segunda-feira, 24 de junho de 2019

Os bedelhudos

Minha escola : Instituto de Educação de Minas Gerais
             

Os meios de comunicação bem que fizeram de tudo para prestigiar a seleção feminina do Brasil  na sua participação na Copa do Mundo realizada na França.
Mas não conseguiram nada mais que narizes torcidos.
Afinal, quem se importa com as mesmas jogadoras  selecionadas há décadas para compor a seleção? A estrela do time já está com corpo de trintona sem a sorte de parecer mais nova.

Quando eu estava no ginásio, hoje ensino fundamental, minha escola tinha piscina, quadras e aulas de futebol, basquete, queimada, vôlei e natação. Aprendi a nadar lá e tinha, até, aulas de nado sincronizado. D. Terezinha bem que esforçou-se mas não conseguiu muita coisa a não ser que as alunas fizessem  estrelas e batessem as pernas, revezando as fileiras. Eu, inclusive.

No basquete eu ia bem, até Beatriz me dar um chega-prá-lá, debaixo do garrafão que eu caí no chão cimentado, arranhei-me toda. D. Terezinha disse que era assim mesmo. Nunca mais.
No vôlei tinha umas moças  que jogavam no Minas Tênis Clube e não deu espaço. Afinal a meta era fazer um time para disputar com outros colégios. Apenas fiz aulas para aprender os fundamentos. Meu braço ficava todo vermelho por conta do saque dado por baixo da bola e doía uns dois dias. Depois, eu  arrisquei jogar no fim de semana quando eu ia no  no Centro Esportivo Universitário da Pampulha. Até que, os rapazes tomaram conta da rede e , praticamente, expulsaram as mulheres de lá.
Exatamente como foi todas as vezes que eu tentei jogar futebol. Fizemos um time na faculdade e, enquanto jogávamos, sempre , sempre, sempre aparecia um cara para ensinar, para apitar, para dar palpites, para rir dos nossos erros e, até, pasmem, para  reforçar o time.
Uma vez eu fiquei de goleira e estava pegando tudo. Um imbecil percebeu que eu não ia cair para fazer a defesa e ensinou o outro time a atacar com bola rasteira. Fizeram os gols e só não viraram o placar porque o jogo acabou. De outra feita, eu fiquei como quarto zagueiro, posição que eu gosto até hoje para acompanhar jogos e um idiota entrou para jogar no time contrário e me driblar até fazer gol. Eu não quis meter o pé nele para não correr o risco de ser chamada de sapatão mas me arrependo até hoje. Eu devia ter dado uma ombrada nele, chutado os tornozelos, sei lá o que ele merecia... Rsss...
Outra vez, um solão dos infernos, férias em uma colônia de férias da qual meu marido era o arquiteto, eu fui jogar em um dos campinhos de grama, pequenos, acho que society, também como zagueira, e um cara apareceu para corrigir as regras, dizer o quê era impedimento, diz ele diferente do marcado em campo. Perdi a paciência, tirei meu tênis e nunca mais me atrevi. Foi o ponto final. Minha paciência esgotou-se, ainda mais que a gente joga e o Sol marca a manga no braço, o calção na perna e  eu me queimo com muita facilidade. Nunca mais.

Conto minha experiência porque percebo que o mesmo acontece até hoje nos campinhos onde as moças vão jogar, nos clubes e no esporte amador ou profissional. Tem sempre um homem tutelando as bestuntas. Os bedelhudos, os palpiteiros, os geniozinhos que fracassaram no esporte masculino. Sempre com ares de sabichões, autoritários e, pior, feios. Nunca tem um homem bonito, caramba!
A Seleção brasileira de futebol não foge as regras. Só tem homem querendo dar palpites na prática do esporte que, por ser feminino, tem outra forma de jogar. Não deixam emergir a forma feminina de jogar e querem impor a forma masculina. Resultado? Não tem elenco. Mulher não aguenta mais homem mandando e desmandando no que ela faz. Saiiii ...

Portanto, não acredito que vá para frente. Com homem tutelando, querendo impor seus bofes. Duvido que a mulher brasileira vá jogar como os homens, descalça, machucando os pés, ficando toda marcada pelo Sol, cabelo estragado pelo Sol ? E a pele do rosto?  Esqueçam, não vai dar certo.

