corpo é nosso guia. Quanto mais procurar confusão mais perde tempo para viver. Planejamento é tudo e a inveja de quem não planeja e sucumbe à desorganização é perigosa e mortal.

Eu arrependo-me muito de várias coisas que eu fiz principalmente por participar de eventos e mudanças na sociedade, quando me desgastei atoa. Podia estar viajando, curtindo a vida mas perdi tempo jogando pérolas aos porcos.

Ser líder é um impulso como qualquer outro. Não escolhemos, somos tragados, chamados  sem saber como. Colocar um ponto final é um esforço hercúleo e diário. Como se fosse um vício a ser vencido. E, como tal, não tem cura. Toda manhã eu digo a meus botões para não participar de nada que não for do meu estrito interesse. - Não se meta! Não se meta! Não se meta. Já disse a meus filhos que, se eu quiser participar de algo social e político amarrem-me ao pé da mesa.

Tenho pena de Hillary Clinton e sua derrota para a presidência dos EUA. Sua ideia fixa, cunhada nos tempos do colégio, viu seu marido ocupar o cargo com muito menos caminhada política. Agora, recebe a notícia dolorosa que outro homem ocupará o lugar tão desejado. Penso que a derrota começou quando mudou o seu nome de família para adotar o do marido. O inconsciente coletivo é perverso.
Para esse tipo de líder, ter seu lugar na história, de forma obscura e escondida não satisfaz. Só o tempo vai mostrar que tudo valeu a pena porque a vontade prevaleceu mas nada vale a pena em um mundo onde o tempo perde-se nele mesmo.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Por trás das eleições dos EUA

                                 
Os adoradores estrangeiros da América estão em polvorosa. Quando seus próprios países  caem em desgraça, essa gente tem a convicção que os EUA tem a obrigação de recebê-los de portas abertas. 
O México resolve seus problemas de analfabetismo, crescimento econômico pífio e pobreza absoluta, exportando os abandonados para os EUA.  A nação preferiu a receita das remessas de parte dos salários dos coitados chutados pela miséria. Nada se compara com a imigração do século passado ou da colonização quando as nações estavam em formação. Depois da Segunda Grande Guerra, os EUA firmaram-se como nação, cresceram, tornando-se a Roma dos nossos dias. E, impõem suas regras como qualquer outra.

Ainda, a China, com dois bilhões de pessoas, invadiu o mundo com seus produtos e patentes dos EUA. A China sustenta-se com a produção esperta capitalista e do dinheiro sem dono. Cresce a doze pontos ao ano.
O estilo industrial da China levou a pátria do capitalismo perder postos de emprego, evasão de divisas, cidades abandonadas, portas abertas para os desqualificados profissionais a competir a menos nos salários quase zero, com bolsões de miséria.

O  presidente foi eleito, não porque não goste puramente da imigração ilegal ou dos muçulmanos barbados ou de panos na cabeça, iminentes homens bombas a deflagrar seus ódios e diferenças. Nem porque é deselegante com as diferenças  óbvias ou não segue a Cartilha do Politicamente Correto.

Ele ganhou porque preferiu não desafiar a Rússia mas propor conciliação  com a nação decisiva para o mundo. Diferentemente da outra candidata, sabe que a Rússia está no outro prato da balança e que as guerras do Oriente Médio estão sangrando a economia e o povo estadunidense, gerando hordas de perseguidos fugindo do caos. Ou miseráveis batendo em uma porta rota. Tem aí o viés que  interessou os eleitores. Tem uma esperança de melhores dias de paz e menos sofrimento na pátria exausta. 

O candidato venceu as eleições porque disse que vai taxar  os produtos industrias com patente estadunidense produzidos na China, gerando emprego na China e não nos EUA.

Estes pontos do discurso  pesaram para o povo, elevaram às alturas as inscrições para votar e fizeram a maioria no parlamento. Não é somente o Brasil que tem altos índices de desemprego. O índice da pobreza subiu mais que cinquenta por cento nos últimos anos. 

