quarta-feira, 22 de junho de 2011

E, eles desceram da árvore

                          
Quando alguns macacos desceram da árvore para fazer a evolução, um grupinho ficou relutante e não  desceu. Juntos, encolhidos e encostados uns nos outros, desconfiados e invejosos, maldiziam os que desceram.Para eles o grupo, que já ia longe,trariam mudanças, disputas, brigas, pecados  e  o fim da vida sedentária.
Dos que desceram, alguns morreram comidos pelos animais desconhecidos, tiveram que variar o cardápio há tanto tempo sedmentado mas aprenderam a fazer novos abrigos, a construir armas de sobrevivência. Ficaram em pé nos dois pés para caminhar melhor e achar saídas para a  nova vida inclusive com erros e vergonhas.
Então o grupinho fofoqueiro, ao ver que as coisas deram certo, desceram da árvore. E... locupletaram-se das conquistas dos primeiros.Porque ninguém é bobo.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Copa América

Quando se quer tumultuar não há limites.
Na Bolívia importam do Peru os uniformes da sua Seleção. Então,há de pagar os impostos de importação.  A Seleção Boliviana tentou ludibriar o fisco não efetuando o pagamento e teve retidos os uniformes do time antes de saírem para a Argentina onde está sendo disputada  a Copa América. Ou seja, viajaram sem os uniformes, inclusive os de inverno.
Como está muito frio em Buenos Aires, os jogadores receberam as blusas de frio  da torcida. E, pasmem, a federação boliviana importou mais uniformes do Peru mas para que sejam mandados diretamente para a Argentina.
Será que vão preferir pagar os impostos de importação para a Argentina?

Enquanto isto,  no Rio o desastre de helicóptero que matou um grupo da
elite carioca, mostra grandes ligações do governador com empresários poderosos:Avião emprestado por Eike Batista, festa de outro figurão cheio de dúvidas políticas no Zé Dirceu, local cujo proprietário era empresário espertinho. De tanto dar ponto sem nó, o dono do hotel e piloto do helicóptero emprestado, deu com os burros n'água.

De cá, apenas assistimos o filme da choradeira, de quem a vida sempre foi mansa, com uso de avião da FAB, Notas Oficiais  e licenças rápidas. Para a
elite dinheiro não é problema e favores pagam tudo, depois.


Tá com tempo? KLIKA

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nossas noites, nossos dias...

                                    
 - Doe nos olhos!
                                                                                      
Os cérebros das pessoas não funcionam da mesma forma. O ruim é quando uns e outros querem fazer interpretação baseados no funcionamento das suas cabeças.
Um exemplo é o uso das lâmpadas incandescentes.Os interessados no fim da sua produção, querem fazer com que se entenda que os seus usuários são pessoas pobres e ignorantes. Não passa pela cabeça deste povo que a verdade possa ser outra.

Existem pessoas que gostam da noite e não querem fazer que ela pareça dia. Noite é noite, escura, com sombras, com nebulosidades, com seus mistérios.Tentar trazer para ela a claridade do dia é coisa de alguns mas não de todos.

Eu, por exemplo, gosto da noite como ela é. Não quero claridades, luzes fosforescentes a iluminar tudo,feericamente.
Existem pessoas que deixam a casa toda acesa, iluminada enquanto outras apagam as luzes dos cômodos tão logo saiam deles.É um costume que pode ser interpretado como querer ser econômico e gastar menos energia ou por não gostar de tudo iluminado.

Ontem eu vi uma iluminação estranha na fachada do prédio da esquina e fui olhar o que seria e constatei que havia morador novo no apartamento confrontante e que a iluminação  era fortíssima, branca, em todos os cômodos.Enquanto eu fiquei pasma por tanta luz acesa , o morador pode ter se espantado com minha casa às escuras, quase aproveitando apenas a lâmpada da iluminação pública, em poste frente à minha casa, entrando pela abertura do pergulado da sala. Gosto das sombras da escada, enroscada, feita de madeira de lei, do pergulado nas flores,das aberturas do telhado no chão, do arco do corredor na parede retilínea. Quando a luz da sala está acesa faz sombra na parede, nos entremeios, nas janelas. A luz fosforescente ilumina tudo, fere os olhos, cansa as vistas, não deixa nada escondido, doe nas retinas.  Pior, as lâmpadas chamadas econômicas não podem ser acesas e apagadas continuamente  pois cada vez que isso ocorre diminui o seu tempo útil, queimam com facilidade. Então, são acesas e só devem ser apagadas tempos depois, na precisão.

Outro dia, fui comprar uma lâmpada convencional e lá estavam  duas mulheres. Conversamos sobre este assunto e elas também não querem  fazer da noite, dia. Saímos com nossas lâmpadas convictas de nossas formas de viver e ver a noite, de ver as sombras e os desenhos das nossas casas. Falamos desta gente que  não respeita as diferenças, principalmente  quando se acham  tão modernos que se perdem nas luzes de suas inteligências a querer impor novas práticas a seu sabor.Se nós seremos obrigadas a abandonar nossas estilos de vida eu não sei mas deviam procurar ver o mundo com menos autoritarismo e deixar as lâmpadas comuns nos seus devidos lugares.

Quer ver os enganos? KLIKA

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Botijas e cilindros: Diferenças de preço


                    


Existem dois tipos de gás para uso doméstico: o de botijão pequeno ( botija ) e o outro grande  (cilindro). Entretanto, poucas pessoas sabem que o preço é diferente. O do cilindro é equiparado ao gás  industrial, portanto mais caro. Em alguns lugares, cinquenta por cento.