Aliás, posso afirmar que isso vale para o mundo todo. Podem partir para outro tipo de futebol, em quadra fechada  porque em campo, mulher não topa. E, de preferência, com homens somente na torcida.

sábado, 22 de junho de 2019

Quem chora ?

                               

Minha música preferida, Pedacinhos do céu de Waldir Azevedo.
Eu o vi tocar no Teatro Carlos Gomes em Vitória, capital do estado do Espírito Santo.
Quando ele veio para fazer a apresentação eu disse a meu marido que não podíamos perder pois poderia ser a única chance. E foi não só  a última mas a única.
A emoção que eu senti quando ele apresentou Pedacinhos do céu, poderia ser comparada a que eu, certamente, sentiria em um show do Elvis; emoção à morte...

Para  quem não é brasileiro e procura conhecer o Brasil, informo que o instrumento é o cavaquinho e a música é o choro, estilo musical brasileiro. Mesmo sem ser prestigiado pela mídia, pelos grandes empresas, grandes gravadoras, nem sei se as pequenas, sobrevive no meio do povo com grandes intérpretes, criatividade, improvisos.
A partir desse choro acima, o interessado pode encontrar outros tantos no Youtube. É somente a ponta do iceberg.

Desejo um bom fim de semana.

Outra versão?  Pelo próprio autor? KLIKA

Ouvido de tuberculoso

                                       

Quando uma pessoa tem um ouvido que escuta de forma supimpa diz-se que tem ouvido de tuberculoso. Não sei o que tem de verdade ou se é crendice popular quando se diz que um tuberculoso escuta melhor. Deve ser coisa daquele tempo em que a doença não tinha cura.
Você tem bom ouvido? Daqueles em que os músicos chamam de ouvido absoluto?
O violinista gaúcho Yamandú Costa diz que tem. Jô Soares contava que seu filho, já morto, sabia a nota musical do som de um papel caindo no chão. Como não consigo captar a melodia tocada pelo violinista e por isso desisti de seguir sua carreira., sou bestunta absoluta, não  afirmo nada. O músico, na visão da minha mediocridade, toca o que papai dizia " lo que saíre".

Então, resolvi colocar para vocês um teste para ver se conseguem captar sons diferentes de guitarras, em uma apresentação interessante no Youtube.
Eu amo guitarrras, daquelas bem estridentes, tipo AC/DC.

Convido-os a testar seus ouvidos para o som da música., no filmete acima.
Que sejam felizes!

sexta-feira, 21 de junho de 2019

A trama

                                      
                                    
Se algumas nações foram construídas com guerras, extermínios e confrontos civis, ao Brasil coube ser  com fofocas e alcoviteiros.

A maior arma política do Brasil, portanto, não são as guerras civis, os confrontos com inimigos a invadir nosso território para firmar um lado, apoderar-se de riquezas e pedaços de terras. No Brasil, vale a fofoca política para buscar o poder e destruir o  adversário. Da fofoca mais simples a mais sórdida.

Um exemplo foi D.Pedro I,  vítima dos fofoqueiros que levantaram calúnias, desmentidas quase cem anos depois, quando exumaram os restos mortais da imperatriz Leopoldina e  constaram que ela nunca teve o fêmur quebrado. A fofoca, que minou o imperador, foi que ele  espancou-a e empurrou-a escada abaixo, fazendo-a quebrar o fêmur, abortar e morrer vítima de tudo. As fofocas do alcoviteiro mor do palácio, o Chalaça, fez história nos meandros  do romance entre o imperador e Domitila e mostrou que chegar ao poder com fofocas, rodeando o mandatário principal vale  pena e pode derrubar o alvo como se fosse um petardo.
Outro exemplo, a Inconfidência Mineira sucumbiu a um fofoqueiro que entregou a revolta contra a Coroa e levou Tiradentes a ser  enforcado, esquartejado e espalhado seus pedaços pela estrada até  Vila Rica,  com cabeça exposta em praça pública.  Quer coisa mais macabra?

Na história contemporânea a fofoca é aplicada como arma de guerrilha, por cartilha decorada. Sem ter o que fazer, cabeças pensantes de apenados de Curitiba, matutam dia e noite para criar factóides, versões políticas estapafúrdias jogada em  meio a plebe de um país inculto, de gente que nunca leu um livro na vida, não sabe, portanto, interpretar texto. Tal qual, perde-se dinheiro e alimentam os fofoqueiros na   política nacional e os alimentam para não produzir nada que faça avançar o progresso. O Congresso Nacional é uma casa de fofocas, exibição do mais reles perder o tempo como as  futricas de esquina.

