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segunda-feira, 19 de junho de 2017

A palavra é um bumerangue

                      

Ontem resolvi sair dos temas que eu gosto em filmes, diversificar para conhecer outras vertentes, tomar conhecimento de outros atores e vi Corrida Mortal 2.

A direção é bizarra e a violência tão ridícula que não tem nada com a realidade. Seria  como reprodução ou pano de fundo  desses jogos do Nintendo.

O que chamou minha atenção foram diálogos, pregando racismo e discriminação de forma subliminar. E dito por um personagem branco, tipo ariano,violento, individualista e imortal.

Logo no início o personagem é convidado para participar do jogo, objeto do filme. Ao ser perguntado se sabia jogar futebol ele responde que não porque é jogo de país campeão do terceiro mundo. Mais na frente ele salva um asiático, talvez um chinês,  e diz que essa gente deve  ser tratada de forma a sempre dever algo para ser cobrado e retribuir. As mulheres são maliciosas, matreiras, violentas e manipuladoras. Ainda dizem uma frase : - Isso é coisa de blog que ninguém lê...

Que façam os filmes que queiram. O que percebo é que, quando sofrem ações terroristas de ódio ainda se espantam. O povo não participa da pregação divisionista mas paga o preço. Os naturais , os nacionais, o cidadão comum,  dos lugares onde os filmes, as televisões divulgam discurso de ódio, talvez nem saibam como funciona a coisa. Mas são eles a pagar o preço, muitas vezes com a própria morte.

No Brasil, onde macaquitos pupulam de galho em galho, o mesmo acontece com divisões ultrapassadas de esquerda e direita, dos diversos confrontos de ideias, filosofias e crenças. Copiam ataques pessoais  em revanche as suas pregações e por considerarem ser oráculos da nação. Chegou-se ao ponto de marcar um marginal com tatuagem na testa por tentar roubar uma bicicleta vagabunda e, com certeza, quem atacou sequer sabe  a origem de sua ação.

A mídia, as redes sociais, o cinema e todo meio de comunicação e propaganda já foi usado em outros tempos para controle e manipulação do populacho. Pesquisas mostram que Alexandre Magno, os persas e egípcios usaram essa tática.  Tudo bem, que o façam mas o tiro pode sair pela culatra. E quando isso acontece, os instrumentos e partícipes podem estar na mira direta. Que não reclamem.