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terça-feira, 28 de maio de 2019

Batendo cabeça

                                     

Interessante os analistas, os especialistas em política, em fatos ou acontecimentos políticos. Não têm o mínimo compromisso com as palavras. O que falam hoje é esquecido hoje. Os participantes de programas na televisão aberta estão fadados ao sumiço. Se antes haviam sabichões capazes de dar palpite sem paixão, hoje o medo impera. O medo da patrulha, pior do que a dos tempos da ditadura.

A manifestação sobre a importância da educação, dos cortes das verbas das universidades foram consideradas motivo para derrubar o governo. Não importa se a dinheirama, saída dos bolsos do cidadão e gastas sem planejamentos ou projetos, suportavam a bancarrota das palavras levadas pelo vento. Pois, ficar discutindo com estudante que não sabe nada e está na universidade para aprender é jogar fora palavras e dinheiro que não dá em árvore.

Chega a ser piada quando um estudante não pode fazer seu trabalho final de formando, contrariando qualquer tese ou pensamento. Nem mesmo criar uma terceira via, depois de analisar o que lhe foi apresentado. Tem que concordar com o já existente sob a vigilância de um professor escolhido para estalar o chicote. Direcionado, bem entendido.
Ao mesmo tempo, essa mesma estudantada pode ficar discutindo o sexo dos anjos no diretório acadêmico, pichando parede e fumando maconha. Improdutivo a perder de vista.

Lembro-me do meu tempo, em plena vigência do AI 5, quando tivemos aprovado  pelo diretor pedido de poder estudar em grupo em uma sala da faculdade, na Praça Afonso Arinos em Belo Horizonte-MG. Dali, discutíamos a matéria, fazíamos o relatório, quem iria datilografar, tirar cópia na gelatina,  e quem iria fazer a exposição. Tudo sem interferência do professor. Só depois é que a turma dava sua opinião, depois o professor, no final a nota. Bons tempos aqueles.
Talvez por não haver internet, computador  e impressora fôssemos obrigados a pesquisar em livros de grandes pensadores do direito, hoje relegados as poeiras das estantes abandonadas.

Os mesmos analistas que deram as passeatas contra cortes de verbas na educação como motivo de tirar o governo, entendem que os que saíram neste fim de semana para fincar pé nas mudanças custe o que custar, dão ao governo motivo para extrapolar nas decisões. Não houve briga, não se perderam na pauta de reivindicação, conforme as previsões mais otimistas.

Uma pena, porque mesmo preocupados com o que pensa o estrangeiro sobre o que faz o eleitor brasileiro não conseguem tanger a massa para o seu curral. O brasileiro insiste em não se importar com o que pensa o estrangeiro de suas exigências com  o governo. Será que o complexo de vira latas está nos deixando?