O velhaco mais velhaco da história da humanidade, sem igual em qualquer fofoqueiro na  humanidade, que passou a perna e convenceu humanitários, intelectuais e intelectualóides, com discurso na mentira, na fofoca, nas calúnias, difamação reles e afinal punido por tratar o Brasil como se fosse um sindicato de esgoto, usa seu cérebro para criar fofocas e atacar a quem o desmascarou.  O único que não foi na sua conversa de cachaceiro, que teve coragem para arrancar-lhe a máscara é seu atual alvo. Como qualquer chefe de quadrilha que a Justiça não consegue isolar e continua a dar ordens a seus asseclas, o Velhaco continua tumultuando o Brasil, na tentativa de não deixar grama viva na meta a que se propõe. Até quando?

Fofoqueiros, uni-vos ...


quinta-feira, 20 de junho de 2019

A construção do ego

Foto:Jair Amaral,Ouro Preto/MG
                                     
As exibições em procissões das comemorações religiosas de Corpus Cristi, neste 20 de junho, escondem uma cara que ninguém vê. Nas roupas dos padres, dos anjos, dos participantes, só está quem pode pagar os paramentos e as asas.

Mesmo sem o hábito de olhar para trás ou lamuriar o que não tivemos, eu vejo essa gente com outros olhos. O quê é isso tudo?
Para entender melhor quero relatar um fato que aconteceu comigo. Esqueci por muitos anos mas me veio à mente nessa data, quando vi crianças vestidas de anjos.
Estudei no Grupo Escolar Barão do Rio Branco, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, situado na Av. Getúlio Vargas, no bairro Funcionários. Construído no início da fundação da cidade, início do Século XX, soube que ficou abandonado e quase em ruínas mas foi feita restauração, voltando ao seu esplendor inicial.

As festas do mês de maio eram comemoradas todo ano e com coroação de Maria, com um altar  erguido no pátio principal, onde duas escadas laterais subiam  até o alto. Tudo enfeitado de branco, com flores naturais, papel crepom, laços de fitas. Muito bonito.  Culminava com a coroação onde uma menina cantava uma canção acompanhada de outras tantas postadas nas escadas, em um coro ensaiado durante algumas semanas na aula de canto orfeônico.
As  meninas deviam vestir-se de branco  com sapatos idem.                         

Eu nunca participei porque papai não comprava as roupas  e muito menos os sapatos para eventos assim. Mas  eu   resolvi participar sem autorização de papai. Sempre quis participar das festas mas nunca pude. Eu ainda tinha meu vestido branco da primeira comunhão e sabia que podia ir com ele. Fui aos ensaios e, no dia, vesti meu vestido branco, desenhado e feito por mamãe, mas fui com meu sapato preto. Ninguém lá em casa disse nada, eu apenas fui para a festa. Eu tinha oito anos.
No momento em que as participantes da coroação ficaram perfiladas para entrar, uma professora notou que meu sapato não era branco. Veio até a mim, com outras para dizer-me que eu não podia participar. Mas eu fingi que não era comigo e não saí da fila. Fizeram uma rodinha, conversando, apontando para mim mas eu permaneci no lugar. As meninas a meu redor, disseram para eu sair porque estava de sapatos pretos mas continuei firme no mesmo lugar. Lembro-me do burburinho, da falação, dos dedos apontados. Não sei o que aconteceu, não sei se chegou  o momento de entrar, o fato é que a fila andou, caminhando e cantando para, afinal, a coroação. E, eu firme, participei de tudo. Já bastava escolherem a menina que coroava todos os  anos por ter a voz bonita. Não achei justo ficar de fora se  já não participava da coroação na igreja, pelo mesmo motivo.

Essa lembrança me veio enquanto eu matutava para  entender por que não suporto essas festas, esses anjos, essa pantomima, essas caras de santos dos organizadores e dos padres. O inconsciente é poderoso.

