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domingo, 11 de agosto de 2019

Nada mais do que longa distância

Guilherme Costa / Foto de Sátiro Sodré
                     

Natação é um esporte nobre. Não sei se é meu inconsciente agindo mas ver um nadador no podium é a coisa mais bonita que existe no esporte. Um esporte solitário, depende do talento mais que nada, para quem nasceu para deslizar nas águas com elegância e velocidade até bater o final.Dentro d´água o atleta faz seus cálculos e estratégias e ninguém vê. Mas de todas as modalidades é o nado no 1.500 metros o mais sensacional.
Nesse sábado, um nadador de vinte anos ganhou a medalha de ouro no PAN e com folga: Guilherme Costa.
Não basta a vontade de nadar e chegar. E, eu sei porque tentei nadar e pouco rendia por meu biotipo equivocado para a natação. Nado bem mas para nada. Também tenho um filho que gosta de nadar. Nada como um peixe mas não teve talento para velocista. Além disso é preciso disciplina e sacrifício, não deu. Namorava mais do que treinava e eu bufando perto da piscina. Deixei prá lá, ainda mais porque meu marido ficava rindo de mim por exigir o que não fazia diferença alguma.
Quando o levava à aula de natação, naquelas competições de fim de semana no próprio clube, percebi que ele rendia mais na chegada e não na largada e nos cem metros. Nos cinquenta? Esquece. Como o professor não estava interessado em incentivar eu busquei na internet natação a longa distância. Então, em um ano sabático em que eu morei em Belo Horizonte-MG, pedi ao professor para inscrevê-lo nos quatrocentos metros. Acho que ele tinha treze anos e, como meu marido já tinha morrido e não havia ninguém para rir de mim, eu dei dura para ele competir dessa vez e para ganhar. Não era competição relevante, não havia nenhum destaque, era coisa simples. Pois ele partiu um pouco lento e foi crescendo do meio para frente, dentro do que eu falei para ele, controlando o ácido lático e arrancou no final. Ele competia com um rapazinho, campeão da modalidade e perdeu na batida de mão porque caiu na besteira de olhar para o lado e perdeu o rítmo. Eu quase o matei de tanta raiva, de tal modo que ele disse que era a última vez. E, foi mesmo.
De volta para Vitória-ES passou a praticar natação no mar e só perdia para um nadador campeão olímpico, quando este participava. Suas medalhas estão em uma caixa, comidas pela maresia. 
De certa feita, estava no trabalho e quando abri a página de esportes lá estava ele, saindo da água. Eu olhei a foto e achei que parecia com ele  e ao mostrar ele disse; mas este sou eu mamãe. E, eu nem sabia da competição.

O último nadador da modalidade de 1.500 metros e que eu me lembro, foi Luiz  Lima,  representou bem o Brasil nas Olimpíadas, ganhou medalha no revezamento mas não podia competir com os estadunidenses todos umas jamantas, imensos e fortes, enquanto ele era esguio como é o biotipo do brasileiro. Mas brilhou nas competições.

Tomara que Guilherme Costa, com apenas vinte anos, consiga evoluir e ganhe muitos podiuns importantes pois tem pais atletas, sabem o que é competir.

Quer detalhes? KLIKA

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