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segunda-feira, 13 de março de 2017

“L'Etat c'est moi”

                           
                             
                                
É direito de qualquer cidadão querer ser presidente do Brasil. Lembro-me de um aluno que eu tive, de sete anos, em classe de alfabetização e dele dizer que  seria presidente do Brasil. 
Mas a ditadura não permitiu que ele fosse. A mesma que gerou quem  carrega discurso de oráculo, certo que está certo, certíssimo.Ou aquele que  prende e arrebenta tal qual o presidente militar que cunhou a expressão.

Sim, as cabeças começam a sair das sombras, dos caras que pretendem ser presidentes dessa bagaça. Um deles, entusiasmado com a Vitória de Trump nos EUA, tem a pretensão de surfar na mesma onda em rumo certo para a vitória. Ex militar das forças armadas, desde sempre sustentado com o dinheiro do povo, acostumado com o chicote no lombo da hierarquia e da continência do vamo vê, quer se dar de pronto para colocar o Brasil nos eixos. Que Brasil ? O Brasil do simulacro de uma ditadura militar. Por ser ele próprio militar, promete encher os cargos federais desses profissionais. Como se militar entendesse mais que o sem fardas  e como se, fora dos quartéis, só tivesse malandro, oportunista e desonesto. O Brasil precisa ser um quartel porque somente ali tem as vestais que a nação precisa.

Existe uma camada de brasileiro que sempre espera um salvador da pátria. O sujeito não dá conta de sua própria vida, tem frustradas suas esperanças e sonhos e procura um cara que, supostamente, vai lhe dar o que procura. É a massa de  manobra. Mas, duvido que chegue ao ponto de eleger um político com ares de ditador, um autoritário pronto para desafiar as leis e o estado constituído para fazer o que lhe dá na telha. Ainda mais sublinhado pelas autoridades que ministram religião com a mão na bíblia. Um fundamentalista em contraponto com a liberdade. Um ultrapassado de cinquenta anos. 


Penso que não vai conseguir eleger-se. Não tem cacife para administrar. É aquele tipo de político de palanque e nada mais. São importantes para a democracia, para o equilíbrio das forças políticas, das vertentes das ideologias necessárias em ser multifacetadas, para barrar os excessos   e não  para governar um país para o futuro  na contra mão da história. O Congresso Nacional está cheio deles. Quem gosta e tem talento para  administrador, de ocupar cargos executivos não fica anos a fio no Legislativo. Já foi um homem bonito mas hoje tem a expressão dura dos que carregam  raiva e  azedume na alma; perdeu o brilho. 


Não sei a quantas está longe de um Lula. De Jânio Quadros está na medida que este foi administrador de São Paulo.Vitupera fazer um Brasil de vestais armados até os dentes, substituindo o estado com tiros à esmo,  ignorando para e como muitos são jogados na luta pela sobrevivência. Carioca no estilo, no palavreado da fala da beira dos morros infestados de bandidos. Ali é um salve-se quem puder.


Eu tive estômago para ver Lula ser eleito, o velhaco mais velhaco que esse Brasil produziu. Não sei se o terei para aguentar  um enquadrado na farda verde oliva a vomitar discurso de bar sujo. Todos  exploram a ansiedade dos fracos e oprimidos. Por isso estes jamais serão livres. Se eleito terão mais uma chance desperdiçada e a continuação de sustentar o subdesenvolvimento. Oh Karma!


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