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Nota: Quando houver um destaque em azul ou vermelho, klika em cima porque remete a site ou link sobre o grifado.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Os cordéis do poder

- Literatura de cordel
                                     

Pouco depois de Padre Manoel da Nóbrega, em 1554, ter fundado a cidade de São Paulo, ele correu atrás da Coroa portuguesa para fundar outra cidade, onde seria o Rio de Janeiro. Mais de uma década. Percebeu, desde então, que para o paulista valia o dinheiro, os negócios, a mercancia. Precisava de uma via de escoamento mais do que isso para gerar uma colônia melhor que dinheiro, dinheiro e sua exploração. Não sabia bem o que era mas antevia qualquer coisa que não lhe agradava. Isso é verdade histórica e não minha opinião. Tem mais de um livro sobre isso. Comprei pela internet, em sebos porque não vendem facilmente.

E, os dias de hoje continuam a estampar o mesmo perigo que se  espalha pelo Brasil afora, impedindo que seja uma nação civilizada, fora da grana e de seus interesses nefastos; que seja sugado o  país, com acordos políticos  espúrios, imundos, impedindo o crescimento de outras regiões e fazendo  metade do país manter-se ajoelhado para fornecer-lhes  mão de obra barata e poder político sem limites. No mínimo.

Mas, não conseguiram impedir ou esqueceram, essa corja nacional, que os ditadores do Brasil saíram todos do sul do país e, portanto, não se vergam facilmente aos desmandos. Pelo contrário, estão mais para mandar do que para obedecer. 

Portanto,  a Lava Jato jamais aconteceria se dependesse de São Paulo, do seu Poder Judiciário estadual ou federal, dos seus pensadores de meia tigela, repetidores de idéias alheias, decoradas  e usadas como o livreto de Mao Tze Tung, como se fossem oráculos da nação.

Agora, SP com seus políticos encarcerados, apenados em Curitiba, capital de  estado sulista, Paraná,  por  decisões de juízes e tribunais sulistas , resolveram inovar e exigir que juiz não pode falar com promotor de justiça ou  advogado sobre as ações que tramitam nos foruns. Não pode, sequer, ter amizade, companheirismo, ligação nenhuma com ninguém. O juiz deve ter vida de monge e nada mais. 
E mais, juiz sequer pode trocar mensagens com alguém porque, um haker inimigo, a serviço da pauliceia, em estratégia de guerrilha, pode invadir e fazer público suas conversas, quiçá fotos e troca de idéias com alguém. Como se juiz não trocasse ideia com outros do mundo jurídico, seus posicionamentos políticos e sociais.

Juiz não gosta de advogado e vice versa. Mas isso é porque são profissionalmente antagônicos . Mesmo que, em tese, o juiz precise ser  alheio as contendas e fixe-se na lei. Mas conversam civilizadamente, frequentam festas de uns e de outros. Será que não interagem? Imagine se fosse anular toda audiência onde juiz e promotor troquem idéias...

Nunca vi, em toda as minhas décadas de profissão e querendo ver juiz a metros de mim, um desembargador ir contra um juiz, um julgamento judicial, tomar partido de alguma tese jurídica de forma pública. Nem a OAB ir em defesa ou atacar qualquer juiz, mesmo que massacre um advogado, a não ser de forma administrativa, e, o profissional em audiência.

Portanto, desembargador paulista e presidente da OAB, contra Sérgio Moro e a Lava Jato é uma vergonha que deve ser anotada na história quando da análise desse momento onde o povo exige sejam presos os corruptos e que o tempo passe rápido para aposentar essa horda de velhos corruptos, frutos de uma geração que nasceu em São Paulo e ainda continua com a mesma política de levar vantagem sobre todo o resto da nação. Um resto, que não se sabe se de SP ou de todo o Brasil.
 E, o presidente da OAB, oriundo do resto usado como mão de obra barata para alimentar a locomotiva,  não faz mais que deixar seja manejado seu cordel como nos livretos de seu estado de origem, Pernambuco. Como sempre, pelos paulistas.

Não sabe? KLIKA

quinta-feira, 6 de junho de 2019

À forra !

Qualidade de vida? Olhar a chuva cair.
                                     

Eu nem estou ligando a televisão em noticiários. A coisa anda tão feia que eu preciso poupar meus nervos, meu cérebro, minha tranquilidade.
Se eu vivo em um lugar plácido onde a qualidade de vida é ótima, por quê vou viver a vida das metrópoles? E, pior sem as vantagens que elas oferecem como teatro, museus, cursos, sei lá o quê mais.

