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terça-feira, 27 de maio de 2014

É isso: Muito na dele

                                       
- Maior título é o de Espertão.



Pois é, a Seleção apresentou-se na Granja Comari. Eu conheci o lugar há décadas, quando fui a Teresópolis/RJ como Chefe de Equipe no Projeto Rondon. As histórias  que eu ouvi eram de arrepiar os cabelos da tradicional família mineira  mas faziam lamber os beiços dos seus  avançadíssimos frequentadores.

A Granja Comari está reformada e moderna mas  não consegue driblar a neblina, chamada de russo pelos locais. Um fenômeno interessante quando a nuvem desce e a cidade, construída nos píncaros da montanha, fica branca de repente e não se vê a um palmo do nariz.

Um a um os selecionados vão chegando, recebidos por Felipão. Alguns saíram do país ainda  adolescentes. Periga carregarem sotaques, sustentados com orgulho por conterem status importantes no futebol, eivado de mal humorados comentaristas, pagos para falarem mal do Brasil.

Entre eles está um primo dos meus filhos, Maxwell. Conhece a Europa mais do que o Brasil. Nascido em Cachoeiro do Itapemirim/ES, escolheu o futebol, como profissão, aos dez anos. Filho de engenheiro químico, irmão de dentista não precisou contar até dez para ganhar fortunas. Arrematado no Cruzeiro, time mineiro verdadeiro seleiro de craques. Depois de morar em Hamburgo, Milão, Barcelona e Paris , ser campeão por todos os times pelos quais jogou, desde tenra idade, o Brasil não lhe faz a menor falta. Embora tenha ficado em segundo lugar na Seleção Olímpica, melhor lugar alcançado, dá ânimo saber que está acostumado a gritar: - É campeão.

A família está orgulhosa por sua convocação. Ele, após interregno de dúvidas se ainda seria brasileiro, com crises existenciais superadas com o avanço para a idade adulta, firmou-se na Seleção. Afinal é jogador da Nike mas, por enquanto, não passa por sua cabeça  jogar um dia no futebol brasileiro. Está europeu demais para tanto. Tem a cabeça fresca e  quer manter-se escondido para exercer sua profissão muito na dele como se diz na sua família.

Seu ânimo de vencedor e seus cruzamentos longos da direita para a pequena área, seus avanços rápidos até a linha de fundo fazem falta no Barcelona. Depois que ele foi para Paris, nem Messi conseguiu ser campeão como antes.

#forapetralhas