Ninguém quer  um presidente populista mais preocupado em aparecer, dançando com a esposa ou fazendo cafuné no gatinho da família mas sendo pau mandado da indústria bélica.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Quanta lameira

                                     
As regras da economia adotadas pelo Brasil não distribui renda mas ilusões de igualdade social. Fazer dívida para  comprar inúmeros produtos produzidos  fora do país não gera riqueza. Pelo contrário, gera  uma população sessenta por cento endividada, indústria desbaratada, comércio falido, negócios que não prosperam, doze milhões de desempregados e infraestrutura ruindo.

Os ex pobres que governaram o país nos últimos anos tiveram as mesmas práticas dos ricos de origem, qual seja, gastança sem limites e vontade de ter cada vez mais. Os ricos que ocupam os cargos  públicos tratam a coisa pública como se fosse coisa privada. Não conseguem entender a diferença ou por ignorância ou porque o uso do cachimbo faz a boca torta.

Como país pobre, governado por ricos, quem decide não sabe agir como pobre. Gasta como se país rico fosse. Considera a vida privada simples e dentro da economia do país, reflexo no todo, incapacidade de ter ou desfrutar da vida. O  stritu sensu não se aplica no latu sensu ?

Assim, embora o governo Temer tenha cortado verbas, cunhado a PEC 241 que limita gastos no que arrecada, impondo garrote nas finanças públicas, fez ontem, dia 07/11/2016, uma festa para os sambistas cariocas com o preço de quase seiscentos mil reais. Pagou Fafá de Belém quinze mil reais para assassinar o hino nacional. Qualquer grupo estudantil cantaria melhor e de graça.

Portanto, se os donos do poder não souberem poupar verbas aparentemente pequenas e que na somatória é importante e  gastar com planejamento e sem desperdício, vai ser difícil sair da lama. Por coincidência , na mesma data, fez um ano a lameira da Samarco, varrendo pedaço da cidade histórica de Mariana em Minas Gerais. E, não está fácil começar de novo.

Ups: KLIKA

domingo, 6 de novembro de 2016

A gratuidade da cidadania

                      

Se você não exerce cargo público de comando, acobertado por toda sorte de proteção como se intocável fosse, não caia na armadilha de ser contra a PEC que regula os atos dessa gente.

Não tem nada com política de direita ou de esquerda a discussão da aceitação de regras que delimitem claramente os atos e atitudes de um profissional que tem poder de polícia. 

A agressividade na defesa de benefícios, da intocabilidade, dos poderes sem limites baseados única e tão somente no bom senso do detentor do poder, não pode prevalecer. Essa balela que a lei basea-se no bom senso é mentira. Ainda mais em um país formado às portas abertas, com gente defenestrada de outros lugares onde peneiram quem entra e quem sai. Muito mais em uma nação que mantém o índice de analfabetos funcionais em mais da metade da população e coloca no pedestal que tem capacidade de passar em concurso público. Por isso, o sonho de passar em concurso público é tão disputado. Ao ser aprovado uma pessoa tem o aval de ser mais inteligente e mais capaz do que os outros mortais. Daí, o bom sendo vai para as calendas gregas. Como se as doenças e síndromes fossem patrimônio das gentes sem diploma laureado.

Há de se delimitar sim os atos que podem ser praticados por essa gente com poder de polícia. Uma democracia precisa e deve ser regulada. O ser humano, nenhum deles é melhor do que outro.  É inadmissível polícia armada até os dentes, menosprezar quem é contra o tacão distribuído com a proteção da sua vaidade e arrogância, dos peitos estufados, das máscaras escondendo a cara.
Em sã consciência, nenhum brasileiro ou estrangeiro que presa a busca da verdade, a justiça e a punição para quem comete crimes, é ou será contra qualquer  juiz que presida um processo gigantesco e difícil como o que passa hoje no Brasil. 
Algema moral para o cidadão? Jamais. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cortem as visitas

                                      

