Mas, depois de inventar aparelhos para amplificar sons, modificar o que já existe, esconder os fios, eu tenho que ouvir como foi que ele fez. Como se minha inteligência fosse capaz de captar alguma coisa de engenharia, qualquer especialidade. Entra por um ouvido e sai pelo outro. Não entendo patavina.
Então, leio que os pais estão mais interessados na internet do que escutar as façanhas dos filhos. Até onde isso pode ser verdade? Eu não me lembro dos meus pais, aplaudindo o que os filhos faziam e o que faziam não era mais do que obrigação. Ficávamos horas lendo e ninguém interrompia, muito menos para conversar fiado. Acho que eu conversei mais com meu avô paterno. Embora tenha trocado meia dúzia de ideias com mamãe e papai, depois de adulta. Para eles, o corre-corre era grande frente ao tempo e as obrigações. As regras eram postas e ninguém discutia. E, quando tomava rumo na vida, também ninguém metia o bedelho. Só se pedisse socorro.
Essa política moderna, onde os filhos não podem ser contrariados, onde a prioridade são sempre os rebentos, todo mundo de olho nas gracinhas do pequenos e cedendo aos desejos dos adolescentes não leva a lugar melhor do que ensinar a achar o seu caminho, cortar o cordão umbilical, contar consigo em primeiro lugar e não ficar de olho em que o outro pode fazer, dar, conceder ao sedento de atenção.
A diferença, entretanto, está no temperamento amoroso e sensível que precisa das asas dos pais. Não é insegurança mas apego que só consegue entender quem padece do mesmo sentimento, a alma inexplicável do afeto e do amor.
Como sou pai e mãe ao mesmo tempo, e o pai foi eleito A mãe do Ano mas não está mais aqui, que Deus me dê sensibilidade para alcançar o papel que me deu a vida.
Feliz Dia dos Pais !
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Nota: Dá para #compartilhar ?
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