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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Denúncia premiada.

                                       

O quê leva uma pessoa a debochar de outra quando está fazendo  um serviço simples? Por que é sinal de decadência financeira ou pessoal se um "doutor" faz uma jardinagem ou varre o passeio?

Quando  síndica do prédio onde eu morava em Belo Horizonte, na rua Chile quase  Avenida Uruguai, no Sion, era eu quem fazia a jardinagem interna e externa. Um condômino, toda vez que passava por mim, soltava uma piadinha irônica.
 Eu  replantava e podava. Era pouca coisa e não justificava contratar um jardineiro para tão pouco. Instruí a faxineira para molhar duas vezes por semana.  
Hoje seria motivo de ação trabalhista porque os juízes passaram a entender que há acúmulo de função, precisando receber a mais  por isso.

Toda vez que eu estou jardinando, na minha casa em Guarapari, alguma pessoa, ao passar, faz um comentário desagradável ou jocoso.
Tinha um caseiro, mulato, que debochava com riso cheio de dentes, dizendo que conhecia um jardineiro para fazer aquele trabalho. Até que eu achei uma resposta.
- Sabe cara, trabalho para mim não é humilhação . Sabe por que ?  Não sou descendente de escravos cuja memória  social  carrega as chicotadas nas costas para trabalhar conforme queria seu senhor ou o tronco quando desobedecia.
Sou descendente de imigrantes que vieram trabalhar para ser alguma coisa, fugindo da pobreza. E, dos índios que nunca se prestaram a receber ordens de vagabundo.
Nunca mais ele fez deboche, cumprimentava e seguia seu caminho. Até que, um dia, não o vi mais.
Se fosse hoje, ele faria um Boletim de Ocorrência por injúria racial e eu seria  condenada a Pena Alternativa.

Morre uma cachorra agredida por um cara  que cumpria ordens, um segurança com medo de  perder o emprego, e, milhares de pessoas passam a fazer caça às bruxas, ignorando as milhares de pessoas  mortas porque estavam no caminho de algum bandido. Um frenesi total.
 As reações são tão fortes, que um cantor sertanejo espanta-se com essa diferença no tratamento de mortes violentas humanas, sendo massacrado pelos militantes animalescos. Valeu passeata, editorial  de jornal,   horas perdidas com teses de filósofos rasteiros contra o agressor do animal e o cantor, referindo-se à morte do animal como assassinato, com prisão espalhafatosa do segurança.

Uma geração criada na frente da televisão vendo filmecos de animais, falando e agindo como se  gente boa  fosse, assimila assim. A mesma que assiste crimes, assassinatos de toda natureza, filmes com enredos violentíssimos com ator metido a besta e arrogante no último  mas amado,  dando tiro na direção do telespectador. Ou  filmado da realidade , relatado à exaustão.
A costuma-se. Fica assim, por isso mesmo. E, ainda reclama quando a imprensa cobra  e cobra resultados na punição dos autores.

Mas o pior de tudo é a profissão de dedo duro, judicializante juramentado, denunciante glorificado e beneficiado, promovido e ganhando espaço como se fosse gente boa e com honra ilibada.

O que é nazismo?
E, democracia ?
E, inversão de valores ?

O futuro a Deus pertence.