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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Prevalência da Lei da Inércia.

                                

Nunca, jamais na história desse país, o acesso aos componentes do judiciário ficaram tão distantes do povo. Houve uma época, não tão distante, em que juízes davam sentenças em audiência. E, sequer existia computador ou memória de textos a serem copiados e colados. Os escrivães datilografavam, nos teclados barulhentos, à jato. Tenho saudade daquele som. 

Hoje, para um advogado ser atendido por um juiz tem que atravessar uma muralha de cães de fila, olhando para ele como se fosse um intruso sem vergonha. Ora, se um processo não anda,  fica parado por longos sessenta dias, no mesmo lugar, depois de três  meses para ser exarada sentença definitiva, a saída é distribuir farpas para todos os órgãos competentes. Pelo menos a net tem alguma serventia.

Enquanto isso, A OAB preocupa-se em apoiar candidatos, como se fosse  mais um partido político.

#vergonhamorosidadedajustiça

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Neles ninguém tasca

                                   

O dinheiro do brasileiro não se perde nas maracutaias do Executivo. Ou, melhor dizendo, não se perde apenas no Executivo e Legislativo. Sou de uma convicção inabalável: O maior rombo sai do Judiciário. Pelo menos os membros do Executivo e Legislativo podem ir em cana. Mas a segurança, consagrada pela estabilidade constitucional dada aos componentes do poder judicante, lhes dá a certeza que  jamais serão punidos. Vale dizer dos presidentes aos varredores dos corredores forenses. 

Não me refiro em saque às bolsas do poder mas ao prejuízo indireto ao cidadão e, consequentemente à nação como um todo. Com a morosidade da máquina sem liderança com espírito público, o cidadão tem prejuízo; deixa de ganhar, perde dividendos, rendas, economia, abre falência, somando trilhões anualmente. E, ninguém é responsável. A ninguém pode cobrar. E, que fiquem calados. Ninguém se atreve a dizer piscas, sob pena de ficar na lista negra dos  perseguidos, presente e futuro, para sempre, quiçá seus herdeiros até a terceira geração. Queimados e salgados como o foram nos tempos de Tiradentes.

Do alto de sua empáfia, se dão de distantes, não merecedores de abaixar o nariz e tratar a todos como cidadãos e os mesmos direitos. Aí de quem contrariá-los. Corre o risco, senão a certeza, de ter marca na testa, invisível para o comum das pessoas e avistados claramente por eles, como nos filmes de ficção científica: Engavetar.

É irrelevante quem vai ser eleito presidente do Brasil. As vestais do Judiciário, cumpridores fiéis da Lei da Inércia, sempre estarão a postos para tirar sarro. Afinal, neles ninguém tasca ...