Mostrando postagens com marcador Derrotas da Espanha e Inglaterra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Derrotas da Espanha e Inglaterra. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Não compram tudo

- Sempre existe o outro ângulo...
                                    
Pouco a pouco o futebol transformou-se em negócios. Pessoas para quem  ganhar dinheiro não tem nicho especial, apoderaram-se do atleta para fazer deles peças de enriquecimento. Captaneados por países onde os times de futebol são empresas e não agremiações como na América  Latina. O desempenho do atleta tem vida curta e urge aproveitar o tempo enquanto não sofre uma lesão  ou os anos não  lhe tirem o fôlego. A maioria, sem outra profissão, precisa abastecer-se por a vida toda.

Olheiros estão por toda parte em busca de jovens com talento e isso não é privilégio do futebol. Atrevo-se a dizer que  tal prática foi copiada dos EUA e seus esportes tradicionais.  É o mercado  que importa e não os objetivos iniciais do esporte. Esporte amador acabou e só serve para os pernas de pau. É olhar de binóculo os tempos em que o jogador Julinho preferiu não jogar na Seleção de 58 porque jogava na Itália e considerou que Seleção deveria ser com jogadores  que jogavam no Brasil. Era a época romântica, parecendo ridícula aos olhos de jogador moderno e individualista, autêntico representante  como o de Cristiano Ronaldo. Outros, resgatados de tribos, exigem receber antecipadamente para jogar em suas Seleções  pois sequer confiam em seus empresários.

No Brasil, em priscas eras, quando os primeiros ares do negócio farto soprava lá  fora, alguns atletas fingiram contusões para não jogar pois não lhes pagaram  quantia exigida. Embora grandes jogadores, são apenas mencionados como tal pois, naquele tempo quanto mais sacudiam a bandeira brasileira mais eles exigiam quantias, impossíveis de serem pagas no Brasil. Não houve outro jeito e, canhestramente, o futebol no Brasil foi aderindo à realidade. Hoje, compram tudo, até nacionalidades dos saídos da miséria que se julgam alçados ao céu.

No entanto, se analisarmos bem, no preço final pode estar embutida a derrota humilhante. Na competição onde quem tem dinheiro demais acaba esquecendo-se que a arrogância de riquinho pode fazer tropeçar nos próprios pés, os novos ares do lado de cá podem  mostrar que o novo mundo não é tão fácil como as ofensas soem fazer  parecer.

Boa viagem de retorno às seleções da Espanha e Inglaterra, eliminadas nos primeiros jogos. Vão contar seus dinheiros pagos a executivos de colarinho branco.