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sábado, 7 de dezembro de 2019

Grana nos cofres

Guarapari / ES ao entardecer
                                     

Com o preço do dólar nas alturas, as viagens de férias  no verão, que promete ser escaldante de muito Sol, será no Brasil.

O interessante passa por estrangeiros que, eventualmente, tornaram-se amigos por alguma circunstância. Querem vir ao Brasil e perguntam se posso hospedá-los ou conheço alguém que o faça.
Não, não posso hospedar ninguém. Também não conheço quem possa. Nem tenho coragem para perguntar. Tenho lugar mas não vou mais hospedar  quem vêm de longe passar o seu inverno no verão dos trópicos.
Já tive estrangeiros na minha casa. Saio do meu quarto para que fiquem em uma suite e tiro as roupas dos armários. Geralmente vêm para passar um mês.
São incapazes de lavar o copo que bebem água. Não reclamam da comida, repetitiva, mas torcem o nariz e noto que querem mais. Tenho que levantar mais cedo para comprar pão fresco, quando no dia a dia meu café da manhã tem o que tem. Queijo sempre porque casa de mineiro tem queijo e até em dois tipos. E, ainda, preciso ouvir comparações com os queijos deles porque os nossos são completamente diferentes. Arregalam os olhos quando digo que os queijos de Minas Gerais ganham todos os prêmios que participam na Europa, às vezes o primeiro e segundo lugares. Biscoitos, frutas, tudo que não têm lá fora. Sucos que sequer fazem ideia do que seja. Não contribuem com um centavo furado. E querem cicerone, levando para baixo e para cima. A minha última hóspede me deixou mais magra.
Quando é família ou brasileiros, sempre participam, contribuem com alguma coisa, não encostam nas férias de graça. Mas estrangeiro é o bicho mais oportunista. São ou se fazem de sonsos. Alguns viajam e ficam na casa de um e de outro, conhecem o Brasil mais do que muito brasileiro. Acham que tudo faz parte da cultura. Uma coisa é certa: A recíproca não é verdadeira.
Eu não posso ser grosseira na minha hospedagem mas a pessoa acha que é natural e quer voltar.
Não, não recebo mais ninguém. Todos podem alugar apartamento ou ir para hotel. Tem ótimos nas duas categorias. E, isso posso fazer; preparar a vinda e orientar, sugerir outras cidades para esticar a viagem. O resto, façam como brasileiros quando viajam; estudem o lugar, os costumes, os roteiros, contratem guias, paguem pelos serviços como qualquer um.
Mesmo porque, o objetivo em atrair turistas, brasileiros ou não, cancelando exigência de vistos e facilitando com a alta do dólar e do euro é fazer essa gente soltar a grana no país. Dar moleza é boicotar a entrada de moeda forte e movimentar a economia.
Nada de graça, tem que deixar dinheiro por aqui. E muito.
E, boa viagem porque não há lugar melhor para passar o verão.

Eu não tenho compromisso com nenhum estrangeiro e passar o verão nos trópicos, longe da neve, tem um preço e vale quatro ou cinco vezes menos do que o preço deles.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Que venha o jeitinho brasileiro !

Antes da temporada. Depois publico durante
( klika na foto se quer ver maior)
                                                  
      
Os capixabas reclamam porque, desde sempre, os mineiros vem passar férias em Guarapari e  trazem tudo de casa. É verdade. Dias antes da viagem, há reuniões para dividir tarefas na casa, quem vai comprar o que para levar, quem vai ser o presidente da casa, quem vai ser o contador. Sim, é criada uma caixinha, literalmente, onde é colocada a devida cota quando fica vazia. Ninguém explora ninguém. 

Então, não é verdade absoluta ser tudo  trazido de casa mas somente  a primeira leva. O motivo são os preços multiplicados por até quatro vezes no supermercado tão logo chega meados de dezembro.  Depois, vem gente bestunta dizendo que brasileiro é mal caráter porque sabe dar um jeitinho nas coisas...


Por falar nisso, também vou dar meu jeitinho: Vou fazer as compras, pelo menos para dois meses, antes que os turistas comecem a chegar.

Quem for contra o jeitinho brasileiro, que vá ver se estou em Miami.