quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Gênio Canadense

                                                  


 Gênio não tem cor e nem nacionalidade. Quem classifica não é um ou outro e nem quem premia os amigos do rei. E não é apenas gênio aquele que cria para o deleite  de quem pode chegar ao que criou. Muitos ficam desconhecidos, ou esquecidos, outros são boicotados, ainda os vencidos pelas dificuldades de toda sorte, aqueles que  se perdem entre as lantejoulas da civilização. Tem de tudo.

Mas hoje eu queria lembrar  Alan Wisniewisk, um designer canadense. Eu dei o título de gênio para ele. Não vale nada mas fiz assim mesmo.

Eu precisei de um aparador de porta que fosse de borracha para não arranhar o chão. A velha e conhecida cunha em outro formato. De madeira eu tenho, inclusive sobras de beirada de madeira cortada para   ene  coisas. Pois aqui em casa estamos sempre cutucando aqui e ali na sua manutenção e nas invenções para dar  mais segurança na casa. 

Venta muito na cidade e porta batendo acaba em algum dano. Não me lembro de precisar colocar cunhas nas portas das outras cidades onde morei. Janela, nem pensar. Mas aqui é preciso várias e de acordo com a função; seja janela ou porta. Além disso, aqui é muito úmido e a porta do banheiro fica melhor se entreaberta. Eu não gosto desta porta aberta e tive que adaptar meu gosto com a realidade do lugar. Depois de anos, tentando uma solução que não arranhasse o ladrilho do chão, em pesquisa, acabei achando essa invenção. Arrisquei e estou encantada com a invenção do canadense.

Acabei comprando um segura porta azul mas tem vermelho e cinza. Chegou hoje e superou todas as minha expectativas. Coisa de gênio. 

Detalhes, inclusive do inventor ? KLIKA   Mais barato  AQUI

#compartilhe

Sem patrocínio ou propaganda, a divulgação de um texto depende do seu leitor. Copiar e colar e mandar por e-mail, vale muito. Ou divulgar o endereço da página.

Agradeço !!!

Somos vira-latas

                                           


 

Enquanto discute-se o dinheiro público  para os abandonados pela sorte, à mercê do jogo político dos poderosos na peste chinesa, o  mundo continua a girar.

Então, o pobre sai de casa, aglomerado em condução  e dirige-se para a Caixa Econômica Federal. Não entra porque tem um guardinha a impedir sua  entrada. Vai ficar na fila, na calçada, no passeio. Sob o Sol escaldante, de oito às 13 horas. Inventaram o horário. Quem? Só o demônio sabe. 

 A ordem é não aglomerar dentro do banco, no ar condicionado e sentado na cadeira manchada por nódoas inconfessáveis. 

Precisei ir e fui. Ao guardinha, perguntado se a lei que criou o atendimento preferencial foi revogada, ele apenas apontou: - Fila única.

Mas uma senhora, vetusta, pobrinha, cabelos brancos ressecados, sentada contorcida no degrau da escada, bem perto da entrada, respondeu: - Nem o presidente manda em nada ...

Percorri a fila única. Ela começava na porta da Caixa Econômica Federal, passava por um corredor, colado ao prédio, ía dar na rua de trás, dobrava e prolongava  lá na frente. O povinho, humilíssimo, sem reclamar, tangidos pela baixa auto estima, aceitando o fracasso de seus direitos e o lugar que o sistema os colocou, fazia a fila colados uns nos outros. Uns com máscara encardida, outros baixadas no pescoço. Outros, ainda, passando álcool gel em frenesi. Encolhidos, acovardados. Talvez na tentativa, inconsciente, de encurtar o sofrimento da espera. Perguntei a uma senhora, escorada na parede, se ela achava que ia ser atendida ainda hoje. Um senhor, no lugar atrás dela, disse que era preciso madrugar na fila. A outra respondeu que o tempo não contava para lavar a loucura. Quando um senhorzinho  perguntou, interessado em saber o quê eu faria, com voz sarcástica, o  guardinha gritou alto e em bom som: - Procure a polícia, meu nome é Elias.

Jurei a mim mesma nunca mais me meter em nada que  não é da minha conta mas não resisto. Conclusão: A fila preferencial está formada. E o guardinha é outro.

A outra fila? Que seja pago o preço da inércia.

                                         ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨     

Interessante e sem ser noticiado no Brasil : KLIKA          

                                                                     Mais sobre o assunto                              #compartilhe