Muitos condomínios possuem instalações completas onde o cilindro é colocado  em departamento próprio e não dentro da residência. Ora, se o consumidor adquire a botija vazia e somente paga o gaz, porque a diferença de preço?
Já escrevi mais de uma vez para deputados federais expondo esta diferença e sugerindo equiparação mas , parece,  nenhum está interessado.
Eu acho um absurdo este tratamento dado ao uso doméstico como se fosse indústria. A única  forma de protesto é ignorar a instalação comum e comprar a botija pequena. Nas famílias de gastos altos, a diferença é interessante.Mas, o mais importante é boicotar a exploração e o tratamento, de pato, dado ao consumidor.


               ################

Se puder #compartilhe
       

domingo, 5 de junho de 2011

Orquestra de Câmara de Mato Grosso

Maestro Leandro Carvalho
                     
A TV Câmara descortinou para os brasileiros que, como eu, são ávidos em conhecer nosso país longe da mesmice das informações de sempre. No meio de tanta notícia negativa, exortando liberação de drogas, sexo explícito  e dando prioridade à violência mal podemos saber o que de bom acontece pelo Brasil.  Esta ignorância do próprio país leva muitos a acharem que só existe coisa ruim e que no estrangeiro estão todas as boas ações.

Eu me refiro ao trabalho executado pela Orquestra de Câmara de Mato Grosso, que divulga, também, a ótima música nacional com a roupagem erudita dos instrumentos de cordas.Inclusive, os instrumentos regionais e seus rítmos caboclos como o rasqueado .
Uma das boas emoções mostradas pela televisão e, ainda mais, música com roupagem erudita que não nos faz dormir. Obrigada, TV Câmara , por divulgar o verdadeiro Brasil, orgulho de todos os brasileiros que  recusam-se a ser teleguiados de interesses inconfessáveis.



Não conhece? Para começar KLIKA aqui.

Está com tempo? Então, KLIKA

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Guerra Fiscal

                                     
Alguém resolveu chamar de Guerra Fiscal a forma como os estados da federação encontraram para industrializar seus respectivos parques. A coisa começou nos anos sessenta quando o governador Rondon Pacheco deu o terreno e isenção de ICMS por dez anos  à FIAT para que ela se instalasse em Betim, Minas Gerais. Não havia outra forma. Os estados mantiam-se em segundo plano enquanto São Paulo tornava-se a potência que permanece até hoje.
A idéia foi copiada pela Bahia com a criação de seu parque industrial e , pouco a pouco, copiado por outros estados. Até a Zona Franca de Manaus foi criada na esteira da idéia. O nordeste não teria uma indústria se não fosse esta forma de atração para  os empresários.

Quando as indústrias de São Paulo começaram a abandonar suas metas e irem para  outras regiões é que começaram as gritas de praxe. Ninguém agrega a parcela do fortalecimento do sindicalismo em São Paulo e o aumento da criminalidade no Rio de Janeiro.  Só contabilizam o proclamado prejuízo de setecentos bilhões de reais nos últimos cinco anos. Prejuízo para quem se há isenção de ICMS mas crescem os empregos e , consequentemente, outras indústrias secundárias que se interligam?

Depois que as regiões crescem com os incentivos fiscais e já se passaram tantos anos, o Supremo Tribunal Federal decide que é inconstitucional. Passa por cima, mais uma vez, do Congresso Nacional e dos interesses nacionais regionais que defendem-se de uma federação protetora  dos grandes centros.

Enquanto mantem livre bandidos de primeira linha por tantos anos, metem-se em atropelar assuntos políticos de interesse de cada região do país.  Pena que não podemos ler todo o processo para tomar conhecimento dos reais interesses e defesas que regulam esta decisão.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pare de fumar !


O combate ao tabagismo não para. Todos sabem quais são os malefícios do cigarro. Ninguém vai deixar de fumar porque alguém ficou de lengalenga na televisão, gesticulando tanto que não prestamos atenção no que falam. Não adianta mostrar o invisível nem fazer arte sobre o absurdo pois desvia o foco. ( ? KLIKA )

Uma campanha para dar algum resultado precisa de imagens vívidas na tela. Exemplo: Há uns doze anos, uma emissora mostrou dois pulmões. Um era de um fumante e outro de um não fumante.Com um bisturi na mão o apresentador cortou os dois pulmões, um de cada vez. O pulmão do não fumante era macio como gelatina e de cor clara.Limpo por dentro, dava para ver os alvéolos. O pulmão do  fumante era preto, caracaxento e, para ser  cortado, precisou de um martelinho, batido com força no bisturi. Dentro dele, parecia picumã.

No mesmo programa apareceram alguns personagens conhecidos que tiveram câncer de pulmão e participaram de campanhas antes de morrer.Eu me lembro da filha de Nat King Cole, dizendo que seu pai fumava para manter a voz aveludada. Mostrou a foto dele antes e depois da doença. Nat chamou a atenção pela sua cor, quando veio ao  Brasil.Nelson Gonçalves deu uma entrevista, dizendo que o vira passar nos corredores da TV Record e que era azul de tão negro. Pois no filme da campanha ele havia perdido a cor, estava magérrimo e lívido.

Mas, o que mais me impressionou foi o depoimento de Yul Brinner.Já magro e abatido, contando que havia fumado por quarenta  anos. Depois, com aquela boca lindíssima que tinha, disse em inglês:
- Haja o que houver, não fume. D'ont smoke 

( Veja Aqui)

Eu me lembrei de Charlston Heston falando sobre o filme Os dez mandamentos e contando que todos eles faziam ginástica para manter a forma e aparecer melhor com o dorço nu e que Yul Brinner nunca fez ginástica com eles, que era forte naturalmente e que poderia ter vivido muito mais se não houvesse fumado.
Depois deste programa, parei de fumar.
          

         ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nota: Por pouco não publiquei a foto de Yul Brinner nu em pelo !!! ( KLIKA)