Quando cheguei em Vitória/ES tive a sorte de fazer parte de um grande escritório, diversificado, de advocacia, cujo lider era um criminalista perspicaz. Aprendi demais com ele. Tinha 32 anos apenas e nunca escondeu seu talento ou boicotou seu saber. O respeito aos advogados que ali trabalhavam era irretocável, alguns mais velhos do que ele. Sempre incentivando o debate e o estudo. Se algum juiz elogiava meu trabalho ele comentava comigo, parabenizando-me. Chegou a governador do ES; Jose Ignácio Ferreira. Sou grata a ele, eternamente. Dizem que o que ele passou na política, com acusações e processos, foi vingança do crime organizado, desbaratado quando foi governador. Comigo foi sempre de uma honestidade ímpar. O que ele combinava era cumprido à risca. 

Ao conhecer os acusados diversos que iam ao escritório, pude perceber que os ligados aos crimes contra o patrimônio, eram por compulsão. Eu conversava com eles para poder entender porque homens ricos ou com altos cargos em empresas, apoderavam -se de quantias que não eram suas. Todos explicavam que cederam à facilidade, à tentação, o impulso. 

Essa gente da Lava Jato são todos viciados em apoderar-se de quantias que facilmente estão disponíveis, tal qual um jogo de poker, como um dos acusados do escritório comparou. Um dia pega pequena quantia e ninguém descobre. A quantia vai sendo aumentada pouco a pouco até que  perdem a noção.

Eu atrevo-me a dizer que essa gente petralha vai além. Muito mais do que apoderar de dinheiro alheio são gente fadada ao crime organizado, à formação de quadrilha. Não agem sozinhos mas em grupo articulado. E, como tal, de dentro da cadeia, comandam as invasões de escolas e faculdades no Paraná. Como vingança à República de Curitiba.

Parece  aplicação das práticas expostas na Cartilha do Terrorista, mas agem como bandido comum. Já foi o tempo em que preso político ensinava bandido a roubar banco. Hoje, copiam bandido comum, que manda tacar fogo em ônibus  como forma de retaliação. Todos comandam pelo celular ou através da parentada e advogados que os visitam.

Os mesmos que afirmam que traficante merece respeito e comemoram suas investidas, quiçá sejam seus clientes, são aqueles que comemoram pelas redes sociais. Travestidos de universitários e até professores, trocam hurras e querem mais. Não se importam se, pelo caminho, prejudicam quem menos merece; o Zé Povinho. 

Bandido é tudo a mesma coisa. Só muda o invólocro.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ângulos distorcidos pela miopia.

- Chove e não molha ...
                                                         

Posso estar errada, e tomara que eu esteja mas o Velhaco mais velhaco desse país não deixou rastros. Estão procurando com lupa.

O juiz titular da Lava Jato declarou que espera que o Brasil sobreviva mas não completou com o objeto indireto. Sobreviva a que? A frase ficou no ar.

Se foi pela lancetada na ferida da corrupção, as eleições mostram que o brasileiro não é tão sensível assim, não tem pena de deixar seu voto,varrendo a sujeira da política.

É verdade que as vestais continuam por aí. Esse tipo de eleitor sente-se acima da nação, não entende o seu papel político. Faz beicinho, não se mistura. Segue sua vidinha , reclama mas não coopera. Embora deixe seu rastro de desprezo ao povo brasileiro, ao esforço na construção de um país espoliado por uma classe social cínica e perdulária, eles não descem do pedestal e omitem-se no seu voto. São piores, historicamente, que os militontos porque podem decidir pela falta, pela subtração mas irão para a lata do lixo enquanto os outros marcam para o bem ou para o mal.

Está certo que uma boa porcentagem dos votos, aparentemente, omissos, foi porque a migração é grande em tempos de vacas magras. E, muita gente trabalha no dia da eleição. Para não falar dos envelhecidos de alma e os de idade pois com setenta anos não é obrigatório o voto. Essa gente entrega os pontos e depois reclama que a adesão dos adolescentes de  dezesseis anos foi baixa.

