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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A mediocridade dos togados

                                                   Chefe  Boran

 Agora leio que torcedores do presidente da república indicam nomes de pessoas a ocupar vaga, a ser preenchida breve, no Poder Judiciário. Os mesmos que se torcem de indignação com os indicados pelos petralhas. Como se não houvesse indicadores e regras para que algum jurista torne-se ministro do Supremo Tribunal Federal. Gente  sem nenhuma noção. Depois, ficam a procura de culpas pelos desempenhos autoritários de quem foi indicado. Não sabem que o presidente indica mas depende do Senado aprovar a indicação. E, se uma pessoa indica, tem oitenta e dois para aprovar ou não. E, consta que apenas um, ainda na primeira república, foi um dia rejeitado. A mesma arrogância de certos tipos que extrapolam suas prerrogativas constitucionais são aqueles que usaram suas espertezas para tráfico de influência no Poder Executivo e no Poder Legislativo e  chegar onde chegou. Assim foram parar  no Poder Judiciário. Já teve a cota para os pretos, a cota para as mulheres sobrepondo-se ao índice que obriga o preenchimento por índice divido por três, isto é,  advogados, representante do Ministério Público e da magistratura. Porque a Constituição consagra essas três classes de juristas para a aplicação da Justiça. Aí, tudo fica detonado quando atendem-se os amigos do rei, nem sempre generosos com o cumprimento da lei mas com os amigos e os interesses do bolso. Vale dizer, aqueles que sabem bajular os poderosos, transitar pelos corredores dos altos tribunais, até usando bermudas. Para quem não sabe bajular, resta a obrigação no tratamento de excelência e dos salamaleques feitos para as pessoas certas. Notam que por trás disso está tudo o quê, depois, é escancarado na cara do povo? Ninguém escondeu nada. O Senado Federal é o mesmo de sempre, sonolento, defendendo interesses políticos inconfessáveis dos poderosos do estado que representam. Senão, de si mesmos para ficar na crista do poder. Pois para isso foram eleitos; para representar cada estado da federação. Embora comportem-se como se fossem vereadores de suas províncias.

E, desde quando a elite burra vai deixar de defender seus espaços territoriais, sociais e correr o risco de esvaziar as burras pessoais e da prole que lhes segue os passos? Pergunte ao sagui do meu quintal, Chefe Boran, cujo nome representa um chefe turco que não abria mão do seu poder mesmo que tivesse que matar, pessoalmente, a irmã infratora das regras do clã. Pouca diferença tem quando se é o chefe e os interesses não podem ser divididos com as pessoas erradas. Esvaziar o seu balão? Nem em festa de aniversário de dois anos!

Indicar e confirmar o nome de algum   amiguinho, cheio de certeza pessoais mas distantes da aplicação  da lei com imparcialidade, impessoalidade e honra,  é  dar continuidade a mediocridade dos subdesenvolvidos. A mediocridade dos togados é a continuidade de quem tem o poder sem a ambição dos estadistas, portanto tão medíocre quanto.

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#vaga no STF
#indicação para vaga no  STF
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#amigos do rei no STF

#corredores do Senado


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Jus sperniandi

- Esperando Maurício e por dias melhores 
                                                          

Estou com a cabeça pinicando com o jogo das vaidades, aparecendo qual feridas lancetadas.
Que fique claro, Renam Calheiros, senador por Alagoas, é um sobrevivente. Desde o ex presidente Collor quando foi capitão da sua Tropa de Choque, o homem sobrevive a qualquer embate. Inclusive daqueles que não se conformam de ele ser nordestino. Até nisso ele sobreviveu. A história do Brasil já teve líderes vindos de regiões diversas mas pouco a pouco foram desaparecendo no que se chama baixo clero da política. Até Minas Gerais, que já capitaneou grandes mudanças, teve líderes de destaque, hoje tem um Aécio Neves, rejeitado eleitoralmente  em seu estado de origem onde não mora mas quer liderar.

Que saibam todos, juiz não é intocável, não está acima do bem e do mal. Renan Calheiros pode ser tido como venal mas não tem condenação. E, está certo quando diz que um juiz de primeira instância apenas não pode inverter competências e chamar para si atos exclusivos, como se fosse ministro do STF. 
Que papelão a  Presidente do Poder Judiciário bancar treta com o que diz ou faz o Presidente do Legislativo. Ambos estão no mesmo patamar, possuem as mesmas prerrogativas. Renam tem razão, nem na época da ditadura invadiram gabinete e residências de senadores. 
Diz a presidente do Judiciário que mexeu com juiz mexeu com ela. Caramba! Parece que mandou recado : - Aguarde sua vez quando seus processos caírem no STF. Coisa de máfia dos filmes de Hollywood.

Quando meu filho acompanhou-me  em uma audiência, ao que esta terminou, ele perguntou como eu aguentava aquele autoritarismo. Na ocasião o juiz perguntou se eu queria o processo para fazer a audiência e eu dispensei. Sou do tempo em que não havia xerox e a forma de armazenar peças dos autos era ter uma pasta para cada processo, anotar as páginas que interessavam e guardar tudo na memória. Tenho amigas que tiram xerox de todo os processos, guardam um monte de papel nada a ver e dizem que eu tenho memória de elefante. Pois bem, o juizeco de primeira instância foi grosseiro, debochou por eu não precisar dos autos e, ainda o jogou na mesa, na minha frente. A sentença? Hummm... Um ordinário desses não perdoa. Preferi fazer acordo.

Qualquer reação ao autoritarismo dessa gente tem o meu apoio. Eu sei quem são eles. Deixa espernear. Como eles mesmos dizem quando há reclamação de uma sentença absurda:
 - Jus sperniandi.
 Não se vergue : KLIKA