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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
A vingança da mediocridade
O Caso Eloá foi mostrado pela mídia como se o crime tivesse acontecido em cada cidade do país. Mesmo não sendo do local do crime, tivemos que suportar notícias contínuas.Ter conhecimento da sentença foi a parte mais interessante do processo.
A sentença da juíza é o retrato de muitas sentenças por este país afora. Muito mais que condenar o réu, a magistrada inseriu a advogada de defesa nos seus argumentos e fez da sentença, pesada, resposta àquela profissional. Isto porque a advogada atreveu-se a questionar a meretíssima com repercussão na mídia.Atingida em sua vaidade, ficou quieta qual onça atrás da pedra. Mas,como resposta e punição, desceu a mão, condenando à pena máxima , contrariando a lei. E, levou de roldão a advogada independente que não teme juizes arbitrários, como deve agir um bom advogado. Os ignorantes agrediram, verbalmente, a advogada de defesa, confundindo-a com o réu. É comprensível pois a maioria do povo nunca leu um livro.
Entretanto,o destaque aqui, é a amostra do que passa o advogado nos foruns deste país. A maioria, se for contrariado por um olhar que seja, engaveta o processo, dá sentença absurda, muitas vezes contrária à prova dos autos, pune o advogado como se ele fosse parte ou inferior à sua excelência.Por ter feito concurso público faz o indivíduo considerar-se pessoa de saber superior ao outro. A aparência exterior de mansidão esconde o vingativo, bem parecido com muitos criminosos que não perdoam resposta.
Para quem não sabe, durante o processo nada é apenável. Mas se a juíza se ofendeu, o máximo é fazer uma representação na OAB. Pois, em processo escrito, mandaria riscar os termos usados.
A juíza, na sentença elogiou, jogou confetes na polícia e na mídia porque a defesa argumentou erros de conduta destas e que teria agravado o delito. Na mesma sentença, encaminhou iniciativa de processo criminal por injúria e difamação contra a advogada porque esta disse que a magistrada devia estudar, quando esta manifestou ignorar princípio legal depois de usar a mesma premissa contra a advogada. O retrucar da ironia valeu mais que a própria ironia inicial.
Então, é preciso que a magistrada paulista volte a estudar sim para saber que advogado e juiz estão no mesmo patamar e que, perdeu um boa oportunidade de mostrar este conhecimento, com respeito pelo profissional.
A OAB- SP, até agora, está calada? Se fosse por aqui o presidente já tinha feito protestos cabeludos.
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