Até o Velhaco deixou de votar. Declarou-se velho ou está entre os ofendidos pelos ingratos, pelo que não alcança suas expectativas. Os  seus apaixonados seguidores sequer choraram o leite derramado. Nem mesmo o que continua cego, sem ser seu igual, longe disso. Muito embora tenham cunhado o adesivo Somos todos Lula. Caramba!

O coração não bate? É mesmo ? Então klika 

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Os militontos tupiniquins

- Profunda meditação do futuro ...
                                                               

Então, pessoas em frente a um teclado comemoram vitórias pelo ocaso e quase desaparecimento dos petralhas. A duração do poder dessa gente foi no mesmo tempo da ditadura. Então, podemos supor que os ciclos tem duração? Se verdade, estamos melhores que outras repúblicas de dois partidos ou de antigos ditadores em exercício, mesmo que por  osmose.

Essa divisão em esquerda e direita é fruto de intelectuais distantes das verdadeiras aspirações do povo. Este, não toma conhecimento das entrelinhas dos discursos. Ou por incapacidade de ler o texto, como analfabeto funcional ou por praticidade.

O mal da ditadura foi forjar essa esquerda decoreba, repetitiva de práticas antigas, dona da  verdade e seletiva. E, dela nascer a direita raivosa, incapaz de perceber os reclames dos mais necessitados porque defende com unhas e dentes o pedestal onde julga-se merecedora. Seria isso? Ainda existe essa gente tão claramente dividida?

Uma ala ataca a outra, apodera-se do que pode e não pode falar, escrever ou manifestar. Ambas delimitam com uma linha imaginária o que as pessoas devem ser, pensar e manifestar. Seja adulto ou adolescente com suas convicções que nasceram como qualquer outra, do que já existe.

Ou será que essa gente, faz uma lista para classificar quem é da direita e outra lista para cunhar na testa ser de esquerda?

Para esse tipo de inteligência e teleguiado, militontos da direita ou da esquerda tupiniquim, saibam que pode existir outras vertentes de pensamento. Mas, isso é preciso desenhar...
                                  
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Nota: Na foto, Chefe Boran, lider máximo do clã de saguis do meu quintal. Chefe democrático, disciplinador e inconteste. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Pá de cal

João Leite e Aécio Neves, derrotados em Belo Horizonte
                                       

Minas Gerais já foi exemplo superlativo de política e políticos. Uma gama muito grande de homens públicos fizeram parte afirmativa da história do Brasil. Hoje, é mera sombra do que foi. 
Um dos objetivos da ditadura é acabar com as lideranças, do espírito cívico de um lugar com perigo para os desejos dos ditadores e seus asseclas. Minas não vergou-se à ditadura e entregou os pontos, como se diz por lá.

O resultado das eleições na capital, Belo Horizonte, pode ser o espelho da decadência, à lona, do que se passa em MG. Não se pode omitir, também, o leque de mineiros participantes de crimes de corrupção, quando não foram os criadores do mensalão, da Lava Jato e quem sabe quantos mais projetos políticos desviados de seus objetivos reais. Pois que,  Dilma Roussef, Zé Dirceu, os vários presos do mensalão são oriundos de Minas Gerais. E, não saíram do meio dos miseráveis. Eu conheço pessoalmente uns três que moravam na minha rua ou nos bairros vizinhos ao meu em BH, estudaram nas escolas mais caras e jamais misturaram-se à nós nas brincadeiras, nas ruas sem calçamento. E, há quem defenda petralha como se eles estivessem atentos às necessidades dos mais pobres.

Então, restou ao eleitor de Belo Horizonte a disputa do futebol. Eliminados os candidatos que não fossem da camisa preto e branco do CAM, restaram o goleiro e o dirigente do Clube Atlético Mineiro. Obvio que a vitória seria do dirigente. Ou dariam  para o goleiro? 

De políticos tradicionais , o povo está cheio e farto. Que comecem tudo de novo.

Tá por fora? Então klika

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Perfumando a vida

                                  

A última vez que fui a Belo Horizonte/ MG foi para comparecer a uma audiência. Há um ano. Cheguei pela manhã e voltei à noite. Fiquei em uma pousada na Praça da Liberdade. Simplicidade beirando à pobreza. A moça da portaria garantiu que não era de alta rotação. Só mesmo eu, uma epicurista.

