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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Não é água de chuva

                                

A polarização na política não é coisa de hoje. Os comunistas estão na ativa, buscando a controvérsia  e sizânia  desde os anos vinte com as escaramuças, o Cavaleiro da Esperança, o Grupos dos onze, das duas ditaduras de confronto, das prisões impostas por  quem venceu e do sangue nos olhos de quem perdeu e quer voltar para a vingança sem trégua.

O Velhaco mais velhaco da história da humanidade, a alma mais honesta do Brasil ao livrar-se solto entrou em um jatinho, financiado pelos amigos dos amigos, para correr o país pregando o ódio e insuflando complexos de vira-latas dos quais o brasileiro é detentor único - alguns com motivo de sobra.

O lider incontestável de uma camada da população que escolhe o lado dos perdidos,  prontos para serem conduzidos sem reação por manipulados na esperança, velhos na incapacidade de reconhecer que foram engrupidos, tem aliados no governo aparelhado por  décadas no poder. É evidente que o governo de plantão aparelha o estado a seu favor mas não há nada mais ruim do que saber que isso é uma tática de guerrilha pronta para detonar um país e fazer voltar ao pior dele mesmo.

Quem me acompanha sabe o que penso de juízes, não vou fazer defesa deles e nem precisa. Eles tem poder o bastante para detonar pessoas e a nação. Mas fazer pressão em quem não pode ser tocado, pelas próprias prerrogativas constitucionais, não é boa tática. Em contrapartida, para mostrar que não é um acovardado, vai detonar com a nação, com o orgulho da brasilidade  e demolir, definitivamente, uma das pilastras da reconstrução moral da nação, exemplo para o mundo civilizado, a Lava Jato. Não importa o hoje ou o amanhã se o ego for restaurado, respondendo a quem lhe deu o pão de cada dia com o texto da vergonha e da dor da nação.
Oposição não é só pelos discursos daqueles que tem cérebro para usar as armas das palavras. Quem tem estátua na praça pública é aquele que usou o sangue  para empilhar os inimigos, inclusive da mocidade chamada para resolver as contendas da vaidade dos senhores do poder, enquanto eles mesmos ficam nas salas protegidas. Esse tipo de gente devia ser penalizada qual criminoso de chacina da esquina.

O Velhaco em seu discurso na Bahia para dez ou vinte pobres coitados pagos com um prato comida, azedando  no isopor, disse que o governo proibe o povo preto de entrar nos aeroportos, de frequentar universidades e joga o povo preto para a bala do policial. Em praça pública, aos berros. Pelo menos já se sabe o cerne do discurso, empurrado ouvido a dentro para a  vizinhança.

Eu só quero saber se com 76 anos, bebendo cachaça no gargalo e debaixo do Sol inclemente dos trópicos, quanto tempo o cabra aguenta. Para mim é o lado mais interessante da questão.


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domingo, 14 de outubro de 2018

Mudando o disco

                        

Um belo dia, um deputado federal, espantado com a falta de reação de seus pares ante tantas denúncias de corrupção, resolveu juntar-se a meia dúzia para bolar uma forma de reação.

Os primeiros encontros começaram a atrair outros e outros simpatizantes. A coisa cresceu e virou campanha para  agir conforme seus entendimentos de política e de Brasil.
 Liderança não é participar de conchavos ou cargos que aumentem o poder e a glória. Liderança é quem vê o que precisa ver e reage quando ninguém reage. O líder pula na frente e nem sabe dizer o motivo.  O perigo é, quando tem sucesso, perder-se no emaranhado do que vem pela frente, perder o foco, deixar-se seduzir pelo poder a que tudo corrompe.

O próximo presidente é tão líder quanto Lula. Dilma não é e nunca foi líder. Esse foi o erro de quem fica caolho por ação do poder. Indicar Dilma e o resultado errático dessa indicação amadureceu o eleitor. Duvido que aconteça de novo; ser eleito alguém desconhecido,  apenas porque colocado  por um líder, como fez Lula com Dilma.

