segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Os omissos

                                         


 As eleições acabaram. O maior destaque foi o voto nulo ou a abstenção. Não sei até onde a abstenção pode ser sintoma de indiferença ou omissão do eleitor. Conheço muita gente que não votou porque não está na sua zona eleitoral. Com o desemprego nas alturas, muita gente tem procurado trabalhar em outro estado da federação. A migração tem sido alta porque os instrumentos de emprego, através da internet cresceram muito. O índice há décadas é de 35%.

Alguma luz nova apareceu pelo Brasil mas, no cerne, continua mandando a velha política do candidato apadrinhado e não havendo renovação; como novas lideranças. O povo brasileiro é conservador e eu sei disso porque já participei da política. Engana-se quem interpreta que o voto está na direita ou esquerda. Isso é conversa de pseudo intelectual que não participa de nada mas vive do achismo. Eu participei da política porque queria aprender na prática. Foi uma lição e tanto. No Brasil as nuances para eleger um candidato vai muito além das bocas tortas dos eternos oráculos mercenários. Tão distantes do povo brasileiro quanto perto dos seus próprios interesses, vistos com viseiras, cheias de logos da vergonha.

O brasileiro, nas eleições municipais vota no conhecimento que tem das pessoas e dos fatos. Quer resolver seus problemas municipais. A boa notícia é que, desta vez, analisou  a índole dos candidato para o apoderar-se da coisa pública e evitou eleger corrupto ou gente ligada a lideranças corruptas.

Meus candidatos não ganharam. E, nem por isso acho que foram eleitos gente ruim. O eleitor não conhece candidatos de fora do estado nestas eleições municipais e generalizar só mostra o tamanho da cafajestagem de sempre. Com a internet, torna-se cada vez mais difícil esconder quem é quem.

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Se acha que deve, compartilhe. Assim caminha a internet com quem não tem patrocínio. Agradeço desde já.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Negacionista

                                    











Tentei colocar um video sobre o candidato a prefeitura de Vitória, quarenta anos de PT. Consegui colocar este, bem pequeno. Não sei se saiu para todos. No mais completo, ele diz que ele não é candidato do PT, que o PT não importa pois está em uma coligação. Mas é candidato do povo capixaba, humilde e necessitado dele para afungentar os bandidos que estão na política. Infelizmente o blogspot não é mais o mesmo, quando podíamos publicar pequenos videos caseiros. É uma pena que você não possa ver.

A renovação na política é muito lenta. E, no mundo todo. A maioria dos lideres mundiais já atingiram idades consideradas como na faixa dos idosos. Antigamente as mortes nos campos de batalha conseguiam matar tiranos e equivocados ainda na idade adulta. Mas hoje, essa gente é longeva e não larga o osso por nada. Não é só na  carreira política mas em outras de grande exposição pública como os atores. Alguns, com oitenta anos, se dão de ofendidos quando dispensados a caminho da aposentadoria. É uma geração de glutões, querendo abocanhar o tempo. Não é menosprezar a experiência de quem já viveu. Mas os tempos são outros. A informação não precisa de depoimento oral como antigamente. Tudo está em um clique. Dar lugar a quem vem atrás e aproveitar a vida e o conhecimento, contemplar a natureza, observar pássaros e contribuir com o que precisa em volta de si mesmo, parece ofensa, descaso de quem precisa de espaço. À juventude restou esperar seguir a vida. Tem jovem de trinta anos que não encontrou lugar porque ocupado por quem abuletou no lugar há sessenta anos e não arreda pé.

Saber parar, dar lugar pra a humanidade, seguir em frente, não ter medo da velhice e da inexorável morte  é uma arte. Quiçá, componente do caráter.

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Meu blogue não tem patrocínio. Se gostou divulgue. Eu agradeço. Se for pelo computador, tem a barrinha com as opções, inclusive por e-mail.


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Voto impresso, o desenho

                                 


              

 Confesso que custei a entender a mensagem sobre o voto impresso. Na minha cabeça surgiam aquelas cédulas impressas, levadas preenchidas para serem colocadas nas urnas. Muitas  filas. Depois a apuração cheia de gente em volta das mesas, uma barulheira, papel no chão. Homens barrigudos ou truculentos,prontos para brigar, com suas  caras de paus-mandados, a mando  dos caciques da política. Muitos conferindo os votos do seu curral eleitoral, por cima dos ombros dos apuradores, verificando se os votos entregues já preenchidos estavam na mesa apuradora. Que pesadelo!

Considero as nossas urnas eleitorais um primor do avanço e não aceito, em nenhuma hipótese, essa conversa que não servem porque nenhum outro país as copiou. Esse discurso é pequeno, vira-lata típico de um povo que não percebeu até hoje que não estamos aqui para copiar ninguém. Que somos diferentes em tudo e, portanto, olhar para outras culturas é carregar canga cheia do que não é nosso. Obvio que temos influências e isso não quer dizer copiar. Aqui é um país para onde veio quem não quis ou não conseguiu sujeitar-se ao Velho Continente. Quem está com saudades, volte. Construir uma nação não é em um estalo de dedos. Mas, pelo menos, não o fazemos com guerras.

Então, para quem não consegue entender é preciso desenhar, recebi o desenho da proposta do voto impresso. Foi ótimo. Minha mente clareou bastante e eu entendi a proposta . Bingo!

Tem gente fazendo passeata, aglomeração em praça pública, aquela gente que adora sair às ruas para gritar suas idéias. No fundo é a juventude caçando, o que motiva também. Tudo para pedir o voto impresso. E, para as próximas eleições majoritárias.

Portanto, o desenho acima foi o que recebi. Espero que sirva para aclarar as ideias de quem por aqui passa. Este é o objetivo.