A bandalha dos lamaçais que antes ficavam escondidos do povo, agora são como reality show ou novela com capítulos a cada hora.
A vida de uma pessoa que atreve-se a ganhar muito  dinheiro em um país de miseráveis, com treze milhões de desempregados, casa própria indo pro brejo nos financiamentos  executados aos mangotes pelos bancos, o jogador de futebol derrapa na sorte e vende a alma para o diabo. Foi na onda dos debochados, importando prostituta astuta do Brasil para Paris, em hotelzinho semelhante ao da  beira de estrada, dos antigos. Com enredo enredado, a mulher colocou  corda no pescoço do jogador destaque da Seleção e puxou. Caramba ! Já foi o tempo em que ninguém importava-se . Estão comendo o fígado do gajo , afogando-se no ódio das frustrações subdesenvolvidas e inflando os egos dos advogados. Estes são como moscas na bosta de vaca. Não que eu tenha vivido no interior, em fazendas mas fiquei impressionada quando vi na fazenda do meu sogro e nunca esqueci.

Imagina hoje, João Goulart, quando vice presidente do Brasil,  indo a um prédio na Av. Atlântica, no Rio de Janeiro, atirar na fechadura do apartamento porque a vedete não abria a porta e dar de cara com o Garrincha semi nu, saindo do quarto da libertária?
E uma ordem do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo, em pleno anos setenta,  proibindo a entrada de mulheres, trajando calças compridas? Incluída a Justiça Federal. Já pensou o quebra quebra da mulherada  nos dias de hoje?

Já lá se vai os tempos em que ao homem era garantido que nada pegava, nem a paternidade. Hoje os golpes são engendrados com celular, gravando às escondias. A forra não tem limites.

Para quem acredita na reencarnação, a grosso modo porque não entendo patavina mas só de ouvir falar, essas mulheres encarnaram nessa geração para ir a forra de algo de vidas passadas. É a única  explicação para tanta coragem, exposição e busca de uma grana que vai levá-las ao plano superior. Se não na outra vida, nesta mesmo.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Nuvens diferentes

                               
- Bons tempos quando tudo era bonito


Morreu um camarada que eu pensei ser um maluco quando ouvi uma música de sua autoria. Nem ouvi tudo porque senti-me mal com os termos, com as frases, com o discurso doentio e tóxico a Chernobyl.

O cara, MC Reaça, orgulhava-se de ser de extrema direita, cantou em campanha do presidente eleito . Mediocridade em estado bruto.  Parece que o Ministério Público de Pernambuco chegou a pedir suspensão de suas músicas por incitar violência e discriminação contra a mulher. Mas como é moda confundir liberdade  com libertinagem, ele  continuou a cantar horrores. Até que, mesmo casado, envolveu-se com uma mulher e quando ele disse que queria terminar ela disse que estava grávida. Sem raciocinar, avaliar a situação, o cara espancou a mulher. Pensou que a havia matado. E, o que ele fez? Pegou a moto, parou na beira da estrada e enforcou-se. Não sei como o fez porque não noticiaram mas está morto. Deixou esposa e mensagem, pedindo que a mesma cuidasse da amante e do filho.
Como funciona a cabeça de uma pessoa assim? Será que os pais não perceberam que o filho não estava bem? Ou tentaram conter um misógino de quinta grandeza e não conseguiram ?  Um extremista, gritando a quatro ventos sua doença e a família não faz nada? Os pais permitem que o filho chame feminista de cadela e coisa pior, ao microfone, para uma multidão? Ah, mas é funk e, para esse estilo, isso não é nada.

Paralelo a isso, vem a notícia que o jogador de futebol, estrela da Seleção e do esporte, estuprou uma mulher em Paris. E a moça faz um BO em São Paulo... Socorro! O que dizem é  que a moça está toda roxa depois de, no mínimo, um sexo selvagem.

Alguma coisa está acontecendo e precisa, urgente, ser estudado. A menos que sempre tenha acontecido e só agora ficamos sabendo... Acontece é que , no mínimo ler notícias é perigar não dormir a noite. Mesmo que sua vida seja tranquila e nem conheça essas jamantas.

Deixa prá lá. O mundo sempre teve esses energúmenos. Só que não tomávamos conhecimento.
O que resta é a música ordinária do MC Reaça que vai ficar para sempre na nuvem; ele e sua música. Em nuvens diferentes.

Não vou colocar músicas e fotos dessas duas peças. É muito deprimente.

Só por curiosidade: KLIKA