 Um segmento ligado a palavras alienígenas e conduzidos por batuta quebrável, manter-se firme em suas convicções  é normal porque tem memórias que não conseguem esquecer catecismo decorado e falta de informação livre para mudar.
O Brasil não é a zoropa nem brasileiro é zoropeu. !!!!!! Pois é lá que esses intelectuais buscam as palavras; nas sorbones, nas conversas dos bares parisienses, nos sartres e suas palavras initeligíveis para parecer mais inteligente do que é. Nos barbudos do século retrasado  com realidades e exigências outras. Nas lideranças a cavalo, com espada na mão das cordilheiras andinas. Nos argumentos levados pela culpa judaico cristã que mostra as burras cheias e o coração contrito pela miséria alheia   mas que os sustenta politicamente. Na vontade napoleônica de juntar nações como se junta gado , com berrante desafinado.

Eu não tenho paixão por nenhum líder. Se posso ter um preferido, fico com D.Pedro I. Se não fosse brasileiro estaria no panteon internacional e na frente de muito endeusado nos livros de história e documentários parciais. Quando meus filhos saíam da adolescência eu dizia que queria resultados porque D.Pedro com 23 anos já havia proclamado a independência do Brasil, brigado com o parlamento brasileiro, viajava a cavalo pra baixo e pra cima, buscando unificar o Brasil, mudava ferradura de carruagem que atrapalhava o caminho, deixado seu filho de cinco anos para trás, e, com 35 morria em  batalhas  na Europa pela  reconquista do trono,  em Portugal. E, tudo sem ter nada mais do que sua vontade e suas doenças pelas farras na vida, vivida em um Brasil  em construção, em seus  primeiros passos. O brasileirinho... Diga ao povo que fico!

O fato é que o brasileiro gosta de arriscar. Não concordo que não saiba votar. Sabe sim. O que ocorre é que o escolhido trai  seu eleitor, perde-se nos caminhos traçados pelos seus erros. Mas, para isso serve a democracia, com o voto, tentar de novo outra via, outro líder. Voilà!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Os bem mandados

Foto de Andrícia Maia do céu de Guarapari/ES
                              
Difere de um e outro o caminho que a pessoa quer percorrer. A trajetória da vida leva onde ela quer. Não acredito muito em fazer planos e buscar sonhos.
É uma covardia inserir na educação a certeza de que correr atrás dos sonhos é conseguir realizar.
Se assim fosse, pessoas de inteligência superior, com  muitos títulos e diplomas estariam em outro patamar. Muito menos fazer universidade é sinal de sucesso. Existe uma barreira invisível que impede a realização de muitos sonhos e desejos. A pessoa pode chegar até um ponto mas dali não passa. E, encontrar um ou outro que rompeu a barreira é apenas resultado da permissão dos donos do poder.

Lula é um exemplo recente. Com discurso decorado, o mesmo repetido à exaustão desde o comícío das Diretas já. Ele foi apadrinhado pelos intelectuais  da USP e da igreja católica com componentes de culpa judaico cristã e dos comunistas  barrados pelo sistema. Com livros e teorias decorados nos bancos , ele foi a chance dessa gente em aplicar o aprendido na queima de pestanas.
Mas não contavam com a astúcia do velhaco. Com um sorriso no canto da boca e a voz rouca de dizer palavrões e frases de ordem, nenhum passado ou família a respeitar, tudo era lucro. Aprendeu por ouvido. Na universidade da vida conviveu com águias do capitalismo selvagem e esperto, caiu na parceria para obter sucesso nas propostas políticas e pessoais.

Eu já fiz um texto sobre um alto funcionário da CAIXA que possuía a senha para acessar todas as contas. Começou transferindo centavos para sua conta e com o tempo foi aumentando a quantia, até ser apanhado. Isso acontece com todo bandido. Não apanhado no erro, ele vai aumentando a graduação do feito  e perde a noção do perigo. Um ladrão de banco começa com um roubo de carteira ou de hidrômetro do vizinho. Um estelionatário termina dando golpe no próprio advogado que conseguiu inocentá-lo.

Para esse tipo de transgressor, de ladrão, de estelionatário nem a cadeia resolve. Mesmo preso, consegue manter seu poder e seduzir os bestuntos que não conseguiram acreditar que caíram no golpe e foram feitos de bobos. Tem gente que nasceu para ser mandado e, mesmo assim, se dão de líderes. Seriam os que repetem sem pensar: Manda quem pode e obedece quem tem juízo.