Eu reluto em colocar aqui os meus pensamentos a respeito do que aconteceu no TSE no julgamento da chapa Dilma/Temer em 2014.
Evito ler opiniões de jornalistas ou comentaristas comprometidos com a notícia, com o estilo para captar eleitores, com o momento político de esculhambar com tudo o que acontece. A decepção gera raiva e desconforto mas o pior é gerar o medo de emitir opinião.
Esse tipo de momento histórico eu já vivi e não é nada bom. As vozes mais fortes costumam não aceitar quem não gosta de bate-boca. Sequer querem ouvir outras opiniões e atacam quando contrariados.
Eu passei a fazer caminhada em vez de andar na esteira da academia porque não estava mais aguentando esse tipo de exercício. E, por andar na rua, mesmo que de forma acelerada, passo por grupinhos de pessoas e notei que todas falavam da política, dos políticos e da corrupção dessa gente.
Mas tem um inconveniente; todos tornaram-se juízes, conhecedores de leis e expert em fazer justiça. Tudo faz parte da Constituição Federal.
Eu perguntei ao faxineiro da academia se ele sabia o que era Constituição Federal e ele disse que não fazia a mínima ideia. Estendi a conversa, só para informação, e o rapaz não juntava alhos com bugalhos mas disse que todo político era ladrão e todo juiz comprado por eles.
Enquanto isso, minha vizinha ensina o filho aos berros e aos palavrões a fazer o exercício de casa. Como se isso fosse forma de educação e transmitir conhecimento.
Aproveitando minha caminhada, parei na quitanda para comprar banana para o clã de Chefe Boran. A moça do caixa estava comentando com outra se Temer caía ou não. E, eu dei meu palpite sem ser perguntada, que se Temer caísse o Brasil ajoelhava e nunca mais levantava.
O dia em que um processo aceitar provas em ação definida, com datas posteriores ao fato e direitos julgados, o caus será estabelecido. E, não é caso de fechar tribunal nem jogar pedra em ministro exibicionista mas fechar as escolas de curso de direito e queimar os livros em praça pública.