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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Antes eles do que nós

                                 
   
O que eu acho da matança de presos? Acho que tem um viés interessante para a população vítima dessa gente, nós.

Aqui no estado do Espírito Santo quando foram feitas reportagens, mostrando um chefe da bandidagem, talvez um traficante, preso em um container de metal, no solão do caramba, a criminalidade diminuiu a olhos vistos. Basta dizer que o índice de criminalidade, este ano, ficou abaixo de 2004.

Portanto, sou otimista na minha visão de mundo. Guerra nunca traz somente desgraça. Costuma ter um um rescaldo a favor de quem leva a vida a sério.

A briga é da bandidagem? São os chefes, os cabeças, a nata da criminalidade que está se matando? O que eu tenho com isso se é um mundo paralelo? Um mundo para o qual muita gente séria e trabalhadora paga seu preço por nada?

O governo do estado do Amazonas disse que vai indenizar as famílias dos mortos? É mesmo? Com que dinheiro? Acha que vai meter a mão na burra do dinheiro  público assim, assim? Se não pagam os precatórios dos direitos dos trabalhadores nem com ordem judicial?

Juristas inflamados, jornalistas sem ter o que escrever explicam por que a família dos presos tem que receber indenização. Ora, indenização deve ser paga por preso morto em decorrência de motivos expostos em lei. Rebelião de bandidão é caso comparado a um tzuname, a uma vendaval, a chuva de granizo. Procurar culpados vai dar em quê? Em nada. É apenas para cumprir formalidades. Eu acredito que o índice de crimes vai diminuir a partir daí. Finjam que se importam mas deixem o pau comer.

Portanto, a mídia escandalosa pode trazer um benefício ao noticiar tanta rebeliões e mortes. A cada notícia , espalha-se a cizania entre as facções e os tornam agentes propagadores de mortes e rebeliões. É isso que procuram? Então comemorem. O retorno vai ser livrar o Brasil de uma gente que não interessa nada que sobreviva, nem nas cadeias.

Assim, caminha a humanidade.