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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Interesses inconfessáveis

Incêndio no Alaska
                                 
Tenho alguns amigos estrangeiros que conheci quando por aqui moraram em razão de suas profissões. Fiz amizades sem o mínimo interesse e sem procurar falar a língua deles. Tenho a firme convicção que aqui se fala português tanto quanto lá fora somos obrigados a saber a língua deles. Com o tempo, aprendi que essa gente mantem amizade porque gosta de voltar ao Brasil mas hospedando-se na casa de brasileiros. Pois hospedaram na minha casa, uma delas  por um mês e outro na casa do meu filho por outros tantos. Cedi o meu quarto, levei pra baixo e pra cima sem que  tirassem um tostão do bolso. 
Uma das filhas de um  casal italiano, que viveu a primeira infância em Vitória e no Rio, de vez em quando me mandava imagens do Brasil na base de samba cheio de mulheres peladas e cidades imundas com algum verde ao fundo. Dizia, durante anos, que o sonho era viver no Brasil. Ama tanto o Brasil que fez tatuagem da bandeira brasileira no braço embora nunca tenha me mostrado.
Então, resolvi adicionar a moça no meu Zap e perguntei se ela queria conhecer alguma coisa a mais. E passei a mandar músicas diversas, fotos e filminhos sobre várias cidades do Brasil inclusive dos lugares onde ela morou. Tudo pra ela conhecer o desenvolvimento do Brasil e sair do estereótipo ao qual ela estava estacionada . Os textos, mandei  em italiano mas jamais ela retornou em português. Não aprendeu o português e, pelo jeito, não tem interesse. 

Esse tipo de amizade, plantada no interesse,  de olho no serviço alheio e facilidades é típico dessa gente estrangeira oportunista e vagante por aqui. Não é somente comigo, tem casos de arrepiar os cabelos por aqui ter o sonhado verão tropical. Muitos deles, percebemos no Youtube, conhecem o Brasil mais do que a maioria absoluta dos brasileiros, abusando da hospitalidade e da dificuldade, deste, dizer Não.  Pois tão logo mostrei que o Brasil não era a miséria e o terceiro mundo que pregam na Europa, que a memória estava muito seletiva, focada no exótico, na exclusão e que eu poderia sim procurar um apartamento para ela vir, o seu  interesse de anos, décadas, desapareceu. Não tem dinheiro para pagar a estadia, mesmo eu explicando que o euro está seis por um real.

Dei um exemplo pois quando temos tanta coisa para ver, longe dos livros e dos puristas de alma, viajando pelo conhecimento novo e mais universal começamos a aprender melhor quem é quem, como funcionam os interesses em denegrir o Brasil e como nós temos a necessidade de nos mostrar alegres, felizes e agradáveis para os estrangeiros. 

O quê importa essa gente? Por que somos tão subservientes e aguentamos as ofensas sem reagir?  E o provérbio não funciona para os brasileiros? Quem muito abaixa...

Leiam essa crônica primorosa. KLIKA

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