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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Pressão moral no trabalho, os limites da alma

- Há muitas formas de darmos o nosso recado.
             
                     
Uma questão  importante para que possamos identificar problemas ocultos no ambiente de trabalho ou oriundo deles está sendo discutido na França.
Pois da França chega o debate  sobre a condenação por responsabilidade de suicídios de trabalhadores de uma empresa de telefonia. Seus  diretores podem ser responsabilizados pelas mortes dos funcionários porque fizeram terror com a finalidade dos mesmos pedirem demissão. 
O debate vai mais longe e quer punir todo aquele que faz assédio moral,  decorrente  e de  trabalho, tendo como final o tirar a própria vida. Tal qual já existe no Japão, onde a pressão no trabalho é muito grande, fazendo com que o mais sensível não suporte e cometa o suicídio. Lá a questão já é reconhecida e cabe indenização. A questão central é identificar essa pressão, a ligação com o trabalho e a capacidade para suportar a pressão.

É uma evolução fantástica, a justiça compreender a sensibilidade de uma pessoa, que, não suportando a pressão que lhe fazem para atingir um objetivo, acaba explodindo. Responsabilizar alguém que se julga capaz de fazer pressão em um trabalhador para que ele produza mais, atinja metas da empresa, promova humilhação, rejeição  ou peça para sair é uma forma civilizada de progredir.

No Brasil não é assunto desconhecido.  Eu mesma já presenciei , em governo do PT, em autarquia estadual, a pressão que fizeram em funcionários contratados e que trabalhavam há décadas. Não eram concursados e não tinham, portanto, estabilidade. Mas tinham muito  tempo na função. Sem coragem para simplesmente demitir, fizeram guerra de terror. O pessoal chorava pelos corredores. Não sei que fim levaram porque fizeram comigo também e antes que me armassem arapuca, difícil de me  livrar, eu saí. É que conheço casos em que pessoas perderam suas vidas porque as arapucas foram se fechando e, ao entrar em pânico, a pessoa se matou. Com a batuta de petista, por coincidência ? Não sou mais dura do que ninguém.
Quando resolvi pedir exoneração do meu cargo de Chefe  do Setor Jurídico, cargo comissionado, havia uma propaganda na revista Veja, onde um leão acuado por uma leoa, fazia a cena parecer com o que eu passava. Ou eu era o leão acuado e o chefe a leoa brava, ou eu era a leoa brava, reagindo aos desmandos do chefe e o  acuando. Eu imprimi a foto ( que aqui ilustra ) em um papel ofício e datilografei logo abaixo:

Qual personagem é a Assessora Jurídica do ... ? Por não querer ser nenhum dos dois, venho pedir minha exoneração da função de Chefe ...          E,  protocolei. 
Foi o maior rebu da paróquia porque ninguém teve coragem de reagir ao terror, a pressão imoral e pediam exoneração de forma banal. Mas eu achei essa forma de mostrar que eu saía por pressão. Deve estar nos arquivos da autarquia. 

Quer saber mais ? Klika 

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