Resolvi dar uma volta pelas redondezas, depois do almoço em um restaurante onde havia a comida divina de Minas Gerais. Comprar o autêntico pão de queijo -  para trazer para meus filhos - e  que não se torna uma pedra quando esfria. Matar a saudade pelos lados da igreja da Boa Viagem, do Instituto de Educação, da Avenida Bias Fortes, da própria praça. Lugar onde vivi toda a minha vida, pois estudei no Instituto, li muitos livros da Biblioteca Pública, paquerei Luiz Flávio nas noites frescas da adolescência e transitei pela Feira Hippie. Exerci meu direito de ir e vir incontáveis vezes. 

Belo Horizonte é chamada Cidade Jardim por suas plantas. Sempre foi assim e quando cheguei em Vitória/ES foi difícil adaptar-me em uma cidade onde não havia um mato vagabundo, crescendo entre as pedras da rua. Quando comentei isso com uma amiga de meu marido ela debochou de mim mas nem me importei porque ela não sabia do que eu falava.

Assim, andando à esmo, parando pelo caminho, senti um perfume muito forte. Procurei aqui e acolá e quando virei-me havia, às minhas costas, um pé de manacá muito florido, na frente do prédio. Quase chorei, de saudade daquele que havia no jardim da nossa casa e papai tratava com tanto carinho. E, quando ele floria dava até dor de cabeça.

Plantei dois pés de manacá um no quintal e outro entre o portão da garagem e da entrada. Este último, não é um bom lugar mas pretendo mudar  quando ele estiver maior. Ele floresce mais de uma vez ao ano. Começou com uma florzinha merreca que não durou dois dias mas pouco a pouco as flores vão surgindo e já exala perfume a entrar casa a dentro. Essa foi minha intenção quando o plantei. O manacá não é flor de beira de praia e quando floresce nunca é como os que vemos nas montanhas. É sempre raquítico.

Quem tem bom olfato não pode morrer sem antes sentir o perfume de um manacá.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A lei mas sem ameaças

                    
Não, não e não. O medo da retaliação é o fim da picada. É a instalação do autoritarismo no país. Ameaça velada do presidente do Poder Judiciário ao presidente do Legislativo é inadimissivel!

Sim, um senador deve ser julgado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal mas, quem julga um ministro desses ? Uma pessoa pode responder , o próprio STF. É mesmo ?! Quando houve isso?

Acho bom. Que se escancare o que  passa o povo brasileiro, o advogado abandonado à própria sorte por um órgão de classe tão aparelhado politicamente como qualquer sindicato de segunda.
Que percebam que, se contrariar um magistrado ou mesmo um funcionário de secretaria, o mundo vem abaixo e o advogado pode rasgar o diploma. 
Vou dizer uma coisa, estou doente, estou furibunda, sapateio de raiva por ver uma presidente de um poder da república, fechar a cara, assumir todas as vaidades da sua classe inerte, pesada e caríssima como se tivesse prerrogativa para isso, como se estivesse acima do bem e do mal. A toga não pode ser tocada como nos tempos em que, se alguém tocasse na roupa do rei, cortavam-lhes a cabeça.

Impessoalidade do juiz? Faz-me rir... Isso não existe. Estão politicamente aparelhados  como se pertencessem a qualquer ONG.
Essa gente é MEDIOCRE. Essa gente impede o crescimento do Brasil. Essa gente alimenta historicamente as ditaduras, o autoritarismo, o medo da mudança , a corrupção. O Brasil é subdesenvolvido por causa dessa gente. Perdem-se em firulas, em citações, em exibições de cultura inútil, em palavras jogadas ao vento, não assumem o seu papel no desenvolvimento de uma nação.

