- Artista, fazendo pose |
O bando de saguis que transita pelas minhas redondezas, cujo chefe já atende pelo nome de Boran, na maior fofura, reproduz duas vezes por ano; em fevereiro e setembro.
Cada dupla é diferente da outra. Vou nomeando cada uma de acordo com as características. Os primeiros não estão mais no grupo. Não sei se houve algum controle da Secretaria do Meio Ambiente ou se Chefe Boran colocou pra correr.
Dos maiores, sobrou o Solitário, já adulto. Dei esse nome porque seu parceiro ( a ) morreu. Está muito parecido com Chefe que eu distingo pela cara autoritária me encarando como se desse ordens.
Nasceram mais dois em setembro. Os de fevereiro eu coloquei o nome de Feinhos. Nasceram pequenos demais, custaram a desmamar e aprender a andar nos galhos. Até hoje tem essas características. Parece que Chefe Boran percebe e os trata com mais paciência, sem dar empurrões quando comem antes dele. Nos ensinamentos para essa dupla, ele repetia e, até hoje, fica de longe observando quando eles ficam para trás.
Se nasceram os Fortinhos, grandes, espertos e independentes desde quinze dias e já foram embora, agora nasceram os Artistas.
A dupla adora posar para fotografias. Era difícil tirar fotos dos outros mas essa dupla é confiante, entra dentro de casa e já tem inúmeras fotos de poses diferentes. Incrível mas eles já disputam com os irmãos quando vão comer a banana e Chefe tem que intervir na briga que eles arrumam. Desmamaram com um mês.
Já estou me despedindo dos Espertinhos, que serão os próximos a debandar na ponta da fila. Coloquei esse nome porque pulam no meu ombro para furar a fila ao comer e sabem onde guardo as bananas. Ficam na frente do armário me chamando, às vezes aos gritos. Uma piada.
O pessoal da secretaria disse que eu não posso dar comida e, na boca nem pensar. Mas não tenho saída. Eles nasceram aqui e se eu não der vão comer do lixo. Embora a vizinhança também dê. Eu sei porque os sem vergonha não passam aqui em casa quando tem turistas nos feriados.
Caramba! Esse é o Feinho |