Mostrando postagens com marcador Exercícios físicos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Exercícios físicos. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Malditas academias

                                       

Quando você frequenta uma academia por longo tempo, torna-se utensílio  dela. É o mesmo que favas contadas; a atenção do dono, do instrutor ou da atendente é nula. Você fica jogado às traças. Ouso dizer que às vezes você incomoda.
Quando me lembro das academias por onde passei, duas antes dessa, nestas quase duas décadas disciplinadas sem faltar, percebo que a falta de consideração pode ser maior do que imagino. Sequer gasto energia elétrica pois não faço nenhum exercício que a demanda. Já fiz esteira mas hoje faço caminhada acelerada na rua, entro, saio e ai de mim se parar para falar com alguém: Viram as costas e me deixam falando sozinha.

Minhas séries de exercício são minhas, eu crio, eu faço e raramente sou corrigida pelo sonolento instrutor.
Dá vontade de não voltar mais. É entrar, fazer os exercícios e ir embora. Pagar em dia não faz diferença. Ter parentes que também frequentam, tampouco. Minha personalidade não me agrada nem um pouco porque por muito menos as pessoas viram as costas e se mandam. E não são poucas. Porque as academias fecham todo dia por debandada dos clientes. Assim foi com as duas que frequentei.

Existe música de academia para dar ritmo ao exercício. Mas quando toca funk já é demais. Fui pedir ao instrutor para trocar e quase  apanhei. De preconceituosa para cima o rapazinho se arvorou. Virei bicho. Se ele gosta, ouça na casa dele, perto da filha para ouvir que a mulher é uma boceta ou um cu para enfiar o bastão, é coisa normal. Se faz parte do terceiro mundo das quebradas parabéns mas eu não. O rapazinho me enfrentou e manteve a música.

Se não tivesse tanto tempo fazendo exercícios e envelhecendo com a necessidade de não parar mas, o contrário, continuar fazendo, nunca mais colocava meus pés lá.

Sou uma besta.

                                       
 


Nota: Se puder, se achar que deve #compartilhe
É assim que funciona as mídias sociais das quais um blog faz parte.
A barrinha abaixo serve para #compartilhar
Agradeço.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Qual é o limite ?

                                  
Faço academia há mais de quinze anos. Três vezes por semana, religiosamente. Com tanto tempo me matando, suando em exercícios, não vou parar e arriscar  perder os efeitos em um mês.
Mas tenho minhas dúvidas se devo continuar porque há muito estou jogada às traças. Depois de alguns meses já bastam para sermos considerados um dos utensílios da academia. Se você entrar e sair sem cumprimentar o instrutor ou alguém é capaz de ninguém notar a sua existência.
Com isso você acaba relaxando e fazendo os exercícios de forma mecânica, mesmo que tente ficar concentrado. A variação também diminui porque o leque de escolhas é pequeno.
Na  academia a qual frequento, sequer o instrutor faz a programação para mim. Já era há tempos.Tenho a sensação que faço o pagamento mensal para poder usar os aparelhos e  nada mais. Se você puxar conversa com alguém é falta de educação porque estão concentrados nos exercícios e não podem distrair nem um minuto.
Parei de andar na esteira. Troquei por caminhada  a caminho da academia. Saio de casa,  subo e desço ruas íngremes e vario na volta lá atrás até chegar no local. Dá meia hora, as vezes mais.
Não aguento ver as mesmas caras e a antipatia das gostosas. Tem um pessoal fixo, gente educada e que troco meia dúzia de palavras mas ninguém está interessado em ninguém.

Resolvi subir e descer os degraus da academia, para substituir os exercícios com caneleira, apenas para variar. O instrutor viu e não me corrigiu. Não falou nada. Alternei entre um exercício e outro. O fato é que me deu fadiga muscular no músculo do joelho e decidi ficar uns dias de molho.Pelo mesmo até passar a dor.

É que esse pessoal, que dá instrução, tem boa vontade mas não percebe que, conforme a faixa etária, os exercícios não podem ser os mesmos. E nem a intensidade. Talvez por isso, eu vejo os velhotes em pequeno número ou sempre com personal, acompanhando seus exercícios. Mas não duram mais do que três meses.

Estou na fase da perspectiva do futuro. Só ele dirá se valeu a pena tanta disciplina e tenacidade, se a mensalidade paga para a academia substituiu o dinheiro que eu gastaria com médico. Pelo menos não tenho nenhum mal, acometendo meu corpo. Mas estou ficando cansada.

A luta é dura ? KLIKA

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Burrice escancarada !

- Suada, cansada, horrorosa e chateada pela burrice que ostenta.Ninguém merece! 
                                                 
Eu faço academia há mais de quinze anos. Três vezes por semana. Segunda, quarta e sexta. Duas horas de variação de exercícios. Minha intenção é envelhecer sem dar trabalho para ninguém. Luto para não acabar minha vida usando fraldas. Especialmente, gastar com médicos e cuidadoras pois nunca fiquei doente na vida. Se eu, também, dependesse deles estaria mal. Nem limpar os ouvidos  eles sabem. Antigamente, fazer uma lavagem nos ouvidos era só ir à farmácia que qualquer bestunto fazia. Hoje, tem que ser médico e não resolve o problema.

Por isso me sacrifico na academia. É preciso muita disciplina. Muita força de vontade. Muita paciência. Muita mesmo.
Preciso  administrar meu corpo para caber nas roupas das lojas porque não   existe  quem faça  sob medida. Nas lojas só tem roupa para gente sem bunda. Como se brasileira fosse chapada. Nas academias, os exercícios são para crescer a bunda mas, quando a mulher vai comprar roupa são todas de medida milimétrica. Quanto a saúde, tenho minhas dúvidas. Não sei se a prática de exercícios físicos torna alguém mais saudável  ou mais longevo. Os exemplos contrários são inúmeros  mas os da minha casa já me bastam: Papai era atleta e morreu com 88 anos, mamãe só praticava levantamento de copo e morreu com 93. Minha irmã Consuelo, não fumava, não bebia, fazia esporadicamente exercícios físicos e caiu morta, literalmente num suspiro, com cinquenta anos. Minha outra irmã Juliana bebe wisky todo fim do dia, fuma quase uma maço de cigarros por dia, come torresmo de lamber os beiços e se falar com ela para parar ou dar  uma volta no quarteirão, andando, periga virar sua inimiga. Está vivinha da silva. 
O que eu sei é que, na academia, suando como se estivesse em uma sauna, fazendo exercícios repetitivos, olhando as pessoas caladas, sem olhar para os lados, se eu puxar conversa nem respondem, olhar parado e mal humoradas, tenho a certeza que nenhum de nós tem cérebro privilegiado. Somos uns bandos de energúmenos com expectativa de ter melhor qualidade de vida. Espectativa e nada mais. Ora,  que melhor qualidade quando perde-se tanto tempo naquele lugar horroroso?

A burrice é um estado pessoal sem previsão de ser revertida.