A última, para protestar contra o governo federal, é falar mal de uma reforma do currículo escolar nas escolas públicas. Vão retirar matérias de história mundial para colocar a da América Latina e brasileira. Os puristas preferem ter informações do que se passou nas zoropa e no Usa mas sabem pouco, pouquíssimo do que acontece fora do eixo Rio/São Paulo e da América Latina.
Eu sempre achei que não devíamos estudar tanta coisa de fora e esquecer as nossas. Sobre a América Latina não tem sequer Nota de Rodapé. E, como não há espaço para tanta coisa há de ser dar preferência à história do Brasil. A internacional, deve passar por cima de tantas guerras de conquistas, com seus balaios de cabeças que fazem corar até o capeta.
Eu tive sorte por estudar em Belo Horizonte/ MG nas escolas de primeira linha, todas públicas. Estudei história sem lorotas ou erros. Hoje eu vejo gente do Rio e São Paulo, reclamando que estudou inverdades ou estava errado. Eu tenho uma amiga que diz ficar admirada por eu ter ótima memória. Deve ser mesmo porque lembro bem das minhas aulas, das minhas leituras. Deve ser porque eu tinha tanta raiva de me obrigarem a estudar tanta coisa inútil que não as esqueci. Lembro-me que Dona Ephigeninha pediu para alguém fazer uma palestra sobre Napoleão e eu me dispus. Fui à Biblioteca Pública de Belo Horizonte, projeto do Niemayer, na Praça da Liberdade, pesquisei e fiz uma palestra detonando o cara. Ganhei dez e um aplauso da professora porque estudávamos como se ele fosse um conquistador formidável e não um carrasco que matou milhares de jovens para alimentar o seu ego e mania de grandeza. A palavra que eu usei " bárbaro " era gíria e deu pano pra manga no debate, depois da minha exposição.
Deixo claro que sou a favor de mudanças na grade de história. Que seja feita com preferência na história do Brasil e da América do Sul. Se não tem espaço para estudar mais coisas de fora, saiam as da zoropa e do Usa. Basta de um grupelho paulista e carioca, quiçá de Minas Gerais, só colocarem o que eles acham importante e que, por coincidência, são do seu agrado.
Para maior informação, copiei e colo um comentário do Face:
Naira Muylaert Então, de fato o MEC está formulando a base curricular comum. Atualmente, o sistema educacional não possui um curriculo definido nacionalmente. Há apenas os PCN´s que são parâmetros e as redes federal, estaduais, municipais e particulares de ensino podem seguir esses parâmetros ou não. A base curricular comum é um documento que irá definir os conteúdos COMUNS, ou seja, que TODAS as escolas e redes de ensino (excetuando as redes privadas), devem trabalhar com os alunos. Mas de forma alguma as escolas devem ficar presas a somente esses conteúdos. A escola pode e deve extrapolar e trabalhar outros assuntos e conteúdos que julgar pertinente. Só não poderá não trabalhar esses conteúdos definidos na base curricular.
Essa política tem como objetivo combater a enorme desigualdade de conhecimento que existe entre as escolas, as redes de ensino e as regiões brasileiras. Não sei dizer quais são os conteúdos de cada disciplina. Mas sei que eles estão sendo elaborados pelos melhores especialistas da área (professores e pesquisadores), com consulta a população. O planejamento prevê que essa base curricular fiquei pronta até o meio desse ano.
Essa política tem como objetivo combater a enorme desigualdade de conhecimento que existe entre as escolas, as redes de ensino e as regiões brasileiras. Não sei dizer quais são os conteúdos de cada disciplina. Mas sei que eles estão sendo elaborados pelos melhores especialistas da área (professores e pesquisadores), com consulta a população. O planejamento prevê que essa base curricular fiquei pronta até o meio desse ano.
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