- Vira-latas, na moita... Só ! |
Há poucas décadas quem economizava, reciclava objetos, trocava itens usados, apagava a luz, aproveitava papel de embalagem, fechava a torneira ou juntava roupa para lavar de uma vez só era achincalhado e chamado de pão-duro.
Um canal de televisão, certa feita, fez uma reportagem, mostrando a diferença entre uma lixo de rico e outro de pobre. Tudo para mostrar como o lixo do abastado tinha muitos itens como garrafas, isopores, sacos de plástico, tudo junto com frutas e comida.
As construções civis tinham , sempre, um murundu de restos de tijolos, raspas de cimento, madeira em pedaços, colocados no passeio em frente à obra. Faziam e depois refaziam. Quando meu pai fez nossa casa no Sion /BH ele não admitia isso, ficava bravo, exigia atenção para não haver perda de nada. Com oitenta anos, sismou de fazer uma casa na Pampulha porque no Sion o barulho não o deixava dormir. O engenheiro da obra abandonou o serviço porque tinha a mania de refazer tudo e quando chegou no piso papai perdeu a paciência.
As pessoas viajavam para os EUA e voltavam dizendo que por lá o pessoal não reciclava nada e os imigrantes, os pobres montavam suas casas, pegando lixo nas ruas. Inclusive os brasileiros. Tudo com tom de deboche, como fazem hoje. Mudam as espinhas dorsais mas não a envergadura.
Então, com a China dizendo que não vai mais ser o lixão do mundo, portanto não vão comprar milhares de containers com restos de plástico, papel e roupa o mundo rico entrou em pânico. Como farão e com a sua indiferença em sujar a terra, o ar e o espaço?
Para gáudio dos bestuntos, prontos para cantar em prosa e verso a contenção de usos e costumes, os industrializados começam a produzir textos e exemplos para a poupança, a reciclagem, o aproveitar o máximo de coisas e objetos.
O pão duro ainda será herói da humanidade.
Duvida? Então KLIKA