Mostrando postagens com marcador Bossa Nova. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bossa Nova. Mostrar todas as postagens

domingo, 1 de setembro de 2019

Ladeira abaixo

                                                                    
                                             No mais?  KLIKA 

Uma das coisas que espanta nessa gente que se julga superior e auto denomina-se  de esquerda é  a capacidade destrutiva e na forma sorrateira.
Um dos exemplos é Carmen Miranda. Talvez por não ter nascido no Brasil mas em Portugal, embora tenha chegado bebê e educada carioca, feito sucesso imenso nos Estados Unidos - e, portanto, entreguista, americanizou-se  - a esquerda brasileira empenhou-se em apagar a imagem brejeira de Carmen Miranda. Esquerda predominante na mídia e no meio artístico. Os que não se engajam, cuidam apenas das suas vidas. Falavam e falam com desprezo de suas roupas, da sua forma de cantar. Não levam em conta que influenciou artistas de sucesso no EUA e, ouso dizer,  até Elvis Presley na sua forma de vestir-se para o palco em seus macacões cheios de pedrarias. Quando eu fui a Graceland, alguns anos atrás,   mais de uma pessoa, ao saber que  era brasileira, mencionou o nome da cantora. Portanto, não é exagero meu.
Uma geração de meninas nascidas nos anos quarenta e cinquenta, repercutido ainda nos sessenta  do Século XX, recebeu o nome de Carmem. Quantas e quantas, só rivalizando com Maria. Tudo por reverberação do sucesso de Carmen Miranda. Nos anos seguintes, a moda copiou suas roupas e bijuterias mas jamais mencionou sua autoria. Eu identifico porque tem uma página no Instagran e descobri roupas, pulseiras, brincos, anéis   usados em todos estes anos. Também,  músicas gravadas por Gal Costa, Caetano Veloso tiveram origem em gravações da cantora. Nunca disseram nada. Inclusive Gal Costa teve ligeira imitação. Foi  em uma temporada onde ela canta, vestida de vermelho com penas no vestido, músicas de Carmen Miranda e dança com seus trejeitos. Esses dois cantores eu conheço bem porque meu marido gostava, tinha todos os discos. Eu os vendi por um real cada para  um sebo aqui da cidade. Fui lá para doar os discos, entre outros, mas o cara da loja fez questão de pagar os quase duzentos. 

Agora o senhor Gilberto Gil, que tem coisas boas  entre os trigais insuportáveis de seus amigos da tropicália, ( exceção honrosa para Acabou Chorare dos Novos Baianos) resolveu dizer que não haveria bossa nova sem a maconha. Como bom integrante da , moralmente esquelética , esquerda nacional, esperou João Gilberto falecer para abrir sua boca e vomitar o que sai do seu cérebro envelhecido. Pois saber envelhecer é uma arte e muito mais difícil do que a arte de cantar. Ele ser maconheiro não é segredo pois até foi preso mais de uma vez mas falar por terceiros que nunca falaram é desonroso.
Na mesma época da bossa nova apareceram os Beatles. Estes também fumantes inveterados da maconha o quê acabou por dispersá-los. O que não agrega, separa.

O que eu acho interessante é que os dois estilos nunca me agradaram. Para falar a verdade sempre foi um sacrifício ouvir essas modalidades pois havia sempre alguém na família, ou muitos, que ouviam esses discos. Hoje vejo, ou confirmo minha intuição, de  o quanto de artificial havia nas entrelinhas e entre notas. Buff!

Mas esperar João Gilberto morrer é tiro de mestre na empáfia moralista dessa gente que teima em não sumir da mídia. Que continuem a cantar fora do Brasil porque aqui, já deu há muito tempo. E, se não podem agregar, que não separem. Mas descer ladeira abaixo, não.

Carmen Miranda continua eterna. E nada faz diferença para quem será sempre lembrada 

Custa a acreditar? KLIKA

                                 
                               
Calçada da Fama em Hollywood.Tem outro do Brasil ?

Se você tem Instagran, procure por:  carmenmirandaforever
                               
#carmenmiranda  

Se gostou, por favor:
#compartilheblogdamagui
     

sábado, 1 de novembro de 2014

Vingança

                           
Autor? KLIKA


Fizemos um festa para reunir a família da mamãe. Até a última geração. Uns não se viam  há anos. Outros sequer se conheciam. Clube, campestre, chic, com ônibus fretado, palquinho,  cantores profissionais e amadores da própria família, com a certeza de que, as gotas de sangue italiano, já fazia nascer cantor. Rateamos despesa, decoração, foguete , o escambau. Só não foram os malucos de carteirinha. Os agregados compareceram em massa. Inclusive o pandeiro , genial, do Julinho.

Como sobraram algumas garrafas de vinho, os organizadores marcaram data para comemorar o sucesso do encontro familiar. Um deles é médico, tem um grupo musical e , na época , aventurava-se a tocar em barzinhos. Pegou o violão e, junto com a esposa, passaram a cantar bossa nova. Lá foram eles. De Desafinado, Barquinho a Minha namorada. Coisa fina. Ante a pergunta do que eu queria ouvir, respondi, cante Lupicínio, Vingança.

Não sei se foi efeito do vinho mas o doutor, levantou-se, de violão em riste e partiu para quebrá-lo na minha cabeça. Foi um segura ele, senão eu ia levar uma surra de violão quebrado. Ele nunca mais, sequer, me cumprimentou. Nem nos velórios indefectíveis da família.

Não conhece? KLIKA