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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Sedução na política

                                                 
- Cuidado, há sedução falsa na política e com garrote vil
Uma nação só terá força política como um todo quando seus cidadãos tiverem o mesmo peso. Enquanto um paulista valer mais  do que um capixaba ou sergipano, por exemplo, as forças da população em decidir os rumos da república estão comprometidas no cerne.

O pacto republicano dos anos trinta, fortaleceram SP e MG de tal forma que não é possível surgir um político com força nacional, vindo de outra região. Eu sou mineira e cheguei no ES adulta. Portanto, sei a diferença, de forma clara, por experimentar  a reação do eleitor quando sabe que pode fazer diferença e do que não se interessa porque  sabe que não conta  na nação.

Esse, inclusive, é um dos meus argumentos contra a implantação do parlamentarismo. Para fazer frente à vontade de SP com setenta e tantos deputados federais e, geralmente um presidente da república, o nordeste teria que agir em conjunto e mais o ES somados. O ES tem dez deputados federais e que não conseguem destacar-se por saber que não tem força. Rose de Freitas ainda foi vice presidente da Câmara mas ela é mineira e Carlos Malta pinta e borda porque é baiano.

Qualquer candidato a presidência da república tem que agradar a indústria e o capital paulista. Capital este, muitas vezes, internacional ou multinacional. Eu não falo mal de paulista mas analiso o foco com olhos de quem sabe que muita cidade de São Paulo tem a força do ES. A arrecadação do ICMS / ES, sem o petróleo, é semelhante a cidade de Sete Lagoas em MG.

Os petralhas perderam no ES nas últimas eleições e agora a população quer pessoa com olhos voltados  para a segurança de um estado onde a bandidagem refugia-se quando o cerco fecha no RJ. E isso desde as Capitanias Hereditárias. Como é um estado que  sequer recebe candidato a procura de votos, pouco importa a conversa fiada de petralha disfarçado de entendedor de economia, protetor de pseuda Mata Atlântica desmatada por gente de fora e replantada por nativos ou discurso onde as caretas são tantas que não se consegue fixar nas palavras decoradas e nada mais.

Tem duas coisas que não captei o motivo por aqui: Uma é um passante desconhecido cumprimentar como se conhecido fosse e outro é não declarar voto nem com revólver na cabeça. Todos fingem que nem sabem o que é eleição. Mas se prestar atenção no barulho que sai de uma  janela, estão discutindo política a todo vapor. Pena que o peso político seja quase zero e que essa diferença seja o garrote vil do Brasil.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Máscaras de Momo

                           Vizinha estudando com o filho

Notícias dão conta que o ensino de primeiro grau do estado do Espírito Santo é melhor do que o de outros estados. Isso na primeira fase mas se for contar o da segunda fase, completando o fundamental,  não deve ser diferente.

Por trás disso não estão somente os magistrados ou o governo mas, também,  o Poder Judiciário.
Um dos exemplos de haver zerado  a evasão escolar foi o município da Serra. Ali começou a atuação de uma magistrada. Ela mandou notificar os pais dos alunos que não compareciam as aulas, chamou os professores para prestar contas, notificou até o prefeito para que este promovesse treinamento nos pais e professores a fim de buscar o interesse dos alunos. Não tenho certeza se houve atuação do Ministério Público mas a liderança foi da juíza e que repercutiu em outros municípios.

Meu filho tem um amigo professor de educação física no município de Vila Velha e este o convidou para conhecer a escola onde trabalha. A partir da educação física e com o apoio irrestrito da diretoria e da prefeitura, ele tem conseguido que o empresariado participe de mudanças fundamentais na área externa da escola. Construiu muro de contenção, gramado para área de lazer, pavimentação e a meta é cobrir a área toda. Até brinquedos para as crianças ele conseguiu  instalar, com  aparelhos modernos, depois de muita luta com as licitações e abatimento nos preços. O professor disse que o índice de aproveitamento nos estudos melhorou muito com competições e motivação no lugar.

Minha vizinha, inquilina  de um apartamento  na frente da minha casa,( já coloquei aqui filme dela estudando com o filho ) disse que a diferença entre o estudo da Bahia para o ES é imenso. Por isso ela precisa estudar muito com o filho dela. Pelo jeito, ela vai na porrada e aos berros , pelo menos dá assistência.

Se uma pessoa preferir, o ensino municipal de Vitória é ótimo há anos. O governador Paulo Hartung foi prefeito, mais de uma vez, de Vitória e promoveu modernização padronizada nos prédios das escolas e o avanço do ensino. Um tipo de mobilização que ele gosta de fazer desde quando era deputado estadual, com a participação da comunidade para trazer compromisso de todos. O ensino de responsabilidade do estado também tem forte apoio do governador e a justiça atua na mesma linha da magistrada pioneira.

Assim, percebe-se que para haver sucesso no ensino, além de verba aplicada sem corrupção, é necessário que haja participação de quem tem poder para aplicar a lei. Receber carraspana de promotor de justiça e juiz não é desejo de ninguém. Muito bestunto, ignorante não sabe que a responsabilidade de fazer o filho estudar é sua, mesmo que seja com cobranças de gritos como o da minha vizinha.

Uma saída para cada estado da federação é esquecer um pouco a presidência da república e seus desatinos e governar de forma peculiar, com a motivação diferente de outros lugares super populosos, hegemônicos, sanguessugas da nação  onde as metas são ganhar dinheiro e exibir status como máscara de Moona. Verdadeiros sepulcros caiados.

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#melhorensinodobrasil

#mascarasdemomo    ?  Klika

sábado, 25 de maio de 2013

Dia da vergonha ? Para quem?

                                 

Em Minas Gerais, a Guerra do Contestado, havida entre Minas Gerais e Espírito Santo era falada pela violência extrema. Naquela região,todo mundo andava armado. Eu dei aula no Instituto de Eucação com outra professora em sala, cuja origem era de Mantena-MG, cidade da região contestada. Ela disse-me, quando recolhi armas de brinquedo dos alunos de quatro anos, que lá as crianças ganhavam um revólver quando ainda eram pequenas.

Quando mudei-me para Vitória-ES,  em 1973, deparei-me com pessoas falando do fato como se fosse ontem, quanto já havia sido assinado acordo dez anos antes.
Alguns advogados, que tornaram-se meus amigos, chegaram a ingressar com ação judicial para anular o acordo.
Uma história contada é que Chiquinho, como era chamado o governador do ES,tinha sido convidado por Magalhães Pinto, governador de MG, para um jantar. Como o Chiquinho gostava de  cachaça, bebeu demais e assinou o acordo sem ler.
A raiva não era contra MG mas contra Chiquinho, caçado pela Revolução de 64 e, diziam, que foi a condição para o ES aderir o movimento.

O tempo passou, os opositores envelheceram, morreram e outros problemas apareceram. Eu dizia, para estes opositores, que o ES perdeu boa chance de juntar-se a MG, fortalecerem os laços políticos /econômicos  e  enfrentar SP e Rio. Para mim , ganhariam muito, eis que não produziam nada e MG não tinha portos marítimos para escoar produção exportada.

Acontece que, cada estado brasileiro é um país, com características próprias tão diversas que parece estarmos muito mais longe de casa quando mudamos. Entre estas , o capixaba diz, até hoje, que o mineiro é tão esperto que ficou com parte do ES , no acordo do Contestado.

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