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terça-feira, 7 de março de 2017

Utopia tragada


                                      
                                           -  Que homem!

Qualquer data, criada pelo sistema para comemorar algo, pode esconder algum interesse escuso. Mas a humanidade precisa  dar destaques a eventos, feitos históricos, ocorridos inesquecíveis ou exemplos imperdíveis. Por isso, entendo a criação do Dia Internacional da Mulher e o ridículo da criação do Dia Internacional do Homem. 

Mas o que não entendo é  aproveitar a ocasião para dar destaques a violências, erros, equívocos do confronto entre os sexos e não aproveitar para educar, fazer um fluxo na direção da trégua, do buscar avançar para o fim do sofrimento gerado pela insanidade existente entre homens e mulheres ou seus atos. A quem interessa manter o status quo ou reforçar condutas equivocadas e criminosas?


Pode parecer incorreto mas quando uma notícia é estampada nos jornais o número alto de bestuntos copia, imita e faz igual. Não estamos, não estou, ninguém está livre da influência do massacre de informações. 

Ora, se noticiam suicídios, estes crescem. Se noticiam homens matando a família e suicidando-se, estes casos aumentam. Se aparecem nos filmes e novelas personagens cheirando cocaína ou fumando drogas, isso aumenta. E por aí vai. 

Tenho lido ou visto depoimentos de mulheres sempre no negativo em destaque das formas de tratamento da sociedade e nas relações familiares. Qualquer educador sabe que o melhor método para educar é dando destaque as coisas positivas, às forças que podem desenvolver e impulsionar o ser humano para o construtivo. Um dos pilares da educação é o exemplo e, por isso, o destaque do melhor, de grandes atitudes deve ser a tônica para chegar ao melhor resultado. Um exemplo: Está provado que um viciado , qualquer vício, cabeça do casal, pode levar os filhos a repetirem a prática.


Por isso mesmo, não acredito na condução dada em comemoração, em destaques para Dia da mulher ou do homem; da forma como é feita. Minha proposta, e  não vou abrir mão dela, é unificação de interesses, é buscar a convivência harmônica e perene. Educar homens e mulheres para controle dos seus maus instintos. Eu sei que é utopia. O ser humano  existe e sobreviveu porque não é coisa boa. Mas a utopia nunca deve perder para a perversidade.