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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Doença contagiosa

                        
Há males que veem para bem. Talvez o episódio dos nadadores mentirosos, dos EUA, sirva para o estrangeiro perceber que o Brasil tem civilização, que brasileiro não é como Zidane, Stallone e Robbie Williams disseram em entrevistas controvertidas, como exemplo típico do pensamento alienígena. Que não somos como os índios da época  do descobrimento quando sorriam enquanto eram injuriados, recebendo miçangas como presentes, dançando samba ou quicando bola em terreno baldio. Todos incultos, a não ser aqueles que conseguem esmolas para estudar com eles. 

O número de injúrias sofridas em nossa cidadania, de forma generalizada, tem mostrado  o tamanho da difamação de que é capaz a mídia estrangeira  e parte do estrangeiro. Com as Olimpíadas a coisa estourou de ponta a ponta. Gifs animados com atletas da natação ou canoagem vomitando bosta, surgiram aos montes. Pessoas sendo assaltadas por qualquer dá cá aquela palha foi o ganha pão de muitos jornalistas e piadistas estrangeiros. Aqueles brasileiros, vítimas de uma doença medonha chamada Amo Falar Mal do Brasil, repercutiram qualquer notícia, denegrindo todos, desde o ribeirinho do Amazonas, até o cuteleiro dos pampas gaúchos. Foram meses e meses de injúrias de todos os tipos.

A mentira dos nadadores estadunidenses é apenas o resultado da certeza introjetada no cérebro de quem só lê jornal ou vê televisão. O que foi mostrado é exatamente o que um segmento de ignorantes pensa sobre o seu próprio país. Agravado com os pronunciamentos de repórteres sem curso acadêmico, que fizeram carreira, gritando qualquer coisa que lhes vem na mente e tornados oráculos do direito penal pátrio. As aberrações jurídicas faladas nos programas datenóides é de arrepiar qualquer acadêmico de direito que jamais passará em algum concurso que envolva leis.

Os nadadores mentirosos  são nossos conhecidos dos filmes de Hollywood para adolescentes: Atletas, universitários, arrogantes, bonitões, bem nutridos, namorados da Chefe de Torcida, brigões com os colegas mais fracos, mentirosos quando se trata de defender os valores estadunidenses ou seus interesses de poder.

O episódio mostra o que pensamos deles mas quebraram a cara porque não aconteceu  como o que eles pensam de nós.