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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Público somos todos

                      

Um dos temas controversos é o abuso de autoridade. É muito difícil uma pessoa que é bem mandada, que aceita ordens e nasceu para ser liderada entender o que é abuso de autoridade. Pessoa que tem por lema  a absurda máxima " Manda quem pode e obedece quem tem juízo". Socorro!

A maioria das pessoas não sabe ter iniciativas, vira barata tonta se pressionada e precisa de uma voz comandando sua vida, suas ações. Sequer importa se quem lhe dá ordens é quem o prejudica pois não sabe dizer não ou, até, entender a distorção do que lhe obrigam. 
A maioria das pessoas é assim e prova disso é a ânsia em procurar um pai do povo, uma pessoa que vai resolver os problemas da nação, da cidade, do bairro, da rua, da sua casa. 
Um exemplo simples é gente que não consegue direcionar a sua vida privada e casa-se com outra, mantem o relacionamento mesmo que seja levado para a infelicidade. Precisa de alguém que decida por si mesmo. Necessita da autoridade de outrem para ser feliz mesmo que haja o abuso descarado. São os dominados e aceitam qualquer autoridade e  repudiam os diferentes, cunhando o defeito   " dificuldade em aceitar autoridade ". Caramba!

Portanto, como fazer entender a essa gente que uma autoridade passou dos limites do seu poder de decisão? Que as sutilezas do direito da  liberdade não admitem interferências que ultrapassam a autoridade e a lei ? 
Como explicar para pessoas que nasceram para obedecer que uma autoridade não tem poder sobre sua vida privada, sua intimidade do lar inviolável, seu direito de comunicação como pessoa livre? Que a interferência do estado não é infinita? Que ser cidadão não é ser escravo do estado e suas autoridades constituídas? Que ninguém é obrigado a fazer o que a lei não determina e que não pode prevalecer o estado policial ? Que o limite ultrapassado deve ser punido porque não existe autoridade livre, desimpedida e sobre a égide da hermenêutica?

Quero deixar claro para mim mesma que sei o que é autoridade e, por consequência, o que é abuso de autoridade. Sei que não quero ficar a mercê de qualquer autoridade constituída  que se arvore a fazer prevalecer sua vontade sem uma acusação onde haja o direito de defesa e provas claras da culpabilidade. Não aceito, em hipótese nenhuma, nem com revólver na cabeça que uma pessoa use seu poder para atazanar a vida de outrem sem que haja provas e não indícios ou palavra de dedo duro apontado para salvar a pele. Não aceito pé na porta ou algemas em acusados sem reação específica exercido por gente mascarada e armada até os dentes. Não admito grampos em telefones, sensores ou câmeras a não ser  para elucidar crimes conhecidos e bandidos declarados, por ordem judicial fundamentada e dentro dos princípios constitucionais que regem os atos públicos.

Não vivemos em uma monarquia onde o rei é a lei. Nem  aceito as vestais cheias de marra mas locupletando-se do seu cargo para fazer apropriação indébita do dinheiro público. Gente que considera-se líder sem que o cargo lhe permita, vestido com roupas estrangeiras e buscando aplausos em outras gentes sobre o que lhe  é obrigação funcional.

Devagar com o andor que o santo é de barro e se procurar muito não sobra ninguém. A vaidade em tumultuar a nação só leva à desgraça e à dor. Isso serve para todos que se julgam donos do Brasil e mostram a cara sem piscar os olhos, aproveitando da ânsia do povo brasileiro em ficar livres destes mesmos.



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Vertentes do autoritarismo

                 

A liberdade do cidadão está em grande perigo. Todos tem medo da ditadura política, exercida pelo Poder Executivo. Entretanto, existe um muito pior, a exercida pelo Poder Judiciário.


É princípio constitucional a inviolabilidade do lar. Esse princípio diz que ninguém pode entrar na sua casa sem o seu consentimento. Quem o faz comete crime de invasão de domicílio.
Entretanto, o que se vê é juiz dar uma ordem e a polícia, armada até os dentes, entrar na casa do cidadão, mexer em seus armários e gavetas, pegar seu computador e sair, muitas vezes mascarados, levando tudo, sem um recibo, sem um rol do que foi apreendido. Muitas vezes no alvorecer do dia, tirando a pessoa da cama. Quando não aparece na televisão, com o acusado levado algemado sem oferecer resistência como se fosse um bandido perigoso e condenado. A presunção de inocência não existe para essa gente, tanto magistrado como policiais. Somos todos bandidos até provar que temos honra.

É um atentado aos direitos mais simples, sob qualquer pretexto alguém entrar na sua casa, pegar de surpresa e levar o que você tem, guarda ou exerce na inviolabilidade do lar. Não há justificativa, não se pode aceitar. Sua casa é seu reduto sagrado. Se a polícia e a justiça precisam de provas, de seus documentos, devem intimar o acusado, formalizado processo e como tal, a entregar tudo ao juiz. E, ele entrega se quer, se pode, se acha que deve. E, arca com as consequências.
Ninguém pode ser subjugado pelo estado e seus representantes. É mais que mero abuso de autoridade mas crime de violação de domicílio, crime de abuso de autoridade, crime de injúria, crime de difamação. Para quem não sabe, comete crime de difamação todo aquele que divulga - afora mera notícia da imprensa - ato que desabona outrem, inclusive crimes cometidos mesmo que a pessoa já seja condenada. 

É fácil fazer discurso, política, mesmo quando é proibido ao magistrado, usar subterfúgios, no calor de uma crise política como a que está passando o Brasil com a Operação Lavajato. Com a desculpa de que está fazendo palestra para seus pares,  juiz aproveita para fazer palanque político, usar seu cargo como se parlamentar fosse. Insuflar o povo que desconhece a lei, contra os parlamentares, destruindo um poder importante para a construção de uma nação. E, sendo corporativista. Isso é ditadura, pessoal.

Cuidado cidadão brasileiro, existe autoritarismo com várias vertentes e a liberdade é o bem mais precioso que um ser vivo possui, depois de a saúde perfeita. Não se pode apoiar uma autoridade expor um cidadão sob qualquer pretexto.

Imaginem que um escritório de advocacia não pode ser invadido e levado os documentos. Então, como aceitar que sua casa o seja, com homens armados, levando o que guarda na intimidade? Talvez seja aceito para o crime de pedofilia como única exceção e nada mais mas com ordem judicial bem fundamentada e não mera ordem policial. 

O estado foi criado para organizar a vida das pessoas. Não é verdade que, ao ser declarado cidadão,  essa mesma pessoa transforme-se em refém do estado e seus poderosos. Sem nenhum pretexto. Meter  o pé na porta, entrar e pegar o que é guardado na sua casa? Não pode ser admitido. Não pode ser admitido. É o fim.

Portanto, ao ler manifestações contra o projeto de lei que regula o abuso de autoridade dos magistrados, não vá apoiando a esmo, sem conhecer. Amanhã você pode ser a vítima mesmo que aceite o tacão do estado no seu pescoço.

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E há quem defenda! É o fim! Pedir socorro a quem? KLIKA
Todos são gente fina? KLIKA