Que lancetem essa ferida nacional. Que rasguem as togas e máscaras , que respeitem o povo brasileiro. Reforma política? Sequer é prioridade porque se o judiciário funcionasse as coisas andariam. Há de jogar  cal nas filosofias baratas, nas teses ultrapassadas, nas esquisofrenias de gente que faz o que quer. Urge tirar o tacão do pescoço do povo brasileiro e todos ser o que são, iguais perante a lei.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O demônio brasileiro

                                 

O horror, a vergonha, a ignorância, a baixaria, o mau exemplo instalam-se nos poderes que compõem a república. E, pior, através dos presidentes do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.
Medem forças, esticam a corda. Encaram-se como gladiadores em uma arena medieval. Armas em riste. Um tenta acordo mas o outro está de mal. Faz biquinho. Recusa composição como namorada afrontada. Será que vai rolar a Lei Maria da Penha? Há algum interesse escondido e inconfessável?

O que detem a melhor arma, a espada de Tântalo, com olhar de águia cospe nas tentativas de ser colocado no mesmo nivel dos outros poderes. Se ninguém nunca se atreveu, não vai ser agora. Afinal, a corda que segura a espada na cabeça do outro está esticada. Para romper não custa nada. O povo que se lixe, a nação que se ajoelhe, a verdade que seja escondida como sempre o foi.

São os detentores da justiça, da liberdade, da honra do povo, do cidadão, da república, dos poderes. 

O demônio tem cara e sabe onde mora !

Acha pouco? Então KLIKA

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Jus sperniandi

- Esperando Maurício e por dias melhores 
                                                          

Estou com a cabeça pinicando com o jogo das vaidades, aparecendo qual feridas lancetadas.
Que fique claro, Renam Calheiros, senador por Alagoas, é um sobrevivente. Desde o ex presidente Collor quando foi capitão da sua Tropa de Choque, o homem sobrevive a qualquer embate. Inclusive daqueles que não se conformam de ele ser nordestino. Até nisso ele sobreviveu. A história do Brasil já teve líderes vindos de regiões diversas mas pouco a pouco foram desaparecendo no que se chama baixo clero da política. Até Minas Gerais, que já capitaneou grandes mudanças, teve líderes de destaque, hoje tem um Aécio Neves, rejeitado eleitoralmente  em seu estado de origem onde não mora mas quer liderar.

Que saibam todos, juiz não é intocável, não está acima do bem e do mal. Renan Calheiros pode ser tido como venal mas não tem condenação. E, está certo quando diz que um juiz de primeira instância apenas não pode inverter competências e chamar para si atos exclusivos, como se fosse ministro do STF. 
Que papelão a  Presidente do Poder Judiciário bancar treta com o que diz ou faz o Presidente do Legislativo. Ambos estão no mesmo patamar, possuem as mesmas prerrogativas. Renam tem razão, nem na época da ditadura invadiram gabinete e residências de senadores. 
Diz a presidente do Judiciário que mexeu com juiz mexeu com ela. Caramba! Parece que mandou recado : - Aguarde sua vez quando seus processos caírem no STF. Coisa de máfia dos filmes de Hollywood.

Quando meu filho acompanhou-me  em uma audiência, ao que esta terminou, ele perguntou como eu aguentava aquele autoritarismo. Na ocasião o juiz perguntou se eu queria o processo para fazer a audiência e eu dispensei. Sou do tempo em que não havia xerox e a forma de armazenar peças dos autos era ter uma pasta para cada processo, anotar as páginas que interessavam e guardar tudo na memória. Tenho amigas que tiram xerox de todo os processos, guardam um monte de papel nada a ver e dizem que eu tenho memória de elefante. Pois bem, o juizeco de primeira instância foi grosseiro, debochou por eu não precisar dos autos e, ainda o jogou na mesa, na minha frente. A sentença? Hummm... Um ordinário desses não perdoa. Preferi fazer acordo.

Qualquer reação ao autoritarismo dessa gente tem o meu apoio. Eu sei quem são eles. Deixa espernear. Como eles mesmos dizem quando há reclamação de uma sentença absurda:
 - Jus sperniandi.
 Não se vergue : KLIKA