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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Recolham-se e boca fechada

- Vida boa, vida campestre
                    
Mudaram o chefão da Polícia Federal. Outra vez. E, ele vem com ares de Capitão Mor do país. Corrige o judiciário, dá pitaco no governo Temer, lança dúvidas sobre provas e delações. Tornou-se consultor da república. Não é pra menos, o país é bombardeado todos os dias com notícias de prisões de seus  figurões, ex ocupantes de cargos públicos ou semi públicos. Dá dor de barriga...

Já se foi o tempo em que exercer um cargo público era sinal de reconhecimento de liderança e  capacidade de criar gestão para construção da máquina estatal. Hoje é para os corajosos. De repente pode cair na cabeça uma acusação qualquer e fazer parte negativa da construção de um estado policial. Por isso o Chefão Mor da PF se dá de barão da república.

Até parece que essa gente não fez concurso, escolheu trabalhar no lugar, ganham muita grana para fazer um serviço que lhes cabe. Parece fazer favor ao povo ou a nação. E, precisam mostrar serviço para meter o terror a serviço do ponta pé na porta da tranquilidade do povo trabalhar e produzir, de verdade.

Esse país virou uma delegacia, um estado policialesco onde os heróis são os de calibre na cintura e, quiçá, cara escondida para não ser identificado. 

Fico pensando se essa tchurma conseguir autonomia, bravamente defendida por eles, of course: Vão dar tiros na cabeça de suspeitos, dentro do metrô, ou depois de meter o pé na porta na casa de alguém e ficar por isso mesmo. Esse é o sonho dessa gente.

Polícia é auxiliar do judiciário, é o braço investigativo complementar do Ministério Público. Se querem poder, façam concurso para juiz ou promotor de justiça. Enquanto isso, recolham-se no fundo do estado policialesco de farda preta e boca fechada.