Mostrando postagens com marcador Eliza Samudio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eliza Samudio. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 6 de março de 2013

Qual é o preço do abandono moral?

 O Caso Bruno nos mostra uma face  abandonada da sociedade. Falta de educação ou formação familiar ? Uma geração perdida no interior do Brasil? DNA mal formado ?

Bruno foi abandonado pela mãe, com um pai quase desconhecido e ausente, um irmão processado por estupro, criado por uma avó passiva e sem cultura, no meio do abandono social. Bruno foi para o Rio ser campeão no futebol mas deixou-se levar pelos caminhos trocados com aventureiras. Quem sabe com o mesmo nascedouro.A sorte apontava para dois lados e ele frequentou os dois.

Eliza, morreu sem saber que não era filha do pai que a oferecia aos visitantes, como no tempo do descobrimento do Brasil.Padrasto condenado por estupro de sobrinha. Sua mãe,  o foi quase adolescente em aventura enquanto casada, a abandonou nas mãos desse suposto pai e mudou-se para bem longe.A saída de Eliza foi  o Rio de Janeiro, tentar a vida como prostituta, garota de programa e maria-chuteira. Foi atrás da sorte em lugar equivocado.

Estes dois, Bruno e Eliza, encontram-se em orgias e bacanais. Poucos encontros mas o bastante para surgir um rebento, com o DNA carregado de incertezas.No confronto de quem , supostamente não tinha nada a perder, aparece outra figura distorcida moralmente , assassino profissional que exerce suas taras sem pena,matando fisicamente Eliza e moralmente Bruno. Ambos, com alguma chance, mas perdida pelas circunstâncias que trouxeram desde seu nascimento, pela falta de apoio social, perdidos no emaranhado dos caminhos da sobrevivência de um país de terceiro mundo. Neste, os abandonados pela sorte, humilhados e ofendidos, sem rumo e sem trégua dos endinheirados e donos do sistema, sossobram sem chance de emergir. Deram com os burros n'água.

As autoridades, os moralistas, os julgadores da vida alheia apontam os dedos mas a vergonha do abandono de uma parte da sociedade, escondida do poder público , da cidadania não consegue rasgar a ferida social.

Perdidos, ambos, não conseguiram ver os novos rumos, as novas chances e deixaram-se levar pela falta de educação e, talvez, um DNA carregado  de incertezas. Pagaram, pagam e pagarão o mesmo preço. Desde o nascimento.