#compatilhe Se acha que contribui.


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Hakers do demônio

                                       

                                                   Rafaela e eu


Tentaram entrar no meu blogue, hakers. Dá vontade de rir. É muita falta do quê fazer. O sistema bloqueou por uns dias e eu perdi a vontade de escrever.

Imagine um monte de asnos em casa, por conta da pandemia, tentando entrar no blogspot só para fazer zoeira, como eles dizem. Passar susto nos desavisados. Dar risadas dos tombos alheios. A televisão ensina isso por seus programas e piadistas sem graça.

Está na moda ser grosseiro. Não sei se é por estar trancafiado em casa, só ouvindo uma imprensa muito doente, a falar mal de Deus e o mundo, dando voz aos destrutivos, aos sabichões da ciência, os filósofos do nada. O fato é que os índices negativos de  convivência não são bons. As caras mau humoradas proliferam, muitas vezes nos mascarados  sem necessidade, só porque a televisão manda.

Já se foi o tempo em que os livros eram comprados e lidos de acordo com a capacidade  filosófica de cada um. Hoje, basta apetar um botão e aparecem pensadores desconhecidos, muitos anônimos, beirando o crime de injúria e desqualificando o que lhes dá na telha. Oráculos de bocas torcidas e feiura maiúscula. Como tem gente feia nesses debates!

Podem falar o que for do ministro do STF que abriu inquérito para apurar agressores virulentos contra a instituição, mandou prender, o escambau. Sou a favor. Acho que ele fez bem. Discordo daqueles que acham que ele não tem competência, como presidente da instituição,  para mandar apurar a enxurrada de absurdos que apareciam nas redes sociais, cunhadas por dois ou três malucos de pedra. Inclusive, depois de identificados, foram presos. E estes, com o argumento de censura, não aceitam a demanda. Um deles, desobedeceu a ordem e continuou a publicar horrores contra tudo e todos. De tornozeleira, voltou para o chilindró. Gente insuportável na arrogância de salvador do pensamento livre a impor o deles. É cada coisa de fazer a inteligência alheia esconder entre os neurônios cansados de tanta asnice.

A liberdade acaba quando atinge a liberdade alheia. O pior é que alguns desses indivíduos, que por sinal ganham dinheiro com suas páginas, aparecem em nossas redes sociais como se estivéssemos seguindo-os. Mesmo que você não tenha clicado no dispositivo para seguí-los. São invasivos, agressivos e mentirosos, ao espalhar  fake news. Não vou nominar ninguém porque não estou afim de comprar briga com eles pois procuram pretexto para ajuizar processos, jogar pedra, quiçá foguetes na sua casa.

Enquanto isso, essa página hakeada é uma piada de risadas frouxas.


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Tá com tempo? KLIKA


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Rinha de galo

                                           

Eu já fiz parte do movimento popular. De um grupo de mais de cem mulheres em luta pelo reconhecimento dos mesmos direitos entre o homem e a mulher. Éramos respeitadas no discurso porque bem articulado. Mas a linha era ali delimitada. Inclusive pelas mulheres da sociedade. Dali não passava em avanço político. Mendigas dos favores dos políticos estabelecidos.

O grupo nunca aceitou  confrontos ou imposição de partidos políticos. E, no momento em que nos reunirmos para decidir avançar, saindo do agrupamento popular para a política formal aconteceu um fenômeno interessante. Muitas debandaram, sumiram, escafederam-se. Nunca mais ouvi falar delas. Outras afastaram-se para não se expor ou por absoluta falta do entendimento do que é política.

O quê eu quero dizer com isso? Quero dizer que a mulher não tem muita noção de que mudanças, sejam quais forem, estão ligadas a representatividade democrática nos instrumentos dessa  mudança. Ainda mais, participar de cargos públicos eletivos, enfrentando a exposição gerada por uma disputa eleitoral, os embates muitas vezes grosseiros e violentos, desestimula sua participação.
Acostumada ao seu reino absoluto que é o lar, sua casa e família. sair para enfrentar os dragões da mentira, da injúria, dos atropelos pela luta masculinizada do poder é muito difícil. 

Para a mulher, enfrentar um ringue a que enfrenta a presidência da república ou governos de estados da federação  é impensável. Arrisco-me a dizer que todas estas mulheres que estão na política brasileira, mesmo que somente no começo da jornada, tiveram um peito masculino para aparar os dardos lançados contra ela. Ou como escudo, ou como instrumento para que, sequer tais dardos fossem lançados. Não como padrinhos políticos como acontece normalmente,  mas como protetores sociais.

Quando o Velhaco mais velhaco da história da humanidade pediu que chamassem as mulheres petralhas de grelo duro para enfrentar os tiros  dirigidos a ele, a mensagem era que elas tinham a coragem do homem. Mas que eram mulheres,  metidas a homem sem o ser. Portanto sem senso da medida exata de como eram usadas e sequer do como enfrentar a guerra sozinhas. Apenas serviam como uso do sistema como bois de piranha. 

As eleições municipais estão aí. E a falta de mulheres  candidatas, continua. Porcentagem não serve para mudar nada, não faz liderança, não modifica o ânimo feminino de não  competir em rinha de galo. Que, aliás, está proibida. 

Muitas torcem os narizes para aquelas que tem coragem de enfrentar o sistema masculino de uma eleição. E, com razão. A maioria fica fora do poder pois  são usadas como cotas que ajustam e confirmam o uso sem rumo do seu pseudo papel,  na política formal. Importante, ao máximo, para fazer a democracia. A menos que incorporem o discurso, a postura, as regras viciadas, sem capitanear nenhuma mudança. 

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